terça-feira, 31 de julho de 2012

As Olimpiadas perdem para Londres - De Londres, Aylê-Salassié


Golpe baixo - Internet

O Comitê Olímpico errou nos cálculos

(London Bridge UCB News)

Os ingressos para as competições das XXX Olímpiadas, reservados para as grandes organizações e autoridades, pelo Comitê Olímpico Internacional e o de Londres (Locog), vão ser disponibilizados para venda ao público, e poderão ter até mesmo os preços reduzidos . Os estádios e ginásios, na maioria, estão quase vazios. Além do prejuízo de arrecadação, o que vai afetar o retorno dos investimentos, os jogos não tem público. A cidade de Londres está concorrendo com as Olimpíadas. Os milhares de turistas vieram para os Jogos, mas não resistem ao charme da capital britânica.
Sebastian Coe , um dos medalhistas de ouro , em Olimpíadas anteriores, mais populares da Inglaterra, hoje lorde, com a responsabilidade pela organização dos Jogos de 2012, voltou atrás numa entrevista à televisão, em que negava que houvesse escassez de público nos estádios. Estavam esgotados os 8 milhões de ingressos que haviam sido colocados `a venda, mas esqueceu de dizer que milhares eram mantidos sob reserva para os promotores. Coe confiava nos 175 mil ingressos distribuídos gratuitamente para as escolas, e na extenuante campanha de mobilização para os Jogos desenvolvida por meio de eventos públicos , propagandas nos jornais , na televisão, nas rádios, nas escolas, universidades e fábricas usando-se, inclusive, do artifício de apelar para os orgulho nacional dos ingleses. A festa de abertura reafirmou o discurso fundador da Nação.
Mesmo assim, os estádios estão vazios. O maior concorrente das Olimpíadas é a própria cidade de Londres, iluminada, como nunca, por um sol perene e uma temperatura amena, além de, com os investimentos para os Jogos, ter se tornado mais linda.A Prefeitura de Londres espalhou 70 mil voluntários pela cidade, e preparou a população para receber os turistas olímpicos, de tal forma que o visitante recebe um tratamento altamente atencioso. A catedral de Westiminster, onde se realizam os casamentos reais, o Parlamento , St Pauls Cathedral, que sobreviveu bravamente às bombas dos nazistas, o Castelo de Windsor, a Torre de Londres, na qual esteve preso o filósofo Thomas Morus e até uma parte do Palácio de Buckingham estão abertos a visitação pública . Os jardins , os museus, as centenas de casas de shows, cinema, teatro, a Royal Ópera, os balés ,o Kew Garden, o mais importante jardim botânico do mundo, até um passeio para a Secret London chama a atenção dos turistas. São milhares de ofertas tentadoras. Em meia hora sentado na Trafalgar Square pode-se ouvir mais de 100 línguas diferentes sendo faladas por ali. Todos juntos são fortes concorrentes para as Olimpíadas , Assim, parece que as Olimpíadas ficam para os atletas e os londrinos. Os turistas olimpicos parecem interessados mesmo é em Londres: no movimento intenso na zona um onde estão o Picadilly, o Covent Garden , a Leicester Square, o Soho, a Trafalgar Square, a capela de St Martim, com concertos orquestrais e imensos órgãos de fole trazendo para o público obras de Vivaldi, Bach , Handell, e ate alguns compositores mais populares.
O que está acontecendo em Londres, não foi diferente em Beijing, nem em Atenas. Os Comitês Olympicos nacionais mobilizavam escolares e militares para encher os estádios. Algumas modalidades esportivas ganham público maior quando são equipes (futebol, voley) ou quando candidatos nacionais estão competindo. Modalidades esportivas e até competições entre equipes estrangeiras são presenciadas quase que somente pelos torcedores desses países, isso quando eles não estão se divertindo pelo centro da cidade. No Brasil não vai ser diferente. O Comitê Olimpico superdimensiona os números, os tamanhos, os valores, as exigências fundados, talvez, em sonhos de grandeza, ou fazendo projetos sobre a média de público de cada Olimpíada. O que está acontecendo em Londres, ocorreu em Pequim e Atenas. Serve, portanto, de advertência para o Rio de Janeiro.
Cordialmente
Aylê-Salassié
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Sorriso da Kibon !!!

Foto: UNIVERSO

Terminado o almoço, partimos para adoçar o paladar e ao abrir a caixa de sorvete, deparei com esse sorriso. Não foi criado o desenho, há testemunhas de que foi um fato natural.
Olha aí! Dona Kibon, depois desse comercial, pode mandar uma nova caixa de sorvete de creme aqui pra casa.


Há atletas que vêm para semear - De Londres, Aylê-Salassié

Agradecimento e comemoração - Foto: Internet

(London Bridge UCB News)

“Tem gente que vem para plantar e preparar o palco, para que os próximos possam brilhar” , diz Ana Moser, ex-jogadora de voley da seleção brasileira, ao analisar o fracasso da equipe de ginástica nas XXX Olimpíadas de Londres. Diego Hipólito, Dayane Santos, que, em tom de brincadeira, já se diz desempregada, dificilmente estarão na Olímpiadas de 2.016, no Rio de Janeiro, por causa da idade, e não por suas qualidades , já que foram ganhadores seguidos de várias medalhas. Mas ninguém pode contestar o fato de que esses atletas semearam a geração de 2016.
Nossos principais representantes da equipe olímpica de Londres assim como Guga, Emerson Fittipaldi e Ademar Ferreira da Silva, Éder Jôfre, Hélio Grace, Joaquim Cruz foram atletas que despertaram o Brasil do sonho imobilizador do carnaval, do futebol e das mulatas. Muito antes de promover a imagem do brasileiro, essa metaforização dava um caráter folclórico e irresponsável à nossa identidade, só quebrado recentemente quando o Pib do Brasil (U$ 2,5 trilhões) pulou para a sexta posição no mundo derrubando o de alguns países considerados “molas mestres” da economia mundial como a Inglaterra, Itália, Rússia e Espanha . O Brasil também ajuda a mover o mundo.
É assim mesmo, tem gente que vem para semear, outros nascem para ser vitoriosos como indivíduos, como Lula, Sena, Piquet, Aurélio Miguel, César Cielo, Scheidt, Maureen. Os citados no primeiro grupo tornaram-se ícones da gerações que os sucederam, inspirando a implantação de milhares de academias de ginásticas, piscinas olímpicas, pistas de atletismo – mesmo improvisadas – escolas de educação física por todo o País; e o segundo passou a idéia de que não existe sonho impossível.
O Brasil não deixou de ser o país do futebol – ainda está entre os dez melhores -, nem do carnaval ou das belas mulatas, atrás das quais desembarcavam no Rio de Janeiro príncipes e condes, estimulados pela idéia de, trezentos anos atrás, dos “viajantes”estrangeiros à América de que abaixo do Equador tudo era possível. Mas esses dois grupos, esses atletas no seu conjunto foram os grandes alavancadores da visibilidade do esporte e da economia brasileira no mundo. Os investimentos vieram atrás deles. A balança de serviços registra ser o Brasil o País maior exportador de jogador de futebol. Temos mais de 600 jogadores no exterior, de tal forma que alguns chegam a disputar a Copa do Mundo por outros países, como Liédson, do Corinthias. O negócio carreia para o País cerca de R$ 1 bilhão de reais por mês.
Portanto, não tem fiasco, só sacrifício. Esses atletas vão entrar , de fato, no mercado de trabalho, na idade em que a maioria dos não atletas já se realizaram profissionalmente. É preciso recebê-los com carinho. Eles serão responsáveis pela preparação da geração de 2016. Além disso, as Olimpíadas estão começando, os brasileiros são uma delegação, uma comunidade, e terão ainda muitas chances pela frente. No próprio atletismo pode-se sonhar ainda com medalha nas argolas masculinas, com Arthur Zanetti, que terminou a fase classificatória com a quarta melhor nota, e Sérgio Sassaki que se classificou para a final na prova individual geral.


Cordialmente
Aylê-Salassié
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Britânicos recusam-se a perder a majestade - De Londres, Aylê-Salassié

O amor é lindo - Internet

London Bridge UCB News

“Ser ou não ser” (To be or not to be), esta foi uma das questões litúrgicas mais complicadas colocadas pelo cerimonial na abertura das Olimpíadas para 54 países soberanos colonizados pelos ingleses, dezesseis dos quais ainda súditos da Rainha Elizabeth II da Inglaterra. Cada delegação deveria abaixar cerimoniosamente a bandeira ao passar em frente ao palanque oficial, onde estava a chefe do Estado Britânico. Embora parte desse grupo, a representação olímpica dos Estados Unidos recusava-se a fazê-lo e outros a ignoraram. Isso não pode ser computado como um indelicadeza, mas nela está inclusa a recusa do reconhecimento, já em desuso, desta submissão colonial histórica, que faz parte do imaginário dos britânicos – quem foi rei não perde a majestade - e pode causar ainda problemas diplomáticos. Nesse sentido, os ingleses ficam a dever à comunidade olímpica, ao trocar, por exemplo, a bandeira da Coréia do Norte pela a da Coréia do Sul, o que atrasou por uma hora o início do jogo das seleções femininas de futebol norte-coreana e colombiana, em Camdem Park , o que esteve perto de gerar um incidente diplomático. O episódio torna-se mais desagradável, porque Pyongyang preparava-se para celebrar, com desfiles militares, 59 anos do acordo que encerrou a feroz guerra fratricida na península coreana, e que fixou, no paralelo 38, os limites territoriais do norte e do sul, sob a égide dos Estados Unidos e da Inglaterra, que terminou por estigmatizar as duas partes como o lado comunista e o democrático liberal. Os comunistas nunca concordaram totalmente com essa divisão, e por isso aceitaram com ressalvas as desculpas dos ingleses, que já haviam tentado impedir o hasteamento da bandeira do norte na Copa do Mundo de 1966. Na abertura dos XXX Jogos Olímpicos e até em conversas informais, mesmo discretamente ou em tom de brincadeira, o inglês não esquece de que o sol não se poe no Império Britânico. A expansão colonial inglesa até o século XIX foi tão extensa que os ingleses se faziam presentes nos territórios mais distantes do globo, chegando a dominar 20% das terras do planeta e 25% de sua população. O Império estendia-se do Caribe (Honduras Britânicas e Guiana Inglesa) até a Austrália e ilhas remotas do Pacífico, passando por um terço da África (envolvendo a África do Sul, Nigéria, Egito, Quênia e Uganda), Índia, Birmânia e China. O sol estava sempre brilhando em pelo menos um deles. Na medida em que as colônias foram tornando-se independentes, surgiu a Comunidadade de Naçoes da Língua Inglesa ( Commonwealth), uma associação voluntária de 54 estados soberanos, embora dezesseis dos Estados-Membros tenham ainda como chefe de Estado, a rainha Elizabeth, da Inglaterra . Os membros dessa extensa Comunidade sao ex-colônias britânicas, que reúnem três países na Europa, doze na América do Norte, um na América do Sul, dezenove na África, oito na Ásia, e onze na Oceania. Somados as populaçoes tem-se ainda hoje sob a influência cultural inglesa 2,1 bilhões de pessoas, quase um terço da população mundial. Entre as excentricidades está Moçambique , membro, ao mesmo tempo, da Commonwealth e da Comunidade de Língua Portuguesa, liderada pelo Brasil e Portugal.
Cordialmente
Aylê-Salassié
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De arredio motel em colcha de damasco - Poema erótico de Carlos Drummond de Andrade

Foto:UNIVERSO - Cachoeira do Campo - Minas Gerais - Brasil

De arredio motel em colcha de damasco
viste em mim teu pai morto, e brincamos de incesto.
A morte, entre nós dois, tinha parte no coito.
O brinco era violento, misto de gozo e asco,
e nunca mais, depois, nos fitamos no rosto.

De O amor natural - 1992

(Carlos Drummond de Andrade)


Green Games: os ingleses chegaram na frente - Aylê-Salassié de Londres

Tudo Virado - Internet

(London Bridge UCB News)

Entusiasmado com a escolha do Brasil para sediar as Olimpíadas de 2016, o então Presidente Lula, anunciava para todo lado que o Brasil iria fazer as Olimpíadas Verdes . Os ingleses chegaram na frente. Os XXX Jogos Olímpicos de 2012, abertos ontem, e presenciados pela presidente Dilma Roussef, estão sendo chamados orgulhosamente por eles de Green Games. Para selar a proposta, alguns dos maiores os ícones da defesa do meio ambiente da Inglaterra vieram para a abertura . Entre eles, Paul McCartney, Davi Beckham, o príncipe Charles – que trocava idéias com ambientalista brasileiro José Lutzemberger – e a própria rainha Elizabeth .
O Parque Olímpico de Londres é um dos primores da política ambiental inglesa. Além das práticas sustentáveis generalizadas, o projeto, para começar, recupera uma área degradada de 240 hectares, na qual foram protegidos alguns pequenos ecossistemas e a sua fauna local. O Olimpic Park é ornado por bosques , mangues, rios, sistema de captação de resíduos descartáveis, suportes de aquecimento solar e uma multiplicidade de práticas e orientações sustentáveis. Ao agregar como uma das prioridades a beleza cênica (landscape) do local, permitiu-se a introdução de algumas espécies exóticas, mas todas originárias do bioma da ilha britânica. Segundo o professor Nigel Dunnet, consultor do projeto. “Nós queremos que os Jogos de Londres de 2012 funcionem como uma ampla exposição da horticultura da Gran-Bretanha, senão como o melhor que já se fez nessa área no mundo do esporte”.
É impossível descrever aqui os modelos, os projetos, as espécies e as tecnologias de ponta introduzidas pelos ingleses nos XXX Jogos. Se o Brasil vai repetir Londres com os Jogos Verdes ou se vai dar um “Up grade” no que está acontecendo por aqui em termos ambientais e tecnológicos não se sabe ainda. O certo é que 240 especialistas brasileiros – engenheiros, arquitetos, botânicos, gestores, paisagistas e outros - estão espalhados pelos locais dos eventos, alguns quase como espiões, levantando dados sobre os avanços de Londres sobre os Jogos de Pequim (2008), para identificar a sustentabilidade daquilo que poderá ser utilizado no Rio de Janeiro. Especialistas ingleses, bem como alguns chineses estão sendo convidados a participar, como consultores, da organização dos jogos no Brasil.
Práticas sustentáveis há muito tempo vêm introduzindo na vida cotidiana dos ingleses : água tratada, resíduos sólidos reciclados, filtragem do ar e uma série de medidas que os cidadãos vão absorvendo vagarosamente. A idéia da sustentabilidade não surgiu com os Jogos, mas a sua realização ampliou o horizonte ambientalista dos ingleses. O tamanho das discordâncias para aprovação da novo Código Florestal, no Congresso, mostra como os brasileiros estão ainda distantes de uma política ambiental consistemente séria. Comemora-se mais aqui a redução do desmatamento na Amazônia, que mesmo no Brasil. Tem-se, entretanto, quatro anos pela frente até as Olimpíadas do Rio de Janeiro.
London Bridge UCB News.Dados dos XXX Jogos Olímpicos Estima-se que os Jogos de Londres terão uma audiência televisiva acumulada no mundo superior a 4 bilhoes de pessoas. A Tocha Olímpica, que sempre deu uma volta ao mundo, nos jogos de Londres foi transportada apenas dentro do território da Gran- Bretanha por por 8 mil pessoas, entre eles membros da família real e personalidades conhecidas no mundo do esporte , do teatro e defensores do meio ambiente. Algumas dessas pessoas que já foram ícones ingleses sugiram, para surpresa dos próprios ingleses, carregando a tocha olímpica na passagem por suas cidades de origem. Assim foi com Gordon Banks, Bob Charlton, o próprio Sebastian Coe ( Presidente dos Jogos) e outros bastante conhecidos ainda, embora desaparecidos da mídia.
- 11 milhóes de tickets estão sendo disponibilizados para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos
- 8 milhoes de tickets serão destinados aos britânicos
- 175 mil estudantes terão acesso livre aos Jogos
- 200 mil pessoas envolvidas, incluindo 70 mil voluntários
- 20 mil atores na cerimônia de abertura
- 14.690 atletas participarão dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos
- A Tocha Olímpica foi transportada dentro do território da Gran Bretanha por por 8 mil pessoas, entre eles membros da família real e personalidades conhecidas no mundo do esporte , do teatro e defensores do meio ambiente.
- O cabeamento usado para os locais dos jogos correspondem a dar 1,3 milhão de vezes de voltas em torno de Londres
- 800 mil pessoas vão usar os transportes públicos para os locais dos Jogos
- Duas das piscinas onde serão disputados as provas de natação e as de mergulho acumulam 10 milhões de litros.
- Os laboratórios anti-dopping deverão realizar mais de 6.250 testes.
- Transparência orçamentária Na Gran-Bretanha, a informação sobre gastos públicos é aberta. Está à disposição dos ingleses, e são publicados integralmente pelos jornais. Os Jogos de Londres vão custar pouco mais de 7 bilhões de libras, contra 9 bilhões dos Orçamento original. Gasta-se menos, ao invés de resultar em contas maiores.Abaixo, custos dos projetos e obras das principais arenas e estádios dos Jogos de Londres.
- O Estádio Olímpico, com capacidade para 80 milhões de espectadores, custou 486 milhoes de libras
- Centro Aquático, para 17,500 espectadores custou 269 milhões
- A Arena de Basquete – uma das que deverá ser transferida para o Brasil – com capacidade para 12 mil espectadores, custou 90 milhões de libras.
- O Velódromo, para 6 .000 espectadores, custou 105 milhões de libras
- A Arena de Hockey para 16 mil pessoas, custou 19 milhões de libras.
- Arena de Water Polo, para 5.000 pessoas, custou 19 milhões de libras.
- A Arena de Cobre, para handbal, penthatlon, e fencing, tem capacidade para 7.000 pessoas e custou 44 milhões de libras.

Cordialmente
Aylê-Salassié
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A morada dos deuses - De Londres, Aylê-Salassié

                                                                Vale Tudo - Internet

London Bridge UCB News

Para uma jovem predestinada desde os quatro anos de idade à prática de uma modalidade esportiva específica , chegar às Olimpíadas é não apenas transformar em realidade sonhos, mas, sobretudo, ser recebida no Olimpo . Isso a levou a atravessar enormes obstáculos, superar desafios , e a sacrificar a vida pessoal para expandir e aprimorar os próprios limites. O monte Olimpo existe como um acidente geográfico na Grécia, mas a sua visibilidade vem do politeísmo mitológico helênico, forjando a idéia de que ali era a morada dos deuses. Embora estejam em Londres, é lá que os atletas querem chegar. Assim, para uma menina com menos de 18 anos ser banida dessa convivência celestial, 24 horas antes do início dos Jogos, é devastadoramente frustrante.
Difícil, portanto, aos pobres mortais imaginar o estado de espírito de Adrian Gomes, ainda na adolescência, ser cortada não da delegação , nem do time brasileiro. Não, não é isso... Cortada dos Jogos Olímpicos. É muito mais que um drama. Pior, tem a força destruidora da ironia. As condições atingidas pela tecnologia do esporte, não dão margem sequer para o choro, o riso incontido ou para maldizer-se. A ressonância magnética acusou uma lesão na vértebra 13. Ela está fora. Por motivo similar foi excluída também a Laís Souza, que teve fratura na mão direita, quando treinava nas barras paralelas, e, antes, Jade Barbosa, que tanto tem representado o Brasil, vítima dos patrocínios que a fabricaram. Ainda bem que nenhum brasileiro foi acusado de dopping, considerado nos Jogos o cúmulo da indignidade.
Um atleta ser excluído das Olimpíadas é quase desastre pessoa. Para os torcedores não chega a ser traumático, como a derrota num jogo entre Flamengo e Fluminense, ou São Paulo e Corínthias . As Olimpíadas transcendem. Há uma imanente admiração pelo vitorioso e um certo afeto pelo perdedor. Simples mortais, os torcedores olímpicos contentam-se em acompanhar de longe tudo isso. Cabem aplaudir os atletas olímpicos - não existem vaias – sem distinção. É um reconhecimento a todos os competidores, sejam de quais forem os países, próximos ou distantes
Isso não significa que os brasileiros não devam torcer para o Cesar Cielo (50 mts natação), Álvaro Miranda ( hipismo ) Mayra Aguiar (judô), Tiago Camilo (judô), César Castro ( mergulho), Reinaldo Colucci (triatlo), pela seleção brasileira de vôley, de futebol, pelas duplas da areia, e até pela Adriana Araújo que participa da primeira competição olímpica de boxe feminino. Ao contrário, tem havido aqui até desfile de escola de samba da torcida brasileira. Os países querem também aumentar o número de medalhas. Os Estados Unidos pretendem retomar o primeiro lugar da China (2008), os ingleses querem manter, no mínimo, o seu quarto lugar, e o Brasil se esforça para ficar entre os quinze melhores. E todos os atletas desejam subir ao pódio, que funciona, , imaginariamente, como o Olimpo.
O que se pretende dizer é que as Olimpíadas são uma celebração , um encontro de sonhos e sonhadores que sonham, primeiramente, por si, e depois pelo país de origem. É muito difícil ganhar uma medalha, seja de ouro, prata ou bronze. São milhares de atletas no mundo inteiro treinando durante anos para estender os limites do homem: pela perfeição a beleza e a capacidade de resistência do ser humano, por mais um centímetro, por mais um décimo de segundo.
Cordialmente
Aylê-Salassié
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Carta Ao Poeta - Márcia C. Lio Magalhães


Mulher Escrevendo Carta e sua empregada - JanVermeer

Acredito sensivelmente que nós mortais precisamos beber deste néctar precioso que é a escrita. Infelizmente, nem sempre somos compreendidos.
A escrita é lâmina afiada que pode cortar, desamarrar e salvar-nos, como também pode ferir e matar-nos.
Fazer-se conhecer através da escrita não é fácil. O autor que se desnuda através dela, tem de ter nervos de aço, mas coração de pescador......
Todavia, enfrenta marés violentas, n'outras mar taciturno...
Nem sempre pode-se colher redes abundantes, pois que o mar muitas vezes nos nega seu fruto.
O verdadeiro autor não cabe só dentro de si, ele não cabe só num quarto à luz de um abajur, tendo apenas como companheira uma velha, mas fiel escrivaninha, uma cadeira gasta e uma página em branco... Não! O autor é do mundo!
O mundo espera por ele, quer ouvi-lo, lê-lo, vê-lo, senti-lo...
Não mate as palavras dentro de seu coração, pois que o verso é santo, forte e livre.
Não se abandona o barco antes do naufrágio.
Ainda sim, no fundo do mar, inquieto e silencioso, o barco dorme o sono dos anjos...
Quem nasce poeta, vive e morre pela escrita!
Pois que o poeta é um barco, que com o tempo aprendeu a navegar ora em rotas serenas ora turbulentas.
Dê tempo ao mar, deixe-o apaziguar, pois que o sol ainda há de brilhar sobre as velas...

(Márcia Christina Lio Magalhães)

Trechos do meu próximo Livro.
Texto originalmente escrito em meados de 2010 e publicado no Blog Poetar é Preciso.

http://marciacristinaliomagalhaes.blogspot.com/

A precisão inglesa: tudo pronto


OOOOPS!!! FOI MAL - Foto: Internet

De Londres, Aylê-Salassié(London Bridge UCB News)

O londrino não deixa nada para última hora, nem começa ou termina algo atrasado. Essa precisão é sinalizada pelo Big Ben, a partir do qual os relógios de todos os ingleses são acertados. Não tem velódromo que atrapalhe. O Velopark, um dos grandes problemas do Brasil, está pronto e tem todas as suas características olímpicas medidas com precisão e aprovadas pelos competidores. O mesmo se dá com o Complexo de Tiro, o estádio de Wimbledon, a Arena de Greenwich, o Aquatic Center e o The ExCel Center, que vai abrigar concomitantemente provas de boxe, luta olímpica, judô, tênis de mesa, levantamento de peso, esgrima, tae kwon do. Os jogos de futebol vão acontecer no País de Gales (Cardiff) e na Escócia (Glasgow), e na própria Inglaterra, em Londres e Manchester
Nem o Comitê Olímpico Internacional(COI) consegue esta façanha: a abertura das Olimpíadas será na sexta, mas os jogos começam amanhã, quinta e, em algumas ocasiões, como ocorreu na China, há prova concluída após o encerramento dos Jogos. Na realidade, em Londres, qualquer modalidade a ser disputada , se houver necessidade, já pode ser iniciada. Tudo está pronto, todos estão a postos: os voluntários, a segurança, as equipes técnicas e, para coroar o êxito inglês, como poucas vezes na história, Londres está sob uma sol de fazer inveja e uma temperatura de quase 30 graus.
Pode-se dizer que a Inglaterra é mãe das Olimpíadas da Era Moderna, é também responsável pela introdução da educação física como disciplina obrigatória nas escolas do mundo inteiro. A rainha Vitória entendia que a prática dos jogos nas universidades ajudavam a descarregar o testosterona dos jovens, e assim Oxford a adotou. Merecidamente , portanto, a Inglaterra será, pela terceira vez, palco da XXX Olimpíada. São quarenta modalidades esportivas disputadas por aproximadamente 10 mil atletas de 205 países, consideradas as eliminatórias prévias.
Os jogos vão se estender de 27 de julho a 12 de agosto: 17 dias de pura adrenalina. Será o momento da China confirmar a sua liderança mundial, adquirida nos Jogos de Pequim em 2008. A expectativa é a de que os Estados Unidos retomam o lugar perdido para os chineses. Vai ser uma disputa emocionante, porque envolverá menos atletas individuais e mais equipes. Os ingleses também querem aproveitar a oportunidade de estarem em casa para melhorar a posição no ranking. Prepararam-se para isso. Numericamente falando, a delegação brasileira está entre as mais representativas, cerca de 250 componentes e a disputa de 24 a 25 modalidades. As esperanças de medalhas de ouro são poucas, talvez no judô, na natação, corridas. Mas, como disse Coubertin, o importante é competir. A gente desconta no Rio de Janeiro em 2016. 24.07.2010Batismo das Olimpíadas De Londres, Aylê-Salassié( London Bridge UCB News ) Enfim, prontos! Foram aproximadamente 12 meses de preparação do grupo de estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Católica de Brasília para a cobertura dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Londres. Eles tiveram treinamento multimídia, e realizam a cobertura para o Jornal de Brasília, Rede Vida de Televisão, Agência do Rádio Brasileira, vários blogs e portais . O batismo ocorreu ainda no aeroporto de Guarulhos, onde deram de frente com a seleção brasileira de vôlei e o técnico Bernardinho dando longas explicações sobre sua estratégia para recuperar o prestígio do grupo em Londres, depois da fragorosa derrocada na Bulgária. Ali estavam também alguns atletas de natação, judô e até membro das delegações esportivas da Argentina e do Chile. O grupo ficou alvoroçado, não sei se como “tietes” dos atletas ou atiçados pela oportunidade de realizar boas reportagens ali. O certo é que, em pleno saguão, desmancharam as malas e repentinamente surgiram maquinas, câmeras e gravadores de todos os lados.Bernardinho, pentacampeão do mundo, Murilo, o melhor jogador da Copa Mundial de Vôlei da Rússia, Dante, Lucas , Serginho , Bruninho, e etc. Estava dada a largada do London Bridge UCB News, que teve um começo acanhado. Envolveu quase 50 estudantes, reduzidos , no final, a apenas doze, mas altamente motivados para a cobertura. De tal forma que, mal desembarcados aqui (15h30m), as matérias produzidas nos aeroportos começaram a sair.
Às 23 horas os trâmites da chegada haviam sido concluídos, mas a tamanha ansiedade levou o grupo a tomar um ônibus noturno e a desembarcar à meia noite no Picadilly Circus, ícone da paixão e palco dos movimentos hippies dos anos setenta . E assim penetraram nas noites fúnebres da capital londrina. Uma rodada aqui, outra por ali – Regente, Oxford. Totheham ,a Chinatown dos nightclubs . Finalmente, madrugada, decidiram que era horas de retornar ao Harlesden , à velha casa, de estilo vitoriano, geminada, como na W-3, lembrando os antigos bairros operários da revolução industrial.
Alta madrugada. Os primeiros sintomas do fuso horário começaram a ser sentidos, derrubando um e outro até que, abatidos, todos dormiram. Mas, não foi fácil, os mais resistentes ainda insistiam em discutir as pautas do dia. No meio daquela conversa animada, notou-se a ausência de um dos membros. Vinte e quatro horas sem dormir – passara a noite assistindo filmes no avião – não conseguia retomar ao sono normal. Sem qualquer aviso prévio, saiu para caminhar um pouco, e desapareceu. Foi o primeiro momento de tensão dentro do grupo. Meia hora depois estava ele de volta. Deitou-se, e dormiu pesadamente até ao meio dia, 8hs em Brasília. Mas, de fato, será muito difícil dormir em Londres. As sirenes dos carros de polícia soam por todos os lugares. Os estrangeiros se espalham pelos restaurantes e pubs e os 25 mil taxistas ameaçam parar por conta dos roteiros restritos pela cidade. Um deles pulou ontem da Tower Bridge, mas foi só um susto.
Cordialmente
Aylê-Salassié
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London 2012 - Olímpiadas


                                             Vaso grego com figuras olímpicas - Internet

Receberei do amigo Aylê, notícias e artigos sobre as Olímpiadas de Londres e as publicarei no blog, para que possamos ter uma visão diferenciada sobre o que acontece em Londres.
Abaixo, mensagem do Aylê que faz a abertura dessas publicações no blog. Espero que gostem.


José Universo,
Estamos em Londres com uma equipe multimídia, integrada por dez estudantes de jornalismo,
produzindo matérias para a London Bridge UCB News (Brasília), sobre as Olimpíadas, em parceria como o Jornal de Brasília, Rede Vida de Televisáo, Agência do Radio Brasileiro, um programa, Conexao London Bridge, para veiculaçao no You Tube,alguns blogs e redes sociais.Trata-se de uma cobertura alternativa e vai se estender do Olímpico para os Paraolímpicosos.

Cordialmente
Aylê-Salassié
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