quinta-feira, 28 de abril de 2016

Chá da Tarde com João Cabral de Melo Neto - Compilação da Revista Bula - Carlos Willian Leite

João Cabral de Melo Neto em 1924 com seu irmão mais velho Virgínio, à esquerda


Foto: UNIVERSO - Amanhecer em Chicureo - Chile - 2016

Tecendo a Manhã

Um galo sozinho não tece uma manhã:
ele precisará sempre de outros galos.
De um que apanhe esse grito que ele
e o lance a outro; de um outro galo
que apanhe o grito de um galo antes
e o lance a outro; e de outros galos
que com muitos outros galos se cruzem
os fios de sol de seus gritos de galo,
para que a manhã, desde uma teia tênue,
se vá tecendo, entre todos os galos.

E se encorpando em tela, entre todos,
se erguendo tenda, onde entrem todos,
se entretendendo para todos, no toldo
(a manhã) que plana livre de armação.
A manhã, toldo de um tecido tão aéreo
que, tecido, se eleva por si: luz balão.

O Cão Sem Plumas

A cidade é passada pelo rio
como uma rua
é passada por um cachorro;
uma fruta
por uma espada.

O rio ora lembrava
a língua mansa de um cão
ora o ventre triste de um cão,
ora o outro rio
de aquoso pano sujo
dos olhos de um cão.

Aquele rio
era como um cão sem plumas.
Nada sabia da chuva azul,
da fonte cor-de-rosa,
da água do copo de água,
da água de cântaro,
dos peixes de água,
da brisa na água.

Sabia dos caranguejos
de lodo e ferrugem.

Sabia da lama
como de uma mucosa.
Devia saber dos povos.
Sabia seguramente
da mulher febril que habita as ostras.

Aquele rio
jamais se abre aos peixes,
ao brilho,
à inquietação de faca
que há nos peixes.
Jamais se abre em peixes.

Uma Faca só Lâmina

Assim como uma bala
enterrada no corpo,
fazendo mais espesso
um dos lados do morto;

assim como uma bala
do chumbo mais pesado,
no músculo de um homem
pesando-o mais de um lado;

qual bala que tivesse um
vivo mecanismo,
bala que possuísse
um coração ativo

igual ao de um relógio
submerso em algum corpo,
ao de um relógio vivo
e também revoltoso,

relógio que tivesse
o gume de uma faca
e toda a impiedade
de lâmina azulada;

assim como uma faca
que sem bolso ou bainha
se transformasse em parte
de vossa anatomia;

qual uma faca íntima
ou faca de uso interno,
habitando num corpo
como o próprio esqueleto

de um homem que o tivesse,
e sempre, doloroso
de homem que se ferisse
contra seus próprios ossos.

Alguns Toureiros

Eu vi Manolo Gonzáles
e Pepe Luís, de Sevilha:
precisão doce de flor,
graciosa, porém precisa.

Vi também Julio Aparício,
de Madrid, como Parrita:
ciência fácil de flor,
espontânea, porém estrita.

Vi Miguel Báez, Litri,
dos confins da Andaluzia,
que cultiva uma outra flor:
angustiosa de explosiva.

E também Antonio Ordóñez,
que cultiva flor antiga:
perfume de renda velha,
de flor em livro dormida.

Mas eu vi Manuel Rodríguez,
Manolete, o mais deserto,
o toureiro mais agudo,
mais mineral e desperto,

o de nervos de madeira,
de punhos secos de fibra
o da figura de lenha
lenha seca de caatinga,

o que melhor calculava
o fluido aceiro da vida,
o que com mais precisão
roçava a morte em sua fímbria,

o que à tragédia deu número,
à vertigem, geometria
decimais à emoção
e ao susto, peso e medida.

Morte e Vida Severina

— O meu nome é Severino,
como não tenho outro de pia.
Como há muitos Severinos,
que é santo de romaria,
deram então de me chamar
Severino de Maria;
como há muitos Severinos
com mães chamadas Maria,
fiquei sendo o da Maria
do finado Zacarias.
Mas isso ainda diz pouco:
há muitos na freguesia,
por causa de um coronel
que se chamou Zacarias
e que foi o mais antigo
senhor desta sesmaria.
Como então dizer quem fala
ora a Vossas Senhorias?
Vejamos: é o Severino
da Maria do Zacarias,
lá da serra da Costela,
limites da Paraíba.
Mas isso ainda diz pouco:
se ao menos mais cinco havia
com nome de Severino
filhos de tantas Marias
mulheres de outros tantos,
já finados, Zacarias,
vivendo na mesma serra
magra e ossuda em que eu vivia.
Somos muitos Severinos
iguais em tudo na vida:
na mesma cabeça grande
que a custo é que se equilibra,
no mesmo ventre crescido
sobre as mesmas pernas finas,
e iguais também porque o sangue
que usamos tem pouca tinta.
E se somos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte,
de fome um pouco por dia
(de fraqueza e de doença
é que a morte Severina
ataca em qualquer idade,
e até gente não nascida).
Somos muitos Severinos
iguais em tudo e na sina:
a de abrandar estas pedras
suando-se muito em cima,
a de tentar despertar
terra sempre mais extinta,
a de querer arrancar
algum roçado da cinza.

O Relógio

Ao redor da vida do homem
há certas caixas de vidro,
dentro das quais, como em jaula,
se ouve palpitar um bicho.

Se são jaulas não é certo;
mais perto estão das gaiolas
ao menos, pelo tamanho
e quadradiço de forma.

Umas vezes, tais gaiolas
vão penduradas nos muros;
outras vezes, mais privadas,
vão num bolso, num dos pulsos.

Mas onde esteja: a gaiola
será de pássaro ou pássara:
é alada a palpitação,
a saltação que ela guarda;

e de pássaro cantor,
não pássaro de plumagem:
pois delas se emite um canto
de uma tal continuidade.

Difícil Ser Funcionário

Difícil ser funcionário
Nesta segunda-feira.
Eu te telefono, Carlos
Pedindo conselho.

Não é lá fora o dia
Que me deixa assim,
Cinemas, avenidas,
E outros não-fazeres.

É a dor das coisas,
O luto desta mesa;
É o regimento proibindo
Assovios, versos, flores.

Eu nunca suspeitara
Tanta roupa preta;
Tão pouco essas palavras —
Funcionárias, sem amor.

Carlos, há uma máquina
Que nunca escreve cartas;
Há uma garrafa de tinta
Que nunca bebeu álcool.

E os arquivos, Carlos,
As caixas de papéis:
Túmulos para todos
Os tamanhos de meu corpo.

Não me sinto correto
De gravata de cor,
E na cabeça uma moça
Em forma de lembrança

Não encontro a palavra
Que diga a esses móveis.
Se os pudesse encarar…
Fazer seu nojo meu…

A Educação pela Pedra

Uma educação pela pedra: por lições;
Para aprender da pedra, frequentá-la;
Captar sua voz inenfática, impessoal
(pela de dicção ela começa as aulas).
A lição de moral, sua resistência fria
Ao que flui e a fluir, a ser maleada;
A de poética, sua carnadura concreta;
A de economia, seu adensar-se compacta:
Lições da pedra (de fora para dentro,
Cartilha muda), para quem soletrá-la.

Outra educação pela pedra: no Sertão
(de dentro para fora, e pré-didática).
No Sertão a pedra não sabe lecionar,
E se lecionasse, não ensinaria nada;
Lá não se aprende a pedra: lá a pedra,
Uma pedra de nascença, entranha a alma.

Fábula de um Arquiteto

A arquitetura como construir portas,
de abrir; ou como construir o aberto;
construir, não como ilhar e prender,
nem construir como fechar secretos;
construir portas abertas, em portas;
casas exclusivamente portas e tecto.
O arquiteto: o que abre para o homem
(tudo se sanearia desde casas abertas)
portas por-onde, jamais portas-contra;
por onde, livres: ar luz razão certa.

Até que, tantos livres o amedrontando,
renegou dar a viver no claro e aberto.
Onde vãos de abrir, ele foi amurando
opacos de fechar; onde vidro, concreto;
até fechar o homem: na capela útero,
com confortos de matriz, outra vez feto.

Num Monumento à Aspirina

Claramente: o mais prático dos sóis,
o sol de um comprimido de aspirina:
de emprego fácil, portátil e barato,
compacto de sol na lápide sucinta.
Principalmente porque, sol artificial,
que nada limita a funcionar de dia,
que a noite não expulsa, cada noite,
sol imune às leis de meteorologia,
a toda hora em que se necessita dele
levanta e vem (sempre num claro dia):
acende, para secar a aniagem da alma,
quará-la, em linhos de um meio-dia.

Convergem: a aparência e os efeitos
da lente do comprimido de aspirina:
o acabamento esmerado desse cristal,
polido a esmeril e repolido a lima,
prefigura o clima onde ele faz viver
e o cartesiano de tudo nesse clima.
De outro lado, porque lente interna,
de uso interno, por detrás da retina,
não serve exclusivamente para o olho
a lente, ou o comprimido de aspirina:
ela reenfoca, para o corpo inteiro,
o borroso de ao redor, e o reafina.

terça-feira, 26 de abril de 2016

Por quê? Simplesmente não deram um dicionário de MINEIRÊS para esses médicos? Horta Valadares em seu FB


Foto: UNIVERSO - SABARÁ - MINAS GERAIS


Compartilho por achar bão dimais da conta.
OH! Minas Gerais...
Saiu uma Notícia no Site da UOL, revelando que os alguns Médicos Cubanos que foram enviados para Minas Gerais, pediram transferência para outros Estados, pois depararam com muitas doenças das quais nunca ouviram falar:
- ISPINHELA CAÍDA
- DOR NOS QUARTOS
- MOLEIRA MOLE
- QUEBRANTO
- TOSSE DE CACHORRO
- PASSAMENTO
- FRIEIRA
- COBREIRO DE PÉ
- PEREBA
- REMELA NO ZÓI
- DORDÓI
- GASTURA
- DOR NO PÉ DA BARRIGA
- IMPINGE
- PANO BRANCO
- NÓ NAS TRIPA
- ESTALICIDO
- BICHEIRA
- ÍNGUA
- BICHO DE PÉ
- EMPACHADO
- FASTIO
- DOR NO ESPINHAÇO
- BUCHO QUEBRADO
- CALO SECO
- UNHA FOFA
- PÉ INCHADO
- BERRUGA
- BARRIGA D'AGUA
- DIFRUÇO
- DOR NA PÁ
- CADUQUICE
- VISTA CANSADA
- OS QUARTO ARRIADO
- PAPÊRA
- DOENÇA DOS NERVO
- JUÍZO INCRIZIADO
- FERVIÃO NO CORPO
- ISCURICIMENTO DO ZÓIO
- ESPORÃO DE GALO
- BICO DE PAPAGAIO
- DOR NA CACUNDA
- MAL JEITO NO ESPINHAÇO
- INTALO
- DOR NAS CADEIRA
- DOR NA JUNTA
- PÉ DURMENTE
- ESQUENTAMENTO
- SOLITÁRIA
- SAPINHO
- ALGUEIRO
- ESTOPOR
- UNHEIRO
- BOQUEIRA
- CALOMBO
- DORMÊNCIA NUMA BANDA DO CORPO
- ZÓIO NUVIADO
- ÁGUA NAS JUNTA
- RESGUARDO
- INTUPIDO
- FÍGADO OFENDIDO
- VÊIA QUEBRADA
- XILIQUE.
Acrescento carcanhá rachado, Juanete inframado, morróida agitada
Texto recebido via FB

domingo, 24 de abril de 2016

A morte não é nada - Henry Scott Holland

Foto: UNIVERSO - Amanhecer de um dia de outono -  Piedra Roja - Chile 2016

"...a morte não é nada.
Eu apenas passei para o outro lado:
É como se estivesse escondido no quarto ao lado.
Eu sou sempre eu, e tu és sempre tu.
O que éramos antes um para o outro ainda somos.
Liga-me com o nome que você sempre me deu, que te é familiar;
Fala-me da mesma forma carinhosa que tens usado sempre.
Não mude teu tom de voz, não assuma um ar solene ou triste.
Continua a rir daquilo que nos fazia rir,
Daquelas pequenas coisas que tanto gostávamos, quando estávamos juntos.
Reza, sorri, pensa em mim!
Que o meu nome seja sempre uma palavra familiar...
Diga-o sem o mínimo traço de sombra ou de tristeza.
A nossa vida conserva todo o significado que sempre teve:
É a mesma de antes, há uma continuidade que não se quebra.
Por que eu deveria estar fora dos teus pensamentos e da tua mente, apenas porque estou fora da tua vista?
Não estou longe, estou do outro lado, na mesma esquina.
Fica tranquilo, está tudo bem.
Vou levar o meu coração,
Daí acharás a ternura purificada.
Seca as tuas lágrimas e se me amas, não chores mais,
O teu sorriso é a minha paz"

Publicado no FB do Mauricio Vaz

Ponte que não me leva. Ponte que não me atravessa - Rita Alves

Foto: Internet - desconheço o autor - quem conhecer favor informar para que eu possa dar os merecidos créditos

Ponte que não me leva. Ponte que me atravessa.
Ali, onde os castelos são feitos de sonhos, brumas e beijos. Onde a torre guarda jasmins e girassóis. Onde encontramos a linha do infinito cada vez que nos olhamos.
Reparto o pouco que tenho, multiplico o muito que sinto.
Sou o meu próprio avesso, em que me reconheço. Nele me aprofundo, no espelho que atravessa meu contorno.
Ouço o som das águas que inundam minha alma de navegante.
Divida comigo a dúvida do abrigo.
Aguardo deste lado da margem a embarcação, nela está a outra margem.
Multiplico as searas nas múltiplas colheitas.
Distraída passo pela vida sem ser subtraída. Sou meu próprio tempo.
Sei do imensurável fio que conduz a brevidade do tempo.E no infinito deste momento renasço e morro de contentamento
Trago em mim navios e oceanos. Aguardo o silencio. Com ele o desfolhar das horas.
Meu vazio tem imensidão para acolher o novo e tudo o que colecionei ao longo da vida.Os pássaros que me habitam só voltam pela manhã.
Todos os domingos são parques de diversões. Coro de crianças, sorvetes e pipocas, mesmo quando há silêncio em mim. Sim, passam despercebidos aos nossos olhos os momentos mais importantes da nossa vida. Condenso e fortifico minha transparência. Transpareço minha consistência densa. Vou com o vento, volto miragem.
Penso enquanto vivo, vivo enquanto sonho. Retiro véus e me descubro nuvem.
Vou espalhando pelo caminho um pouco do que procuro. Sei que tenho asas mesmo quando não voo. Exclamo, interrogo, reticente...
Faço dos meus olhos bussola e leme. Trago em mim um pouco de cada coisa que não fui.
Dormi com as estrelas florindo a pele, acordei manhã. Meu deserto instaura em meus olhos alguns oásis. E as sílabas soltas flutuam no tempo, escrevendo um livro de sentenças.
Sentir, olhar, observar. Valem mais do que mil páginas lidas ou mais de mil teses escritas.
No verão, percebo os invernos que há em mim. Enquanto navego pelos icebergs da vida, me inundo de calor e cor.
Carrego dentro de mim pincéis e fogueiras. O doce não retira o amargo da boca.
Viajo e vejo minha paisagem interior. Encontro-me nos menores espaços, onde eu possa voar na imensidão do céu.
Aprecio as nuvens. Chuva? Trago o sol dentro de mim. Um pouco de sol, para que clareie a mente e doure o corpo.
Mesmo se caírem as pétalas, as flores espalharão perfume pelo caminho.
Os pés. São meus pés que me conduzem ao meu próprio UNIVERSO criativo.
Pinto um quadro com as tintas liquefeitas da alma. No mais negro dos céus, brilham as estrelas. Meu verso é o vento que espalha o alfabeto.
Não vou a lugar nenhum que me leve para longe de mim.

Dica do amigo: Eric Cohen - Via FB 

AVÓS NÃO MORREM. ELES VIVEM DENTRO DA GENTE - Rebeca Bedone - Revista Bula

Vovó Wal e Matteo - Foto: UNIVERSO

Certa vez, fiquei observando meu pai brincar com meus sobrinhos. Espantada, não era o meu pai que eu via: era o meu avô, o pai dele. O mesmo aconteceu outro dia em que minha mãe sovava a massa do pão: era a mãe dela que eu enxergava, com toda sua força e alegria na cozinha.

Rubem Alves escreveu uma crônica pro seu neto Tomazinho quando este ainda estava aprendendo a falar. No texto, o escritor conta que o menino adorava brincar de cavalinho sentado sobre as pernas do avô: “você brinca de cavaleiro, meus braços segurando os seus, você rindo, querendo sempre mais, e eu cantarolando uma canção que sua bisavó, a Oma, cantava para os netos, em alemão”.

Quando somos crianças, não temos noção de que nossos avós não são eternos. E o tempo passa tão rápido que, de repente, não temos mais os nossos avós por perto. Mesmo com eles ainda vivos, nossa correria diária cheia de compromissos muitas vezes nos faz adiar visitas e reencontros.

Até que um dia surge uma vontade inesperada de comer aquele bolo de laranja gostoso que só a vovó sabia fazer. Rubem Alves sabia disso, ele deixou para o seu neto esta mensagem: “se você tiver vontade de andar a cavalo é porque estará com saudade da perna do seu avô…”.

Hoje eu não tenho mais uma casa de avós para visitar. Infelizmente, os quatro já se foram. Mas os visito constantemente nas minhas saudades. Na casa dos avós podia tudo, mesmo quando eles ficavam bravos com os netos. Lá a gente brincava de “gato mia”, subia no telhado, entrava no jardim. Pegava hortelã e cebolinha da horta para fazer comida para as bonecas. Molhava o pão com manteiga no leite com café. Achava os chocolates escondidos no armário. Brincava com o galinho do tempo que ficava na estante da sala — aquele que mudava de cor dependendo da umidade.

Hoje é fácil perceber como não importava se a vovó trocava o nosso nome ou se o vovô não tinha condições de nos dar um presente caro. Como também não importava se chovia ou se o tempo estava seco (se o galinho estava rosa ou azul). Naquele tempo de ternura, travessuras e simplicidade, o que importava era o colo caloroso de nossos avós. Aquele era o jeito deles brincarem de cavalinho conosco.

Repare como o amor de nossos avós supera o tempo e a distância; eles também vivem em nossos pais. Olhe o seu pai brincando com seus filhos: é o pai dele se divertindo com você e seus irmãos. Observe sua mãe preparando o almoço: é a mãe dela abençoando a cozinha.

De geração em geração, a vida dá seu testemunho: os avós não morrem. A memória do que foi bom e bonito permanece nas partidas de baralho e nas pescarias, no sorvete de groselha e nos sonhos de goiabada, nos panos de pratos bordados por nós e nas histórias que passamos para frente.

Abelhas e Vespas








Fotos: UNIVERSO - CHILE - ABRIL 2016

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Pintura do Matteo - 3 anos - meu neto

Trabalho escolar para desenvolvimento de coordenação motora, uso de cores e materiais, feito pelo meu neto Matteo, de 3 anos, fotografei e obtive com recursos técnicos simples os resultados abaixo.








Pintura coim tintas acrílicas em forma descartável de alumínio: MATTEO

Fotos: UNIVERSO