Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
(Carlos Drummond de Andrade - Obra Poética, pag.43)
Enviado pelo "brimo" carioca de Ipanema, Luiz Edmundo Germano Alvarenga - Blog do Alvarenga
Tinha a foto arquivada aguardando um tema adequado. Hoje, ele chegou. Acho que casou perfeitamente