OOOOPS!!! FOI MAL - Foto: Internet
De Londres, Aylê-Salassié(London Bridge UCB News)
O londrino não deixa nada para última hora, nem começa ou termina algo atrasado. Essa precisão é sinalizada pelo Big Ben, a partir do qual os relógios de todos os ingleses são acertados. Não tem velódromo que atrapalhe. O Velopark, um dos grandes problemas do Brasil, está pronto e tem todas as suas características olímpicas medidas com precisão e aprovadas pelos competidores. O mesmo se dá com o Complexo de Tiro, o estádio de Wimbledon, a Arena de Greenwich, o Aquatic Center e o The ExCel Center, que vai abrigar concomitantemente provas de boxe, luta olímpica, judô, tênis de mesa, levantamento de peso, esgrima, tae kwon do. Os jogos de futebol vão acontecer no País de Gales (Cardiff) e na Escócia (Glasgow), e na própria Inglaterra, em Londres e Manchester
Nem o Comitê Olímpico Internacional(COI) consegue esta façanha: a abertura das Olimpíadas será na sexta, mas os jogos começam amanhã, quinta e, em algumas ocasiões, como ocorreu na China, há prova concluída após o encerramento dos Jogos. Na realidade, em Londres, qualquer modalidade a ser disputada , se houver necessidade, já pode ser iniciada. Tudo está pronto, todos estão a postos: os voluntários, a segurança, as equipes técnicas e, para coroar o êxito inglês, como poucas vezes na história, Londres está sob uma sol de fazer inveja e uma temperatura de quase 30 graus.
Pode-se dizer que a Inglaterra é mãe das Olimpíadas da Era Moderna, é também responsável pela introdução da educação física como disciplina obrigatória nas escolas do mundo inteiro. A rainha Vitória entendia que a prática dos jogos nas universidades ajudavam a descarregar o testosterona dos jovens, e assim Oxford a adotou. Merecidamente , portanto, a Inglaterra será, pela terceira vez, palco da XXX Olimpíada. São quarenta modalidades esportivas disputadas por aproximadamente 10 mil atletas de 205 países, consideradas as eliminatórias prévias.
Os jogos vão se estender de 27 de julho a 12 de agosto: 17 dias de pura adrenalina. Será o momento da China confirmar a sua liderança mundial, adquirida nos Jogos de Pequim em 2008. A expectativa é a de que os Estados Unidos retomam o lugar perdido para os chineses. Vai ser uma disputa emocionante, porque envolverá menos atletas individuais e mais equipes. Os ingleses também querem aproveitar a oportunidade de estarem em casa para melhorar a posição no ranking. Prepararam-se para isso. Numericamente falando, a delegação brasileira está entre as mais representativas, cerca de 250 componentes e a disputa de 24 a 25 modalidades. As esperanças de medalhas de ouro são poucas, talvez no judô, na natação, corridas. Mas, como disse Coubertin, o importante é competir. A gente desconta no Rio de Janeiro em 2016. 24.07.2010Batismo das Olimpíadas De Londres, Aylê-Salassié( London Bridge UCB News ) Enfim, prontos! Foram aproximadamente 12 meses de preparação do grupo de estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Católica de Brasília para a cobertura dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Londres. Eles tiveram treinamento multimídia, e realizam a cobertura para o Jornal de Brasília, Rede Vida de Televisão, Agência do Rádio Brasileira, vários blogs e portais . O batismo ocorreu ainda no aeroporto de Guarulhos, onde deram de frente com a seleção brasileira de vôlei e o técnico Bernardinho dando longas explicações sobre sua estratégia para recuperar o prestígio do grupo em Londres, depois da fragorosa derrocada na Bulgária. Ali estavam também alguns atletas de natação, judô e até membro das delegações esportivas da Argentina e do Chile. O grupo ficou alvoroçado, não sei se como “tietes” dos atletas ou atiçados pela oportunidade de realizar boas reportagens ali. O certo é que, em pleno saguão, desmancharam as malas e repentinamente surgiram maquinas, câmeras e gravadores de todos os lados.Bernardinho, pentacampeão do mundo, Murilo, o melhor jogador da Copa Mundial de Vôlei da Rússia, Dante, Lucas , Serginho , Bruninho, e etc. Estava dada a largada do London Bridge UCB News, que teve um começo acanhado. Envolveu quase 50 estudantes, reduzidos , no final, a apenas doze, mas altamente motivados para a cobertura. De tal forma que, mal desembarcados aqui (15h30m), as matérias produzidas nos aeroportos começaram a sair.
Às 23 horas os trâmites da chegada haviam sido concluídos, mas a tamanha ansiedade levou o grupo a tomar um ônibus noturno e a desembarcar à meia noite no Picadilly Circus, ícone da paixão e palco dos movimentos hippies dos anos setenta . E assim penetraram nas noites fúnebres da capital londrina. Uma rodada aqui, outra por ali – Regente, Oxford. Totheham ,a Chinatown dos nightclubs . Finalmente, madrugada, decidiram que era horas de retornar ao Harlesden , à velha casa, de estilo vitoriano, geminada, como na W-3, lembrando os antigos bairros operários da revolução industrial.
Alta madrugada. Os primeiros sintomas do fuso horário começaram a ser sentidos, derrubando um e outro até que, abatidos, todos dormiram. Mas, não foi fácil, os mais resistentes ainda insistiam em discutir as pautas do dia. No meio daquela conversa animada, notou-se a ausência de um dos membros. Vinte e quatro horas sem dormir – passara a noite assistindo filmes no avião – não conseguia retomar ao sono normal. Sem qualquer aviso prévio, saiu para caminhar um pouco, e desapareceu. Foi o primeiro momento de tensão dentro do grupo. Meia hora depois estava ele de volta. Deitou-se, e dormiu pesadamente até ao meio dia, 8hs em Brasília. Mas, de fato, será muito difícil dormir em Londres. As sirenes dos carros de polícia soam por todos os lugares. Os estrangeiros se espalham pelos restaurantes e pubs e os 25 mil taxistas ameaçam parar por conta dos roteiros restritos pela cidade. Um deles pulou ontem da Tower Bridge, mas foi só um susto.
Cordialmente
Aylê-Salassié
http://spaces.msn.com/ayleq
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