sexta-feira, 31 de agosto de 2012

JOGOS PARALÍMPICOS DE LONDRES 2012 - De Londres, Henrique Carmo, Flavio Brebis

Estamos apoiando a divulgação das Paralimpiadas 2012 que se realizam em Londres com cobertura da equipe de estudantes de comunição de Brasilia, coordenada pelo Aylê-Salassié
 
Brasil conquista seu primeiro ouro nas Paralímpiadas. Na natação Daniel Dias com ouro, André Brasil com prata e o bronze de Michele Ferreira no Judô

             (London Bridge UCB News, Londres).

O atleta brasileiro,  Daniel Dias, consagrado na natação nos Jogos de Pequim,em 2008; nas Paralimpiadas de Londres 2012 bateu o seu próprio recorde mundial nos 50m livres, categoria S5, com o tempo de 32s05, 21 centésimos e conquistou a primeira medalha de ouro para o Brasil. O Brasil fecha o primeiro dia de competição em 8º lugar no quadro de medalhas com três medalhas, A China lidera o ranking com 15 medalhas seguida da Austrália com nove.
É a décima medalha na carreira de Daniel Dias,  mostrando o porque é favorito entre os competidores de sua classe. Estrela da delegação brasileira, Daniel na abertura entrou carregando a bandeira do Brasil. O atleta está fora de casa há mais de um mês aclimatando-se para esta edição dos jogos. Começou em Sierra Nevada, na Espanha, depois, junto com a delegação, foi para Manchester, cidade a 320 quilômetros de Londres. Em seguida veio para a capital Britânica, para  brilhar nas piscinas paralímpicas.
"Fiquei muito feliz por começar os Jogos com o ouro. Em Pequim foi da mesma maneira, espero repetir os resultados de lá" , disse Daniel. Em Pequim foram quatro ouros quatro pratas e um bronze. A expectativa é a de que ele repita sua performance em Londres.
          O Brasil conquistou também a prata com o nadador André Brasil nos 200m medley, e no judô Michele Ferreira ganhou o bronze na categoria até 52kg. A brasileira não chegou sequer a competir na final, porque a francesa Sandrine Martrinet contundiu-se antes da luta, dando a vitória para Michele.
          Outros resultados do Brasil nesse primeiro dia de competição foram Clodoaldo Silva, que terminou os 50m livre, em quinto lugar, e Joana Neves, que ficou em quarto na final também dos 50 metros livre.
          
Algo no ar

Na abertura dos Jogos Paralímpicos de 2012, o Estádio Olímpico de Londres transforma-se em um palco de celebração da criatividade humana

“SOMETHING IN THE AIR” (Existe algo no ar) é a manchete, em caixa alta,  da edição especial do Jornal The Times após a Cerimônia de Abertura dos Jogos Paralímpicos de 2012, ao se referir as performances que tomaram formas, cores e voos diante de uma platéia calorosa e atenta,que lotou o Estádio Olímpico de Londres .
Um dos momentos emocionantes foram os discursos dos presidentes dos Comitês Olímpico e Paralímpico. “O esporte é algo que você pode fazer, o que você pode adquirir, os limites que você pode alcançar, as barreiras que você pode quebrar. O esporte mostra o que é possível. O esporte se recusa a admitir um não como resposta”, afirmou Sir Sebastian Coe, presidente do Comitê Olímpico Internacional. As fortes palavras de Coe contagiaram , arrancando aplausos da platéia.
 Em clima de comoção, a Rainha Elizabeth II e membros da Família Real assistiam à cerimônia, milimetricamente concebida pelos diretores Jenny Sealey, Bradley Hemmings e Stephen Daldry. Em dado momento surge uma das lendas vivas do mundo contemporâneo da ciência, o físico britânico Sir Stephen Hawking e a dramaticidade toma conta do estádio, quando Sir Ian Mckellen, ator britânico(Senhor dos Anéis, O Código Da Vinci, X-Men), assume o rumo da narrativa comoProspero, personagem da Peça “A tempestade”, de William Shakespeare.
Mas o clima em Londres é de congraçamento, de harmonizar os ânimos e os corações. O prefeito de Londres Boris Johnson na tarde anterior à abertura dos Jogos já havia declarado ao Jornal London Evening Standard a promessa de um “um belíssimo show” e que mudaria a atitude das pessoas sobre esporte e atletas paralímpicos para sempre.
           
Razão de viver

             Nos principais pontos da cidade há outdoors com a equipe britânica paraolímpica, apresentando-os como super-humanos e as histórias dos atletas paralímpicos britânicos toma conta das páginas dos jornais, como a história do soldado Nick Beighton que perdeu ambas as pernas no Afeganistão, quando uma bomba explodiu. Três anos depois integra a equipe britânica e encontra no remo um modo de sobreviver e recomeçar a vida: “Eu consegui minha vida de volta. Remar não estava nas prioridades da minha mente, mas eu sabia que era uma opção”, declarou ao London Evening Standard.
Outra história impressionante é de Richard Whitehead “a máquina”. Whitehead tornou-se o primeiro amputado a correr abaixo das três horas a maratona. Ele conversou com Cathy Wood, repórter do London Evening Standard e contou detalhes da sua rotina, em um perfil revelador: “O poder do esporte é uma ferramenta sólida que pode inspirar pessoas com qualquer que seja a bagagem cultural que carregue. Se você tem uma atitude positiva sobre esporte, ela pode espalhar-se para toda a comunidade”. 
 Uma das mais celebradas é a atleta paraolímpica britânica ,a nadadora Eleanor Simmonds, que aos treze anos de idade tornou-se a atleta mais jovem a ganhar duas medalhas de ouro em Beijing 2008, nos 100 e 400 metros estilo livre. No ano seguinte, fez história aos 14 anos e 51 dias, quando se tornou a pessoa mais jovem da história a receber uma homenagem da Rainha (Elizabeth II). Ela relembra os jogos de Beijing: “Eu nunca imaginei que pudesse ganhar o ouro. Na verdade era como se fosse uma espécie de sonho”, conta Ellie(como é carinhosamente chamada pelos britânicos)ao Jornal The Sun. Ela diz que tem treinado 20 horas por semana e espera toda a família para assisti-la a ganhar mais medalhas.

Promessas brasileiras

As promessas brasileiras de medalhas são muitas e os atletas podem escrever o capítulo mais vitorioso da história paralímpica nacional, segundo o Comitê Brasileiro, e subir pelo menos duas posições no quadro geral, superando as 47 medalhas (16 de ouro, 14 de prata e 17 de bronze) conquistadas em Pequim 2008.
Daniel Dias, André Brasil e Clodoaldo Silva são as chances reais de medalhas. Juntos possuem o incrível número de 26 medalhas paralímpicas e figuram entre as estrelas dos Jogos. "Sabemos que todos os países estão se preparando muito, fazendo treinamento em altitude, com estrutura. Mas contamos com pelo menos umas 10 medalhas de ouro, três ou quatro de prata e uma ou duas de bronze. A meta é ficar entre os oito primeiros", projetao Coordenador Técnico da Natação, Murilo Barreto.
O hipismo tem chances de medalhas com Davi Salazar, Marcos Alves, que subiu duas vezes ao pódio em Pequim, nas categorias Individual e Freestyle e Elisa Melaranci."A equipe está me ajudando muito, porque eu estava muito tensa. Ainda não tenho tanto entrosamento com o meu cavalo, mas desde que viemos para Londres fizemos um trabalho muito bom e isso me deixou mais tranquila", afirma Elisa, primeira da equipe de adestramento a competir.
Equipes brasileiras também entram em quadra no goalball e no basquete em cadeira de rodas e enfrentam rivais muito preparados, mas o clima é de confiança na qualidade da preparação técnica realizada com os atletas. “Realizamos bons treinos, amistosos", afirma Marcus da Gama, coordenador técnico da delegação de basquete em cadeira de rodas.
Mas independente das expectativas de medalhas e das promessas de quebras de recordes, o que se vê por aqui é um clima de camaradagem. A notável visão de Sir Ludwig Guttmann, o pai dos jogos paralímpicos, continua inspirando gerações e foi um dos pontos altos do discurso do presidente do Comitê Paraolímpico Internacional, Sir Philip Craven, na cerimônia de abertura, que conclamou a todos: “Preparem-se para se inspirar. Preparem-se para serem deslumbrados. Preparem-se para serem comovidos”, e pediu aos atletas um desempenho no “esporte como nunca”.

Texto enviado pelo Aylê-Salassíé diretamente de Londres na cobertura das Paralimpíadas de 2012

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

MPQ - Música Popular de Qualidade - Altamiro Carrilho já está em seu "Pedacinho do Ceu"


Altamiro Aquino Carrilho, nasceu emSanto Antonio de Pádua, em 21 de dezembro de 1924 e faleceu em 15 de agosto de 2012, no Rio de Janeiro.
Músico, flautista e compositor.

Considerado o Pai do Chorinho e um dos melhores flautistas do mundo. Para o Francês Jean Pierre Rampal, Altamiro era o melhor do  mundo.

Deixou uma obra com cerca de 200 composições e gravou mais de cem discos. É o recordista em maior número de gravações registradas.

Viajou e se apresentou em mais de 40 países, divulgando nossa cultura e o Choro brasileiro.

Aos 87 anos, Altamiro Carrilho um dos maiores intrumentistas do Brasil, foi "chorar" em seu pedacinho do céu.

Os vídeos que selecionei, são uma pequena amostra de seu talento inigualável e de sua importância na música brasileira.

Foi se juntar a Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Abel Ferreira, Benedito Lacerda, Canhoto e tantos outros cobras que já estão tocando no andar de cima.

Delicie-se, conheça ou recorde o maravihoso som da flauta de Altamiro Carrilho.














Dica do João Batista, o amigo que tem seu carro movido a música clássica e MPB de qualidade, apreciador e defensor de nossa cultura.
Vídeos: YouTube

Mondego - Daniel Pinheiro

Assista a um belo vídeo que mostra o Rio Mondego em Portugal, desde seu nascimento, sua fauna, cidades em suas margens, plantações, história, seus problemas, sua foz de 10 km de extensão e seu desaguar no Oceano Atlântico, depois de percorrer 284 km desde sua nascente na Serra da Estrela.
Belas imagens! Não deixe de conhecer.



Dica enviada pela amiga de Curitiba, Luciane, sempre ligada nas coisas da vida, natureza e espirituais.
Vídeo: VIMEO - Internet.

Nelson Rodrigues por Nelson Rodrigues

Hoje, completa-se 100 anos do nascimento de Nelson Rodrigues, jornalista, dramaturgo, escritor, torcedor lúcido, nem sempre, do Fluminense Futebol Clube, do Rio de Janeiro. Imagem: Internet

"Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino. E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista. Sou (e sempre fui) um anjo pornográfico."

"Eu devia ter uns 7 anos. A professora sempre mandava a gente fazer composição sobre estampa de vaca, estampa de pintinho. Uma vez ela disse: ' Hoje cada um vai fazer uma história da própria cabeça ' . Foi nesse momento que eu comecei a ser Nelson Rodrigues. Porque escrevi uma história tremenda, de adultério." (entrevista concedida à Revista Playboy em novembro de 1979).

"Todo autor é autobiográfico e eu sou também. O que acontece na minha obra são variações infinitas do que aconteceu na minha vida". (entrevista ao Jornal da Tarde, 1974).

Polêmicas e cheias de humor

Grande frasista, Nelson Rodrigues não poupava palavras para tecer comentários sobre diversos aspectos das relações familiares e do cotidiano. A maior parte delas estão reunidas no livro "Flor de Obsessão", de Ruy Castro, publicado pela Cia. das Letras, em 1997.

"Não admito censura nem de Jesus Cristo"

"Invejo a burrice, porque é eterna".

"Muitas vezes é a falta de caráter que decide uma partida. Não se faz literatura, política e futebol com bons sentimentos...".

"As feministas querem reduzir a mulher a um macho mal-acabado".

"O brasileiro é um feriado".

"A fidelidade devia ser facultativa".

"Tudo passa, menos a adúltera. Nos botecos e nos velórios, na esquina e nas farmácias, há sempre alguém falando nas senhoras que traem. O amor bem-sucedido não interessa a ninguém".

"Pode não ser científico, mas é batata! Eu disse que o amor morre no banheiro e provo. Quando um cônjuge bate na porta do banheiro e o outro responde lá de dentro: "Tem gente!", não há amor que resista! Portanto, nada de camas, nem de quartos separados. Separação sim, de banheiros. Cada um deve ter seu trono exclusivo".

"O homem só é feliz pelo supérfluo. No comunismo, só se tem o essencial. Que coisa abominável e ridícula!"

"Se cada um soubesse o que o outro faz dentro de quatro paredes, ninguém se cumprimentava".

"O jovem só pode ser levado a sério quando fica velho".

"Toda unanimidade é burra. Quem pensa com a unanimidade não precisa pensar".

"A companhia de um paulista é a pior forma de solidão".

"A grande tragédia da carne começou quando o homem separou o sexo do amor. Como não somos vira-latas, nem urramos no bosque, o sexo sem amor é um progressivo suicídio".
"Toda mulher bonita é um pouco a namorada lésbica de si mesma."

"Tarado é toda pessoa normal pega em flagrante".

"Num casamento, o importante não é a esposa, é a sogra. Uma esposa limita-se a repetir as qualidades e os defeitos da própria mãe".

"Só o cinismo redime um casamento. É preciso muito cinismo para que um casal chegue às bodas de prata"

Dica do Adenir Balmant - Fluminólogo, meio mineiro, meio carioca. Direto da República Carioca das Laranjeiras.

Apagão da família - Carlos Alberto Di Franco

O vídeo abaixo é do filme Ensaio de Orquestra de Federico Fellini, com trilha sonora de Nino Rota, que é citado no texto de Di Franco. . Assista e tire as suas conclusões. Usei esse filme, mais de uma vez, em treinamentos de funcionários com os quais trabalhei.



A sociedade assiste, assombrada, a uma escalada de crimes cometidos no âmbito de famílias de classe média. Transformou-se o crime familiar em pauta ordinária das editorias de polícia. O inimigo já não está somente nas esquinas e vielas da cidade sem rosto, mas dentro dos lares. Mudam os personagens, mas as histórias de famílias destruídas pelo ódio e pelas drogas se repetem. A violência não se oculta sob a máscara anônima da marginalidade. Surpreendentemente, vítimas e criminosos assinam o mesmo sobrenome e estão unidos pela indissolubilidade do DNA.

A multiplicação dos crimes em família tem deixado a opinião pública em estado de choque. Paira no ar a mesma pergunta que Federico Fellini pôs na boca de um dos personagens do seu filme Ensaio de Orquestra, quando, ao contemplar o caos que tomara conta dos músicos depois da destituição do maestro, pergunta, perplexo: "Como é que chegamos a isto?". A interrogação está subjacente nas reações de todos nós, caros leitores, que, atordoados, tentamos encontrar resposta para a escalada de maldade que tomou conta do cotidiano.

A tragédia que tem fustigado algumas famílias aparece tingida por marcas típicas da atual crônica policial: uso de drogas, dissolução da família e crise da autoridade. Não sou juiz de ninguém. Mas minha experiência profissional indica a presença de um elo que dá unidade aos crimes que destruíram inúmeros lares: o esgarçamento das relações familiares. Há exceções, é claro. Desequilíbrios e patologias independem da boa vontade de pais e filhos. A regra, no entanto, indica que o crime hediondo costuma ser o dramático corolário de um silogismo que se fundamenta nas premissas do egoísmo e da ausência, sobretudo paterna. A desestruturação da família está, de fato, na raiz da tragédia.

Se a crescente falange de jovens criminosos deixa algo claro, é o fato de que cada vez mais pais não conhecem os seus filhos - e filhos também não se interessam por seus pais e avós. Na falta do carinho e do diálogo, os jovens crescem sem referências morais e âncoras afetivas. Recebem boas mesadas, carros e viagens. Mas, certamente, trocariam tudo isso pela presença dos pais. Sua resposta é uma explosiva combinação de revolta e ódio.

Psiquiatras, inúmeros, tentam encontrar explicações nos meandros das patologias mentais. Podem ter razão. Mas nem sempre. Independentemente dos possíveis surtos psicóticos, causa imediata de crimes brutais, a grande doença dos nossos dias tem um nome menos técnico, porém mais cruel: a desumanização das relações familiares. O crime intra e extralar medra no terreno fertilizado pela ausência. O uso das drogas, verdadeiro estopim da loucura final, é, frequentemente, o resultado da falência da família.

A ausência de limites e a crise da autoridade estão na outra ponta do problema. Transformou-se o prazer em regra absoluta. O sacrifício, a renúncia e o sofrimento, realidades inerentes ao cotidiano de todos nós, foram excomungados pelo marketing do consumismo alucinado. Decretada a demissão dos limites e suprimido qualquer assomo de autoridade - dos pais, da escola e do Estado -, sobra a barbárie. A responsabilidade, consequência direta e imediata dos atos humanos, simplesmente evaporou-se. Em todos os campos. O político ladrão e aético não vai para a cadeia. Renuncia ao mandato. O delinquente juvenil não responde por seus atos. É "de menor".

Certas teorias no campo da educação, cultivadas em escolas que fizeram uma opção preferencial pela permissividade, também estão apresentando um amargo resultado. Uma legião de desajustados, crescida à sombra do dogma da educação não traumatizante, está mostrando a sua face perversa.

Ao traçar o perfil de alguns desvios da sociedade norte-americana, o sociólogo Christopher Lasch (autor do livro A Rebelião das Elites) sublinha as dramáticas consequências que estão ocultas sob a aparência da tolerância: "Gastamos a maior parte da nossa energia no combate à vergonha e à culpa, pretendendo que as pessoas se sentissem bem consigo mesmas". O saldo é uma geração desorientada e vazia.

A despersonalização da culpa e a certeza da impunidade têm gerado uma onda de superpredadores. O inchaço do ego e o emagrecimento da solidariedade estão na origem de inúmeras patologias. A forja do caráter, compatível com o clima de verdadeira liberdade, começa a ganhar contornos de solução válida. A pena é que tenhamos de pagar um preço tão alto para redescobrir o óbvio.

O pragmatismo e a irresponsabilidade de alguns setores do mundo do entretenimento também têm importante parcela de responsabilidade nesse quadro. A valorização do sucesso sem limites éticos, a apresentação de desvios comportamentais num clima de normalidade e a consagração da impunidade têm colaborado para o aparecimento de mauricinhos do crime. Apoiados numa manipulação do conceito de liberdade artística e de expressão, alguns programas de televisão crescem à sombra da exploração das paixões humanas.

As análises dos especialistas e as políticas públicas esgrimem inúmeros argumentos politicamente corretos. Fala-se de tudo. Menos da crise da família e da demissão da autoridade. Mas o nó está aí. Se não tivermos a coragem e a firmeza de desatá-lo, assistiremos a uma espiral de crueldade sem precedentes. É apenas uma questão de tempo.

Já estamos ouvindo as primeiras explosões do barril de pólvora. O horror dos lares destruídos pelo ódio não está nas telas dos cinemas. Está batendo às portas das casas de um Brasil que precisa resgatar a cordialidade captada pela poderosa lente de Sérgio Buarque de Holanda (o pai do Chico) no seu memorável Raízes do Brasil.

 CARLOS ALBERTO DI FRANCO -  DOUTOR EM COMUNICAÇÃO PELA UNIVERSIDADE DE NAVARRA, É DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO DO INSTITUTO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS SOCIAIS
E-MAIL:
DIFRANCO@IICS.ORG.BR

Enviado pela Rosemary Campagnuci, Juiz de Fora - Minas Gerais

Extraterrestres poderão estar mais próximos do que pensamos - Andrei Kisliakov

E você o que acha?

“NÃO SOMOS SERES HUMANOS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL... SOMOS SERES ESPIRITUAIS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA HUMANA... (Theilard Chardin)

 © colagem: Voz da RússiaEspecialistas do Instituto Internacional de Investigação SETI alertam para a aproximação rápida da Terra de três objetos gigantes não identificados, que poderão ser provenientes de outros planetas.

Ainda continuam vivos na memória os filmes do Discovery Channel com declarações chocantes de Stephen Hawking, um dos mais influentes e conhecidos físicos teóricos. O cientista e prémio Nobel fez uma declaração sensacional em que disse que os extraterrestres, muito provavelmente, existem mesmo, implorando à humanidade não tentar entrar em contato com eles.

Não é a primeira vez que Stephen Hawking discorre sobre mundos extraterrestres. Ele se tornou famoso graças ao livro “Breve História do Tempo” sobre a origem do Universo. Na nova série, Stephen Hawking declara que existem outras formas de vida em muitos cantos do Universo mas que os extraterrestres podem simplesmente utilizar a Terra como fonte de recursos para conquistar e continuar o seu caminho.

Os americanos já começaram a estudar o problema da identificação de criaturas alienígeras, por enquanto só a nível genético. Garry Rafkan, professor de Genética da Escola de Medicina de Harvard, desenvolveu um chip capaz de determinar a existência de fragmentos de ADN extraterrestre. O chip deverá ser utilizado nos equipamentos de investigação do futuro rover marciano (veículo robótico).

A poeira do planeta vermelho cairá em uma solução especial que será submetida a ultrassons para eliminar quaisquer vestígios orgânicos e depois analisada para detetar a existência de ADN.

Receber os “homenzinhos verdes”

Há muitas décadas que a Humanidade anda procurando vida extraterrestre. Os investigadores americanos resolveram, para fundamentar a necessidade das buscas de seres racionais extraterrestres, utilizar o paradoxo do conhecido físico Enrico Fermi, ou seja, a contradição entre a grande probabilidade de existência de vida racional no Universo e a ausência de sinais visíveis desta existência. O cientista colocou esta pergunta simples: “Se existem tantas civilizações fora da Terra, onde estão elas?”.

Os americanos propuseram uma forma de resolver este paradoxo. Eles estabeleceram que, se partirmos do tempo médio de vida de uma civilização na nossa galáxia de mil anos (os habitantes da Terra só enviam sinais de rádio para o cosmos há 100 anos), na Via Láctea podem existir mais de 200 civilizações sem saberem da existência umas das outras. Os ingleses foram ainda mais longe. Na Universidade de Edimburgo consideram que na nossa galáxia existem pelo menos 361 civilizações de seres racionais e que o seu número máximo poderá atingir 38.000.

Os sucessos na teoria inspiram não só os cientistas do SETI mas também milhões de voluntários em todo o mundo, que desde os anos 1960 tentam captar sinais de rádio vindos de outros mundos.
Em 1977, o radiotelescópio da Universidade de Ohio recebeu um sinal que demorou cerca de 37 segundos. O sinal era proveniente da constelação de Sagitário e era o mais potente dos captados até então. Em 2004, o radiotelescópio em Arecibo (Porto Rico) transmitiu um sinal que viria a receber o nome de SHGb02+14ª e que tinha origem numa zona do Universo em que a constelação de Carneiro faz fronteira com a constelação de Peixes.

Os últimos dados publicados em 2008 pelos cientistas americanos envolvidos no Programa de Busca de Civilizações Extraterrestres, podem bem ser considerados sensacionais. Uma das constelações próximas da Terra pode ser uma cópia quase perfeita do nosso Sistema Solar nos primórdios de seu desenvolvimento. Desta forma, não é de excluir que o homem tenha copiado a certa altura um ser que vivera há milhões de anos em mundos distantes.

O químico sueco Svante Arrhenius, um dos primeiros galardoados com o prémio Nobel, no fim do século XIX, avançou a ideia da Panspermia, segundo a qual a vida na Terra poderia ter sido trazida do Espaço. A ciência oficial do século XX ignorou esta hipótese. Mas agora muitos conhecidos físicos teóricos da Europa e da Rússia estão estudando o problema de a vida na Terra poder ter tido origem em seres de outros planetas, refutando a teoria “oficial” de que a Terra é o centro do Universo e que este “gira” à volta do nosso planeta. Na Rússia, a teoria da origem “não terrena” da vida foi fundamentada por investigadores do Instituto de Espectroscopia da Academia das Ciências.

Do ponto de vista filosófico, se pode preconizar que os extraterrestres queiram prolongar sua vida e transmitir os conhecimentos acumulados. Para tal, os seres de outros planetas teriam mais vantagem em espalhar na galáxia centenas de milhares de toneladas de biomoléculas-biocápsulas de ADN, que contêm toda a informação sobre o tipo de vida a que pertencem. Um tal tipo de “troca” de informação é vantajoso do ponto de vista energético. As partículas de ADN enviadas para o Espaço à velocidade cósmica de dezenas de quilómetros por segundo, são disseminadas na Galáxia durante alguns milhões de anos – um prazo “adequado para ser percecionado”. Pelo contrário, um sinal eletromagnético, que “voa” à velocidade da luz, espalha-se demasiado depressa e contem bastante menos informação.

Naturalmente que parte dos “mensageiros” se irá perder: ficará presa no cam po gravitacional sendo posteriormente queimada, uma parte se destruirá em resultado de explosões em estrelas supernovas. Mesmo assim, uma parte pode chegar aos planetas com condições mais favoráveis como a Terra. Se o planeta for adequado, o sinal biológico não se perderá. Tendo atingido, por exemplo, água a determinada temperatura, o “sinal” começa se desenvolvendo. No ADN está concentrada uma informação colossal: 110 unidades de alfabeto genético de três “letras” – os nucleótidos. É praticamente impossível imaginar todas as possíveis combinações. É assim que começa a vida. Os especialistas em Genética Molecular afirmam que só cerca de 5% do ADN humano possuem informação útil. Os outros 95%, a parte “em excesso”, encerram o mistério da origem da vida, incluindo a informação útil e necessária para o ulterior desenvolvimento da Humanidade.

Parece que, tendo alcançado o nível de desenvolvimento desses seres, nós, humanos, poderíamos levar a cabo a mesma operação de disseminação da vida para os próximos milhões de anos.
Há ainda um outro importante testemunho de que a vida na Terra foi trazida do Espaço. As últimas investigações microbiológicas do Instituto russo de Medicina Espacial mostram que a vida surge logo que existem as necessárias condições para tal. Se tivermos em conta que a idade estabelecida do primeiro gene na Terra é de 3,8 bilhões de anos e que a idade geológica da Terra é de 4,6 bilhões de anos, vemos que as duas datas são muito próximas, o que nos torna, a mim e a você, verdadeiros extraterrestres.

Enviado pela prima Ivanir, de Juiz de Fora - Minas Gerais

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

"Sarmo" 23 dus Mineirins - Améim, nóis tudo...

Ouro Preto - Minas Gerais - Brasil - Foto: UNIVERSO
CLIQUE NA FOTO PARA AMPLIAR

O Sinhô é meu pastô e nada há de me fartá
Ele me faiz caminhá pelos verde capinzá
Ele tamém me leva pros corgos de água carma
Inda que eu tenha qui andá nos buraco assombrado
lá pelas encruzinhada do capeta;
não careço tê medo di nada
a modo-de-quê
Ele é mais forte que o "coisa ruim"
Ele sempre nos aprepara uma boa bóia
na frente di tudo quanto é maracutaia
E é assim que um dia
quando a gente tivé mais-pra-lá-do-qui-pra-cá
nois vai morá no rancho do Sinhô
pra inté nunca mais se acabá...
AMÉIM!

Enviado pela Rosemary de Juiz de Fora - Minas Gerais

Cuidados de um Labrador com uma criança com Síndrome de Down - Uma relação de pureza

Veja que relação mais linda do cão com a criança.



Dica da prima Áurea de Juiz de Fora - Minas Gerais

domingo, 19 de agosto de 2012

David Attenborough declama What a Wonderful Wolrd

Coisa linda de se ver, ouvir e pensar, pensar, pensar..., e mudar o seu modo de ver e usar o mundo.



Dica: Do meu terapeuta grastronômico Alaor Matos, de Juiz de Fora - Minas Gerais
Vídeo: YouTube

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

MPQ - Música Popular de Qualidade - Grupo Cachaça com Arnica - Canta Mercearia Paraopeba

Assista ao vídeo e se delicie com o samba composto por Pirulito da Vila e interpretado pelo
Grupo Cachaça com Arnica.



Dica enviada por "DESCONHECIDO" leitor do blog. Vídeo: YouTube

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Pior do que pensava - Tostão

Dr. Eduardo Gonçalves Andrade - Tostão - Gênio do futebol - Nascido em Belo Horizonte em 25 de janeiro de 1947. Foto: Arquivo Estado de Minas


Prefiro ver o Brasil melhor no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do que ganhar mais medalhas. De qualquer maneira, se quiser evoluir, em todas as áreas, incluindo o esporte, será necessário diminuir as patotas, a perniciosa relação de troca de favores e colocar os mais bem preparados e mais dignos nos cargos estratégicos.
Não basta planejar e investir. Projeto não fala, não pensa, nem tem alma.

O Brasil joga hoje, contra a Suécia, a última partida no estádio Rasunda, onde ganhou a Copa de 1958. Recentemente, vi, em DVD, todos os jogos, na íntegra. A seleção era melhor do que imaginei com 11 anos, ao escutar as partidas pelo rádio. O Brasil mostrou ao mundo que era possível unir o futebol imprevisível, descontraído e criativo com a eficiência.

Chico Buarque, décadas atrás, em um belíssimo texto, disse que os europeus eram os donos do campo, por ocuparem melhor os espaços, e os brasileiros, os donos da bola, por gostarem de ficar com ela e de tratá-la com intimidade. Hoje, o Brasil não é dono do campo nem dono da bola. Está pior do que pensava. Antes da Olimpíada, achei que o time, por ser quase o principal, diferentemente de outros países, seria o grande favorito e que nossos jovens dariam show em defesas de jogadores desconhecidos. Enganei-me.

Contra o México, Mano errou ao colocar Alex Sandro no meio-campo, aberto, com a função de ser secretário de Marcelo. Alex Sandro e o time já tinham jogado mal contra a Coreia do Sul. Mano errou também ao levar Hulk. A prioridade era mais um zagueiro ou um lateral direito. A defesa jogou muito mal em todas as partidas.

O Brasil não tem um craque definitivo. O único com chance de ser um fora de série é Neymar. Ainda não é. Sem craques experientes a seu lado, no Santos e na seleção, ficará muito mais difícil para ele evoluir. Neymar vive um momento perigoso. Deram a ele o prestígio de uma celebridade mundial, de gênio, e também uma enorme responsabilidade. Se o Brasil não for campeão do mundo, os mesmos que o adulam vão massacrá-lo.

A formação ineficiente e, muitas vezes, promíscua, nas categorias de base dos clubes, e o estilo de jogar dificultam o aparecimento de craques. Com menos craques, há menos chances de isso mudar. Mano, pelo menos no discurso, tenta fazer alguma coisa, sem sucesso. As marcas da mediocridade foram impregnadas na alma dos jogadores, técnicos e de parte da imprensa.

Não adianta trocar de técnico, a não ser que surja alguém especial, romântico e racional, profundo conhecedor de detalhes técnicos, táticos, observador da alma humana e, ao mesmo tempo, corajoso, combativo e que não precisa gritar, se exibir e dizer que é tudo isso. Falta ao futebol um Zé Roberto.

15/08/2012 - 03h00 - FOLHA ONLINE

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Desorganizado futebol brasileiro, ressaca do povo brasileiro


A seleção brasileira de futebol, especializou-se em "valorizar a posse de bola", como insistem os locutores e comentaristas esportivos (cuspidores nas latinhas - microfones), segundo meu pai, com 94 anos de idade, ex-locutor esportivo.
Esse sistema de jogo criado pelo retranqueiro Parreira, consiste que o time tem que ter a maior posse de bola. Com isso, a seleção passou a jogar no sistema "CARANGUEJO":  BOLA PRUM LADO, BOLA PRO OUTRO. BOLA PRA TRÁS, BOLA PRO UM LADO, BOLA PRO OUTRO, BOLA PRA TRÁS.

Futebol é bola pra frente e dentro do gol do adversário, na maior velocidade possível e com o mínimo de toques na bola.

Hoje, o maior adversário da seleção brasileira é ela mesma. Principalente quando entra em campo de salto alto, gel no cabelo, de mãos dadas e orando a cada lance.

Com os técnicos que temos, são bons no blá, blá, blá, nas coletivas de imprensa, principalmente nas justificativas de mais uma péssima partida e derrota ( também, é cada nível de pergunta, cada uma mais idiota do que a a outra). E com a estrutura viciada que está aí, não dá para ter uma seleção que jogue de maneira agressiva, competitiva e consistente, com as características do nosso futebol. Parem de querer imitar  e adaptar o futebol europeu. Temos que criar o nosso sistema de jogar, que sempre foi o nosso diferencial.

Jogadores, são tratados como "Pop Star", não são tratados como atletas, homens e funcionários de uma empresa. São adulados pelos dirigentes. Se preocupam mais com a aparência estética, cabelos, brincos, chuteiras coloridas e reza, muita reza. Como se isso, fosse a garantia de bons resultados. esquecem que tem que fazer a parte deles, que é jogar futebol dentro das quatro linhas.

Também, os clubes não são empresas, são verdadeiras caixas de Pandora, onde quem se dá sempre bem, ganhando ou perdendo, são os dirigentes e os técnicos.
Há uma enxurrada de empresários que possuem a vida dos jogadores em suas mãos, compram e vendem, para quem tiver disponibilidade. Se o jogador deseja jogar em um clube ou país, estão pouco se lixando. Sabem que se não der certo, vão vender o jogador para outro clube. Um clube não mantém a mesma equipe por duas temporadas, sempre há o desmanche, visando o ganho de dinheiro e que depois é sempre aplicado errado.

Aí, os clubes que levam os jovens jogadores, muitos sem ter um corpo musculoso, mas, com grande agilidade, que os levam a serem ágeis no trato com a bola, passam a receber um tratamento físico que os transformam em pesados e com menos agilidade.

Quando terminam, aqueles que ficam e se destacam, as temporadas lá fora, retornam ao país para um final de carreira sem o mesmo brilho, malemolência, agilidade e com um futebol de menos brilho.

Muitos jogadores terminam suas carreiras de maneira lamentavel, pois não foram preparados pelos seus clubes de origem a viverem com a glória e o dinheiro, que alguns poucos conseguem ganhar e manter.

Poucos são os que conseguem manter a cabeça no lugar, se realizam, e retornam para uma aposentadoria dourada.

Só se fala em 2014, tudo gira em torno da Copa do Mundo no Brasil, como se isso fosse ser a redenção e solução de todas as nossas miseraveis mazelas.

Não desdenho, não desejo maus agouros. Apenas, não me iludo com esse circo. Procuro manter a minha lucidez, pois isso não passa de jogo de futebol, um esporte.

Isso, em nada mudará minha forma de ser e viver. Eu não me deixo levar por essa tola fantasia, esse circo midiático.

Prefiro manter minha visão e mente alertas, e ser feliz sem o uso do Ópio do Povo, o manipulado e surrado futebol brasileiro.

Rico e maltratado futebol brasileiro que tem o seu principal dirigente como medalhista de ouro, com uma medalha surripiada.

Assista ao vídeo com a cena do "recebimento" da medalha.

Vídeo: YouTube - ESPN

Solvência dos Jogos, insolvência do legado - De Londres, Aylê-Salassié

 O Brasil não pode se atolar em dívidas com a organização das Olímpiadas de 2014

(London Bridge UCB News)

O prefeito de Londres, Boris Johnson pretende transformar o Parque Olímpico na maior área de lazer da cidade de Londres. Isso não vai acontecer de imediato, porque ele precisa de mais 300 milhões de libras, e a maior parte desse dinheiro será aplicada a fundo perdido para desconstruir o que foi levantado para ter vida temporária. Incluem-se aí pontes, jardins, edifícios para apoio às delegações, a redução do número de lugares nos estádios e até o destino da Vila Olímpica.

O local vai passar a ter o nome de Queen Elizabeth Olympic Park e abrigará algumas das importantes instituições de arte e lazer como grandes galerias,companhias de teatro, festivais, shows e uma parte do espaço será repassado a empresas imobiliárias para construção de residências, explica Daniel Moylan presidente da Corporação do Desenvolvimento do Legado das Olimpíadas.

Enfim, encerrado os Jogos , os ingleses que chegaram a 65 medalhas, 29 de ouro, vão fazer as contas para estabelecer o valor real de cada medalha. Vão enfrentar a realidade da economia que, no trimestre anterior, ainda em pleno desenvolvimento das obras olímpicas, cresceu apenas 0,7%. A partir de agora já não terão as Olimpíadas para gerar emprego, e estão com uma fatura de mais de 9 bilhões de libras para pagar. Alguns desses gastos vão ser cobertos pela bilheteria dos Jogos, a venda de algumas estruturas. Fala-se que o velódromo de Londres iria para o Rio de Janeiro.

Essa questão de herança dos Jogos é muito séria para ser ignorada. É hoje uma das exigências do Comitê Olímpico Internacional o anfitrião demonstrar capacidade de solvência das dívidas. Os custos dos Jogos de Montreal foram pagos indiretamente, durante dez anos, pela população. Contudo, o contrário aconteceu nos Jogos de Los Angeles e Atlanta, onde custos foram cobertos por um consórcio de grandes empresas, chegando a registrar lucro de US 230 milhões. A fórmula não vingou em Londres. A iniciativa privada financiou apenas parte dos gastos.

O modelo de Los Angeles poderia até ser experimentado no Brasil, mas dificilmente vingaria, porque o governo brasileiro não abre mão de intervir na administração dos Jogos. O knesianismo brasileiro, supera o próprio Keynes. No final de 2016, a conta do Brasil deve ser bem mais alta que a da Inglaterra, porque os investimentos sistemáticos começarão desde 2013 com a Copa das Confederaç ões, Copa do Mundo de Futebol (2014), Olímpiadas de 2016. Dificilmente o PAC resistirá ao volume de investimentos que deverão ser feitos. O governo e as autoridades esportivas estão confiantes no caixa do BNDES, mas ele não é um fundo inesgotável.

No Brasil os governos empurram com a barriga gastos como esses, deixando a conta para o governante seguinte, que culpa o que saiu, e assim as dívidas rolam pelos tribunais até o dinheiro e os responsáveis desaparecerem. Em Londres, não. A avaliação contábil dos jogos começa agora. Os britânicos querem saber se os benefícios foram tangíveis. Depois de debut nos Jogos, os esportes entram agora na avenida dos políticos, economistas e contadores para quantificar os impactos sobre o PIB inglês, que deverá ser conhecido já no final do outono. Não parece ser o caso da Inglaterra, mas, para o Brasil, os Jogos de Atenas são exemplo para não ser esquecido.

Brasil precisa de mais ouro. - De Londres, Aylê-Salassié


Quer uma medalha? Toma!!!

(London Bridge UCB News)
O Brasil começou atropelando nos Jogos Olímpicos de Londres, depois deu uma apagada que só sendo torcedor para sentir. Mas a arrancada final, à parte a frustração com o futebol, foi alentadora. O Brasil vai sair das Olimpíadas de Londres 2012 com 16 medalhas, o que pode significar até 32 medalhas nos Jogos do Rio de Janeiro em 2016. A projeção é do banco Goldman Sachs, num estudo sobre os resultados das dez últimas Olimpíadas. Conclui o documento que o país anfitrião tende a dobrar o número de medalhas conquistadas nos Jogos anteriores.

A Inglaterra vinha de 47 em Pequim, e chegou a 59 medalhas em Londres, aumentando de 19 para 29 o número de medalhas de ouro. A Grécia é outro exemplo : conquistara apenas 8 medalhas em Atlanta, mas nos Jogos de Atenas pulou para 16 medalhas, seis de ouro, alcançando o 15º lugar. Em Londres os gregos estão em 70º lugar com 4 medalhas, nenhum ouro. Não era de se esperar mais, com o país atravessando uma crise econômica sem comparação .

Mas, tomado com verdade, a projeção do Goldman Sachs, que evidentemente faz esses estudos para orientar os pretensos investidores em Jogos Olímpicos, o Brasil poderá, de fato, dobrar para 32 o número de medalhas no Rio de Janeiro. O esporte brasileiro vai sair de Londres com 16 medalhas, três de ouro.

De qualquer maneira. não só é o melhor resultado do Brasil em Olimpíadas, como também revela, sim, uma evolução do esporte olímpico no País. Essas 16 medalhas reposicionam o Brasil no ranking: de 28%. Para melhorar sua performance o Brasil precisa ganhar mais medalhas de ouro. No ranking a ordem é por medalha de ouro.

A edição mais dourada dos brasileiros em Jogos Olímpicos foi a de Atenas com cinco ouros: seleção de vôlei masculino, vôlei de praia masculino, com Ricardo e Emanuel; duas na vela: Robert Scheidt, Torben Grael e Emanuel Macedo; e Rodrigo Pessoa , no hipismo.

OBS: Adaptei esse artigo, pois encerrou-se as Olimpíadas de Londres e o último parágrafo falava de novas possíveis medalhas de ouro, o que não aconteceu. Tivemos, prata e bronze.


Atrás dos portões da Vila - De Londres, Aylê-Salassié

A seleção brasileira de futebol estava com a cabeça em outro lugar...
 Alexander Dubovsky - Blog Mou Talem cartunes e bonecos - Internet


(London Bridge UCB News)

O que acontece atrás dos portões da Vila Olímpica “is not our business” (não é problema nosso). Assim o porta-voz do Comitê Olímpico Britânico, Darryl Seibel, declarou liberadas, na Vila Olímpica, as festas, os jogos eletrônicos e até o sexo, legitimado pelo Comitê ao mandar distribuir 150 mil camisinhas para uso dos 10.500 atletas ali instalados. Contudo, só a marca “Durex” está credenciada. Por causa disso, entretanto, o início da semana foi complicado na Vila. Uma empresa australiana, do grupo Ansell, conseguiu introduzir no campus um balde cheio de camisinhas de sua fabricação. Como a Vila é fechada, e tudo que entra é fiscalizado, restou ao Comitê abrir uma sindicância.

Concomitantemente, um atleta anônimo, que se diz membro da delegaçao da Grã-Bretanha que competiu em Atenas, lançou esta semana por aqui um livro intitulado a História Secreta da Excelência Olímpica, descrevendo as “tentaçoes e fraquezas dos atletas dentro da Vila”, e salientando o fato de serem “todos muito jovens”, de ambos os sexos, e convivendo num espaço comum, que vem se reduzindo desde Atenas. A menor Vila Olímpica é a Londres. Cita explicitamente a prática do sexo As facilidades são muitas e os equipamentos compartilhados múltiplos. Restaurantes, cafés, boates, lan houses, academias e até um McDonalds.

Para o atirador australiano Russell Mark , “ A Vila Olímpica é o lugar mais abastecido de testosterona da terra ", sobretudo quando vai se aproximando o final do evento. Os perdedores começam liberar suas frustrações . Considerando o número de camisinhas distribuídas a cada evento, as relações sexuais entre atletas na Vila tornaram-se sistematicamente mais frequentes. Funcionários Olímpicos que trabalham dentro da Vila parecem concordar, mas náo têm autorização para falar o que ocorre no seu interior.

Os preservativos foram primeiramente distribuído em quantidades significativas nos Jogos de Seul, em 1988. Dois anos depois, em Barcelona, foram disponibilizados entre 50 mil a 80 mil para os 9.500 atletas. Em Atlanta a quesção foi subdimensionada, e distribuídas apenas 15 mil camisinhas para 10.500 atletas. Preocupado com a expansão do vírus HIV naquele momento, o COI autorizou 70 mil preservativos para Sidney, sendo surpreendido com a necessidade de um reforço de mais 20 mil para a última semana. Em Salt Lake City, em 2002, a questao estava tão explícita que foi anunciado um plano de distribuição de 250 mil camisinhas, mais tarde reduzido para 100 mil. Atenas ficou em 130 mil, Pequim 100 mil, e outros 100 mil em Vancouver.

A maioria desses relacionamentos olímpicos sao efêmeros, mas por trás dos portões da Vila Olímpica também já nasceram alguns casamentos sérios com o do tenista Róger Federer, que conheceu sua esposa dentro da Vila. Sobre as camisinhas ainda o atleta anônimo que escreveu sobre os segredos da Vila, faz uma observação, no mínimo, curiosa. Se for medir as relações sexuais dentro da Vila pelo número de camisinhas distribuídas, é possível que o erro seja grande. Conta que um de seus entrevistados, um jogador de hóquei, relatou ter visto a equipe indiana despejar centenas de camisinhas em seus sacos do kit olímpico para, confessaram, distribuí-las ou vendê-las aos amigos na volta para casa. Usain Bolt considera as camisinhas distribuídas na Vila ” próprias para fazer bombas de água, e atirar nos colegas”.

Quebrando regras, fazendo história , As mulheres nas Olimpíadas - De Londres, Aylê-Salassié

UUUUIIIII!!!!!!!! - Internet


( London Bridge UCB News)

Mesmo acrescido do boxe feminino e do aumento da participação de atletas femininas árabes, não foi ainda desta vez que o número de mulheres atletas foi maior que o de homens em Olimpíadas. Em Londres, elas somam 4.725 mulheres (45%) contra 5.775 atletas masculinos (55%) . A superação da presença masculina pelas mulheres estava prevista, em quase todas as projeções especializadas, para as Olimpíadas de 2012, em Londres. Isso não aconteceu.

Contudo, considerando que apenas 23 por cento dos atletas olímpicos nos Jogos de Los Angeles (1984) eram mulheres, e que esse número saltou para 42 por cento em Pequim (2008), o avanço da participação feminina em competições olímpica tende superar o dos homens . Londres teria esta marca, justamente por causa da inclusáo de boxe feminino e da gradativa flexibilizaçao dos preceitos religiosos islâmicos contra a presença feminina no esporte no mundo árabe.Mas, o registro dessas duas incorporações as modalidades olímpicas entrarão, sem dúvida, definitivamente para o esporte olímpico a partir de Londres 2012.

“Last in the race but pioneer for history” (“Ficou em último lugar, mas em primeiro na história”), foi o título de um dos jornais de Londres, hoje homenageando a atleta Sara Attar que, contrariando as leis islâmicas, pela primeira vez, uma mulher da Arábia Saudita participa das Olimpíadas. Ela foi advertida, inclusive, de que seria banida do esporte em seu país se o Comitê Olímpico Internacional não a permitisse correr. “Eu quero fazer a diferença, e subir este primeiro degrau dá um sentimento incrível do cumprimento do dever histórico”, desafiou.

O Brasil também deixou a sua marca pioneira em Londres ,no boxe feminino, por meio de Adriana Araújo, ao conquistar o bronze na categoria até 60kg no boxe. Para chegar a ele, igual à Attar e mais uma de suas colegas - a judoca Seraj Abdulrahim Shaherkani - Adriana sofreu muitas críticas e humilhações, conforme confessou em entrevista coletiva. Attar e Shaherkani quebraram regras inclusive olímpicas, ao serem autorizadas a competir com a cabeça coberta por um lenço.

A mídia critica as ordenações religiosas, mas tem também seus preceitos ou preconceitos. Pelo que vê aqui, ela dá mais atenção aos atletas homens, ressaltando suas qualidades físicas; as torcidas, sim, estas simpatizam-se mais com as atletas mulheres. Talvez por considerá-las também vencedoras, embora mais frágeis, mais delicadas e lindas. Tem atleta aqui suando debaixo de um sol terrível, que vence qualquer concurso de beleza.

O ponto crucial dessas diferenças parece ser o dinheiro. Os patrocinadores investem mais nos homens, comentava hoje um analista de marketing. Já em 2010, a revista Forbes publicara uma reportagem, em que mostrava os atletas mais bem pagos do mundo, e incluía entre eles jogadores de tênis, como Maria Sharapova. No Brasil o esporte feminino sofre, que o diga a Marta, melhor jogadora de futebol do mundo, em quatro ocasiões, que sempre teve de atuar fora no País, para poder financiar suas atividades esportivas. Estão aí, portanto, alguns desafios que, quebrados no Rio de Janeiro em 2016, poderao ser uma das marcas do Brasil nas Olimpíadas.

A arrancada de Pistorius - De Londres, Aylê-Salassié

Dorando Pietri - italiano ganhou a maratona de 1908 - foi desclassificado por ter caído antes da chegada e foi ajudado pelos juízes, o que é proibido. Foto: Internet


(LondonBridge UCB News)

Ficar em último lugar na linha de chegada de uma prova Olímpica deixa qualquer atleta constrangido diante da festa do público para o vencedor. Este não é o caso de Oscar Pistorius, apelidado de “Blade Runner” ( filme : “O caçador de Andróides”) , atleta da África do Sul , amputado das duas pernas , e que , pela primeira vez na história das Olimpíadas, disputou provas classificatórias de 200 e 400 m com os maiores velocistas do planeta, ficando apenas dois segundos atrás.

Pistorius usa uma prótese de fibra de carbono para substituir as pernas, e tornou-se uma figura emblemática para a platéia, ao vê-lo correndo nas Olimpíadas em condições iguais aos atletas fisicamente normais. Derrotado nas provas classificatórias, ele volta, entretanto, para as Paraolimpíadas, em que tem recordes batidos por ele mesmo. A decisão de Pistorius de disputar as Olimpíadas parece ter sido uma opção pessoal mas, na realidade, sua performance pode ser também vista como uma espécie de demonstração das possibilidades que o desenvolvimento tecnológico está oferecendo para os esportes e para o próprio ser humano, timidamente absorvida nas Olimpíadas.

O credenciamento do “Blade Runner” para XXX Jogos , em Londres, mereceu uma calorosa discussão dentro do Comitê Olímpico Internacional, aprovando-o, entretanto, três ou quatro dias antes do início das provas. A decisão envolvia os avanços tecnológicos nos Jogos, que a cada edição fazem os recordes avançarem. Em Londres cerca de vinte deles foram batidos até agora, seja por um segundo de diferença ou até décimos de segundo, refletindo performances melhores, técnicas mais apuradas , sistema de condicionamento físico sofisticados e equipamentos tecnologicamente avançadíssimos.

Em cima desses recordes surgem as lendas, os ídolos, os deuses do Olimpo e, com eles, novos investidores no esporte, refletindo a cada olimpíada avanços no desenvolvimento dos produtos e do próprio controle do homem sobre a sua natureza. Pistorius está sendo chamado de “o homem , sem pernas, mais rápido do mundo”, que nas Paraolimpíadas tem até uma classificação especial, a classe T44 – amputados do joelho para baixo -, na qual estão inscritos atletas de outros países, usando tecnologias diferenciadas. Com os resultados de Pistorius, até agora somente ele. De tal forma que não se sabe se sua presença nos Jogos de Londres foi uma opção pessoal ou dos seus patrocinadores . Está em questão o desafio do corpo humano perfeito ( corpore sano) , que emocionou o renascentista Leonardo da Vinci ao ver concluída sua estátua de Davi, hoje em Florença.

Ontem um milionário russo , Dmitry Itskov (31), tornou púbico o apoio a uma iniciativa na área da ciência que, segundo ele, vai “fazer da imortalidade um conceito” e , por isso, anunciou estar financiando um projeto no qual acredita que os seres humanos , se quiserem, poderão viver para sempre a partir de 2045. Sua proposta inclui a substituição das habilidades humanas por robôs - meio humanos meio tecnologia –, por avatares – cópia do sujeito - ; e pelo o avatar holográfico – reprodução homem por um espectro de luz. Fábricas funcionarão com robôs, e exércitos serão estruturados com milhares de avatares. Os organizadores das Olimpíadas sempre acreditaram e transmitiram a idéia de que os Jogos Olímpicos contribuem sistematicamente de maneira expressiva para evolução das tecnologias e do próprio homem. Nas Olimpíadas Londres, Oscar Pistorius está dando a arrancada que falta.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Conheça a Mercearia Paraopeba e o Roninho de Itabirito - Minas Gerais

Logo abaixo, após a última foto que postei, há um vídeo realizado pelo Rusty Marcellini sobre a Mercearia Paraopeba, conheça a história dessa incrível família e a sua especial maneira de negociar, nos dias de hoje, como os seus avós o faziam, na base do escambo, anotando em cadernetas as vendas no fiado, confiando e recebendo confiança. Vejam a importância dessa cultura comercial para a sobrevivência de várias famílias que fornecem seus produtos há mais de 50 anos para a Mercearia Paraopeba. É uma alegria ficar lá dentro, vendo os clientes/amigos, chegarem, contarem seus causos, escolherem e levarem suas compras. É um entra e saí de gente o tempo todo e o Roninho, sempre atencioso e conversando com dois e até três clientes ao mesmo tempo.
Uma viagem agradável, uma visita inesquecível e uma bela lição de vida. Quem for a Ouro Preto, entre em Itabirito, faça uma parada na Mercearia Paraopeba, conheça o Roninho e com certeza você não sairá de lá sem comprar ou provar alguma coisa.
Aproveite para provar o delicioso Pastel de Angu, peça dica ao Roninho de locais onde comer o pastel.

Clique nas fotos para ampliar

   Fachada da Mercaria Paraopeba - Itabirito, situada entre Belo Horizonte - 55km e Ouro Preto - 48km.

Roninho, proprietário da Mercearia Paraopeba. Visão comunitária, excelente comunicador, contador de causos, dá vontade de ficar lá um dia inteiro conversando com ele, provando as delícias vendidas.
O pé esquerdo da bota, no alto, à esquerda, está a espera de um cliente que tenha somente o pé esquerdo. Um dia será vendida. Nas mãos do Roninho, uma marmitinha de alumínio cotendo goiabada cascão, a marmita é vendida embrulhada em um pano de prato. É uma lembrança da Mercearia e ótimo presente para se levar como recordação da visita.

Chapéu de palha, martelo, mata mosquito, manivela (máquina) para empinar (soltar) papagaio (pipa, quadrado).


Umbigo de bananeira, isso é uma delícia, picado, refogado com carne moída ou frango, usado também, como recheio de Pastel de Angu, outra especialidade da cidade. Na Mercearia encontrei e comi Bolinho de Feijão, uma delícia que há muito não comia.

Funil, coleiras para cães e gatos, alho, serrote, bóia hidráulica, garrafa térmica.


Peteca de folha de bananeira

                                         Urinol (Pinico) de plástico, de ágate, tubos de pvc, porta canivete
Panelas de ferro, de alumínio batido, decoração, bombons Sonho de Valsa na gaiola (já viu isso?)

          Amendoim, cebola, gengibre, porquinho cofrinho de barro, serrote, peneira para construção
                    Sabão preto embrulhado na folha de bananeira, batata, ovo caipira, cabacinha para fazer cuité (pra tomar umas pinguinhas das boa!)
Licores variados, pingas, conservas, canecas e bules esmaltados, ratoeira (ao lado dos canecos vermelho e branco, à esquerda)
      Canudinho com doce de leite, biscoito de polvilho, balas embrulhadas na palha (3,50 o pacote), goiabada cascão embrulhada na folha de bananeira, favo de colméia com mel. Coisas finas,que lá, você acha.

                    "Refil" para sandálias havainas (Em que outro lugar você já encontrou?), ralador

Esse cliente/amigo, levou um pacote de moedas para trocar e ajudar no troco. Como o Roninho estava ocupado deu a ele um vale no valor que o cliente disse ter. Logo em seguida enquanto conversavamos, a Secretária Executiva do Roninho contou as moedas e disse estar faltando R$ 0,10.
Então fico te devendo, depois eu trago, falou o cliente. E me disse, aqui é assim temos confiança entre a gente. Veja o vale na mão dele e na bandeja onde ele apoia a mão, estão os Bolinhos de Feijão.
Tem queijo minas, linguiça, embutidos, picanha, muçarela, biscoito de polvilho e até "MANDIOPÃ", lembra disso? Uma família produz e a mercearia vende.

              Pneu de bicicleta, câmara de ar para automóveis, escorredores aramados, conexões em pvc

Como diz o Roninho, aqui vendemos de quase tudo, o que não tiver procuramos e conseguimos para o freguês. Galinhas vivas, balaios, cestas, chuveiros buchas para banho, churrasqueira defumadora. Tem até "bundinha" para tomar cachaça. Pense o que deseja, procure que vai achar.

Assista o vídeo realizado pelo Rusty Marcellini, que conta a história da família e da Mercearia Paraopeba.




                                                               Eu na saída da Mercearia

Fotos: UNIVERSO  e WAL  -  Vídeo: Rusty Marcellini - YouTube

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Brasil chega à centésima medalha - De Londres, Aylê-Salassié

Segurança total nas olímpiadas

(London Bridge UCB News)

De quem pouco se esperava veio o resgate dos brasileiros nas Olimpíadas de Londres. Num único dia o Brasil conquistou três pódios, e chegou à 100ª medalha em 22 participações em Jogos Olímpicos. As de ontem vieram de Arthur Zanetti, ouro, na ginástica; de Roberto Scheidt , bronze na vela; e de Adriana Araújo, bronze também , no boxe feminino. Nos Jogos de Londres, até ontem, já caminhando para o fim, os brasileiros haviam conquistado apenas sete medalhas, situando-se no 32º lugar no ranking de Jogos de Londres. Coube a Arthur Zanetti, o último da equipe de ginástica que não havia ainda competido, conquistar o ouro nas argolas, superando o chinês tetracampeão mundial e vencedor em Pequim (2008) Chen Yibing, recuperando assim o prestígio do Brasil na modalidade. Embora entre as melhores do mundo, a ginástica brasileira teve uma má presença nas Olimpíadas de Londres. Apesar de um atleta respeitado, Zanetti vinha de quatro cirurgias, e não havia chegado a ter uma retrospectiva de grandes conquistas. Após a vitória, mais surpreso que emocionado, declarou que "Queria ganhar essa medalha para a ginástica brasileira”. Salientou que esperava que ela contribuísse para ajudar a mudar um pouco as características da modalidade no Brasil . Zanetti, foi uma espécie de azarão, vencedor pela força de vontade e o apoio do público, que fez coro para ele. A medalhista brasileira número 100do Brasil é a noviça Adriana Araújo, no boxe feminino, na categoria mosca (até 51 quilos). Ao vencer a marroquina Mahjouba Oubtil , assegurou, no mínimo, a medalha de bronze, tirando o Brasil de um jejum de medalhas olímpicas na modalidade que durava 44 anos. A primeira e última foi o bronze de Servílio de Oliveira, no boxe masculino, nos Jogos da Cidade do México, em 1968, na categoria mosca. Robert Scheidt foi também muito bem na vela, e assegurou um bronze suado para o Brasil. Scheidt chegou a liderar a prova, mas a competição esteve muito acirrada no seu final. Com as medalhas de ontem, sobretudo a de ouro, o Brasil voltou a se posicionar abaixo do 30º lugar. Na realidade, a melhor posição do Brasil no ranking das Olimpíadas foi em Atenas, quando ficou em 16º lugar. Em Pequim, caiu para o 23º. Nas 22 participações brasileiras nos Jogos Olímpicos, por três vezes o Brasil nao conquistou uma medalha sequer e, em varias delas, nao conseguiu mais que uma de bronze. O quadro de premiaçao dos brasileiros reúne 22 medalhas de ouro, 26 de prata e 51 de bronze. Falta aqui a medalha de Adriana que, embora já assegurada, a competiçao nao terminou. Por modalidade, o judô foi a que mais premiou o Brasil, 19 medalhas. Vem a seguir a vela, com 17 medalhas e o volei , 16 medalhas. Existe a possibilidade novas medalhas para o Brasil no basquete, no vôlei masculino, no vôlei de praia, que está chegando à final.

Nem o pior inimigo merece o quarto lugar - De Londres, Aylê-Salassié

4º lugar, ô raiivaaaa! - Internet
(London Bridge UCB News)
Os grandes perdedores olímpicos não são os que ficaram abaixo das três marcas principais (1º,2º,e 3 º lugares ), mas aqueles que chegaram em quarto lugar, às vezes, por uma diferença de décimos de segundo, outras por um descuido com o tempo relâmpago, ou , como diz Usaind Bolt, “porque não resisto a tentação de olhar para o lado”.
O quarto lugar numa prova olímpica é o que causa mais danos ao perdedor. O atleta fica inconformado. Há os que chegam a maldizer os locais onde treinou, as técnicas usadas , os técnicos que teve, terminando por amaldiçoar a si mesmo, ao considerar-se o pior dos mortais.
Por causa disso, um aficionado do esporte olímpico, do condado Derbyshire, no centro da Inglaterra, David Mitchell, que nunca teve sucesso como atleta, decidiu ser solidário com aqueles que terminaram em quarto lugar. Cunhou e começou a enviar para eles medalhas feitas de peltre, liga metálica resultante da fusão do chumbo, antimonio, estanho e cobre, menos valiosa do que o próprio bronze. A primeira foi para mergulhador britânico Tom Daley.
Mas a fila é grande e, provavelmente, Mitchell vai precisar criar uma corrente de solidariedade financeira para manter a produção paralela de medalhas olímpicas para os quartos lugares. Sao mais de trezentas provas.Resulta disso uma hipótese quase verdadeira .
Contrariamente ao espírito olímpico, poucos atletas vieram a Londres para competir. Todos querem ganhar . A medalha de ouro é o máximo do reconhecimento olímpico A medalha de prata permite ainda um certo orgulho pessoal - 2º do mundo -, e a medalha de bronze deixa o atleta entre feliz e triste. Mas, apesar disso, até o bronze o atleta está entre os melhores do mundo.
Entrevistas concedidas aqui por alguns atletas antes das competições revelam claramente essa postura anti-olímpica . Persegue-se explicitamente a medalha de ouro.Para Neymar, do futebol, “vim aqui para ganhar”. A também brasileira Maureen Maggi , do salto à distância feminino afirma que “ todas querem a mesma coisa, mas só há três medalhas”. O inglês Bradley Wiggs, do cliclismo, diz que “para ser cem por cento honesto, é ouro ou nada. Eu não posso sentar e dizer que eu vou ficar feliz com uma prata, ou um bronze.” Aí está, portanto, a explicação do porque os seis medalhistas brasileiros entraram ontem na entrevista coletiva no auditório do St John’s College, um escola imperial britânica\, sem as medalhas de prata e bronze brilhando no peito. Pareciam constrangidos para exibi-las, como se estivessem envergonhados com as próprias marcas.
Da mesma fora que aconteceu com Rebeca Adlington, ocorreu com eles. A opinião pública brasileira, na sua provincialidade, ofereceu-lhes o trono, mas eles não conseguiram conquistar a coroa. Entao se os próprios medalhistas sentem-se frustrados com o reconhecimento secundário – o marketing diz qu o segundo não existe - , imagine aqueles que, esperanços como todos, não chegaram sequer ao bronze.
Entre os atletas que ficaram em quarto lugar que mais impactaram a expectativa de David Mitchell , existem, inclusive, alguns ex-medalhistas de ouro de Olimpíadas e campeonatos mundiais anteriores. Iryna Kindzerska (Ukraine), judô feminino +78kg, uma mulher enorme, chorava copiosamente sobre o tatame. Shin A. Lan(Coréia do Sul), esgrima espada, que, num empate que lhe dava o bronze, perdeu o tempo e o lugar enquanto reclamava.
Mais dramático ainda foi para as cinco ginastas ucranianos que já haviam ganho as medalhas de bronze, mas Japão protestou contra a pontuação de Kohei Uchimura, de 13,466, por ter caído do cavalo com alças, os juízes aceitaram, e a pontuação de Uchimura subiu para 14,166, sendo a medalha transferida para o Japão. Uma vitória no tapetao . Houve um silêncio comovente entre as meninas da Rússia, que, em seguida, desabaram num choro inconsolável. O quarto lugar é o lugar mais terrível que tem nas Olimpiadas. Nao se deve desejá-lo nem para o pior inimigo.

Prato do dia - Pasta da Mamma

 Muito fácil de preparar e delicioso de se comer. Clique nas fotos para ampliar.

Ingredientes:
Para 2 pessoas

1/2 pacote de espaguete Barilla
14 tomates cereja cortados ao meio
1 pedaço de 150g de presunto cru picado em cubos pequenos
6 pontas de aspargos, o restante do talo picado em rodelas pequenas  
Manjericão a gosto
1 vasilha com água e gelo
1 panela grande com bastante água para cozinhar a pasta
Sal
Azeite

Preparo:

Ponha bastante água para ferver numa panela grande
Quando a água ferver, adicione uma colher de sopa de sal e deixe ferver novamente.
Coloque a pasta para cozinhar, seguindo a recomendação do fabricante - víde na caixa. Deixe a pasta al dente
Enquanto a água pega fervura, cozinhe os aspargos em outra panela com água e um pouco de sal. Deixe no ponto al dente.
Coloque os aspargos numa vasilha com água e gelo, por cerca de 2 minutos para parar o cozimento e manter a cor.
Retire da água e enxugue-os com papel toalha ou num pano de prato limpo
Corte as pontas  e pique os talos em rodelas. Reserve.
Numa frigideira, coloque um pouco de azeite e frite o presunto cru até ficar crocante. Escorra a gordura do presunto.
Adicione na frigideira, o aspargo, os tomates, as folhas de manjericão e um pouco de azeite, mexa.
A pasta  estando no ponto, escorra  a água e adicione o presunto, com o aspargo e os tomates por cima, misture com dois garfos e sirva em seguida.

Dica: O ideal é fazer simultâneamente o preparo do presunto, aspargo e tomates com o cozimento da pasta. Assim, fica tudo quente e dentro do ponto ideal para se comer.

Fotos e preparo do prato: UNIVERSO

Isso não vai dar certo... Já não basta a Receita Federal?

Desenho : Frank - Internet

Plástico uma praga necessária?

Foto:UNIVERSO - Pôr-do-Sol - Chicureo - Chile - 2012 

Veja os dois vídeos abaixo, que não são novidades, e veja como o plástico que faz parte em nossas vidas modernosas, está em quase tudo que usamos e descartamos de qualquer jeito em todos os lugares, e atente para o desastre que provocamos e que está por vir.

Dê uma olhada em torno de você e veja onde o plástico não é usado, fica mais fácil assim, do que procurar onde o plástico é usado. Será que podemos viver sem o plástico?
Se a resposta for não, só nos resta nos prepararmos para desastres ambientais provocados por nós, pela maneira irresponsável como usamos e descartamos tudo que possui plástico.

Jogar uma simples tampa de refrigerante numa rua, num lote vazio, num lixão, na beira de um rio, praia, lago, enfim, em qualquer local,  estamos contribuindo para o que você irá assistir nos vídeos.

Não adianta eliminar apenas as discutidas sacolas de plástico de supermercados. Quando você compra em supermercados nas áreas de hortifruti, onde você acondiciona os produtos? Sacos plásticos, que não são biodegradáveis. Portanto, as sacolas plásticas são uma pequenina pontinha do problema.
Em Belo Horizonte, descobriu-se que as novas biodegradáveis, que passaram a ser vendidas, não eram degradáveis e sim ordinárias como as usadas anteriormente. Êita, povinho honesto.
O Ministério Público proibiu a venda dessas sacolas.

É preciso avaliar campanhas que são sugeridas e ou lançadas, sem o afogadilho do vamos que vamos fazer, sem uma avaliação profunda, após procurar conhecer o que se propõe. Está provado que esse lance das sacolas descartáveis dos supermercados, padarias e sacolões, foi uma grande jogada para eliminar custos e obter receita com a venda das novas sacolas.

Sou contra o uso das sacolas de plástico, já deixei de usá-las faz tempo. Mas, é pouco. Pode ser um começo de conscientização. Que passa pela educação em cada lar, escola, igrejas, associações comunitárias, Ongs, de como fazer bom uso do plástico e como descartá-lo corretamente.
Isso exige altos investimentos em pessoal habilitado, materiais de treinamento e divulgação, tem que ser uma campanha constate e com ações muito bem planejadas. Levará tempo para se formar uma geração educada.

Assim sendo, proponho que todos os fabricantes de produtos que levam plásticos, e os governos paguem uma taxa que será usada para programas educacionais e recuperação do meio ambiente degradados pelo plástico
Que eles sejam responsabilizados pela coleta do descarte do que produzem, sua reciclagem e pelos danos ambientais que seus produtos provocam.

Leis duras, fiscalização, punição severa aos infratores, programas educacionais para os porquinhos e sugismundos (lembram dessa campanha?) de plantão, pesquisas para criar plásticos e substitutos, realmente biodegradáveis, sem prejudicar o meio ambiente.

Utópico? Nem tanto, basta a sociedade se envolver e querer fazer, exigindo ações eficazes e imediatas dos governos e empresas envolvidas.






Vídeos : YouTube

domingo, 5 de agosto de 2012

Vista cansada - Otto Lara Resende

Foto:UNIVERSO - Quaresmeira - Belvedere - Belo Horizonte - Minas Gerais
Clieque na foto para ampliar

Acho que foi o Hemingway quem disse que olhava cada coisa à sua volta como se a visse pela última vez. Pela última ou pela primeira vez? Pela primeira vez foi outro escritor quem disse. Essa idéia de olhar pela última vez tem algo de deprimente. Olhar de despedida, de quem não crê que a vida continua, não admira que o Hemingway tenha acabado como acabou.

Se eu morrer, morre comigo um certo modo de ver, disse o poeta. Um poeta é só isto: um certo modo de ver. O diabo é que, de tanto ver, a gente banaliza o olhar. Vê não-vendo. Experimente ver pela primeira vez o que você vê todo dia, sem ver. Parece fácil, mas não é. O que nos cerca, o que nos é familiar, já não desperta curiosidade. O campo visual da nossa rotina é como um vazio.

Você sai todo dia, por exemplo, pela mesma porta. Se alguém lhe perguntar o que é que você vê no seu caminho, você não sabe. De tanto ver, você não vê. Sei de um profissional que passou 32 anos a fio pelo mesmo hall do prédio do seu escritório. Lá estava sempre, pontualíssimo, o mesmo porteiro. Dava-lhe bom-dia e às vezes lhe passava um recado ou uma correspondência. Um dia o porteiro cometeu a descortesia de falecer.

Como era ele? Sua cara? Sua voz? Como se vestia? Não fazia a mínima idéia. Em 32 anos, nunca o viu. Para ser notado, o porteiro teve que morrer. Se um dia no seu lugar estivesse uma girafa, cumprindo o rito, pode ser também que ninguém desse por sua ausência. O hábito suja os olhos e lhes baixa a voltagem. Mas há sempre o que ver. Gente, coisas, bichos. E vemos? Não, não vemos.

Uma criança vê o que o adulto não vê. Tem olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo. O poeta é capaz de ver pela primeira vez o que, de fato, ninguém vê. Há pai que nunca viu o próprio filho. Marido que nunca viu a própria mulher, isso existe às pampas. Nossos olhos se gastam no dia-a-dia, opacos. É por aí que se instala no coração o monstro da indiferença.

Texto publicado no jornal “Folha de S. Paulo”, edição de 23 de fevereiro de 1992.