Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
(Carlos Drummond de Andrade - Obra Poética, pag.43)
Enviado pelo "brimo" carioca de Ipanema, Luiz Edmundo Germano Alvarenga - Blog do Alvarenga
Tinha a foto arquivada aguardando um tema adequado. Hoje, ele chegou. Acho que casou perfeitamente
Lindíssima a imagem! Que atmosfera! E o poema para ela ...
ResponderExcluirTudo a seu tempo e alegria.
Leda
Guardei essa foto durante meses. Sabia que o poema certo chegaria. Acho que valeu esperar.
ResponderExcluirÉ perfeito.
ResponderExcluirEste poema é maravilhoso, usei-o para um trabalho da escola e acho que ele pode ser uma legenda para a vida de muitos! Abraços
ResponderExcluirOi, Gabrielly. Fico feliz em receber sua visita ao blog e de sua participação.
ExcluirCarlos Drummond, como bom mineiro "calado", sabia das coisas, e como mineiro calado, pensava muito e trasnportou seus pensamentos e palavras para o papel e nos deixou poemas lindos como esse.
Palavras que trasncendem ao tempo, e que ficarão marcads na alma de quem ler Drummond.
Obrigado e volte mais. Espero que continue como uma seguidora do blog.
Um garnde abraço do tamanho do Universo.