quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Mineirices I

Obra de aleijadinho no santuário de N.Sra. do Carmo em Mariana.
Uma das características da obra do alejadinho são os 3 furos nos rostos dos anjos,
um de cada lado do rosto (bochechas) e um no queixo.
Foto: UNIVERSO
SER MINEIRO
Como todo mineiro é um pouco filósofo, há um mistério sobre o qual venho há anos especulando: o que é ser mineiro?

Das reflexões e inflexões que extraí sobre a mineirice, muitas delas colhidas em filosóficas inscrições de rótulos de cachaça e quinquilharias de beira de estradas, eis as conclusões prévias e provisórias, sujeitas a chuvas e trovoadas, a que cheguei.

Ser mineiro é dormir no chão para não cair da cama; usar sapatos de borracha para não dar esmola a cego; sorrir sem mostrar os dentes; tomar café ralo e esconder dinheiro grosso. É desconfiar até dos próprios pensamentos e não dar adeus para evitar abrir a mão. Mineiro pede emprestado para disfarçar a fartura. Se é rico, compra carro do ano e manda pôr meia sola em sapato usado. Mineiro vive pobre para morrer rico.

Mineiro não é contra nem a favor, antes, pelo contrário.

Mineiro fala de desgraça, doença, morte e vive como quem se julga eterno. Chega na estação antes de colocarem os trilhos, para não perder o trem.
Relógio de mineiro é enfeite. Pontual para chegar, o mineiro nunca tem hora para sair. A diferença entre o suíço e o mineiro é que o primeiro chega na hora. O mineiro chega antes.

O bom mineiro não laça boi com embira; não dá rasteira em pé de vento; não pisa no escuro; não anda molhado; não estica conversa com estranhos; só acredita em fumaça quando vê o fogo; pede no açougue lombinho francês; só arrisca quando tem certeza e não troca um pássaro na mão por dois voando.

Mineiro fala de política como se só ele entendesse do assunto; finge que acredita nas autoridades e conspira contra o governo; faz oposição sem granjear inimigos; gera filhos para virar compadre de político; foge da luz do sol por desconfiar da própria sombra vive entre montanhas e sonha com o mar; viaja o mundo para comer, do outro lado do planeta, um tutu de feijão com couve picada.

Ser mineiro é venerar o passado como relíquia e falar do futuro como utopia; curtir saudades na aguardente e paixão em serenatas; dormir com um olho fechado e outro aberto; acender vela à santa e, por via das dúvidas, não conjurar o diabo. Mineiro acende a Deus a vela comprada do diabo.

Ser mineiro é fazer a pergunta já sabendo a resposta. É ter orgulho de ser humilde. É bancar a raposa e ainda tomar conta do galinheiro. Mineiro fica em cima do muro, não por imparcialidade, mas para poder ver melhor os dois lados. Cabeça-dura, o mineiro tem o coração mole. Acredita mais no fascínio da simpatia que no poder das idéias.

Mineiro é isso ! Come as sílabas para não morrer pela boca. fala manso para quebrar as resistências do interlocutor. Sonega letras para economizar palavras. De vossa mercê, passa para vossemecê, vossência, vosmecê, você, ocê, cê e, num demora muito, usará só o acento circunflexo! Mineiro fala um dialeto que só outro mineiro entende, como aquele sujeito que à beira do fogão de lenha, ensinava o outro a fazer café. Fervida a água, o aprendiz indagou: "Pó pó?" E o outro respondeu: "Pó , ".

Ser mineiro é saber criar bois, filhos e versos. è ir ao teatro, não para ver, mas para ser visto. É frequentar igreja para fingir piedade; rir antes de contar a piada e chorar da desgraça alheia.

Mineiro adora sala de visitas encerada e trancada, na esperança de retorno do rei. Avarento, não lê o jornal de uma só vez para não gastar as letras, e ainda guarda para o dia seguinte para poder ter notícias. Mineiro não lê, passa os olhos. Não fala ao telefone, dá recado.

Praia de mineiro é barzinho, restaurante, balcão de armazém e cerca de curral. Ali a língua rola solta na conversa mole, como se o tempo fosse eterno. Certo mesmo é que o momento é terno.

Ser mineiro é ajoelhar na igreja para ver melhor as pernas da viúva, frequentar batizado para pedir votos e ir a casamentos para exibir roupa nova.

Mineiro vai a enterro para conferir quem continua vivo. Nunca sabe o que dizer aos parentes do falecido, mas fica horas na fila de cumprimentos para marcar presença. Leva lenço no bolso para caso de ter que enxugar as lágrimas da família. Não manda flores porque desconfia que a flora não cumpre o trato e embolsa a grana.

Ser mineiro é esbanjar tolerância para mendigar afeto. É proferir definições sem se definir. É contar casos sem falar de si próprio. Mineiro é feito pedra preciosa: visto sem atenção não revela o valor que tem.

Mineiro é capaz de falar horas seguidas sem dizer nada. Esconde o jogo para ganhar a partida. Cumprimenta com a mão mole para escapar do aperto e acredita que a fruta do vizinho é sempre mais gostosa.

Mineiro age com a esperteza das serpentes, mas se veste com a simplicidade das pombas e encobre suas contradições com o manto do fictício da cordialidade.

Mineiro é como angu, só fica no ponto quando se mexe com ele.

Ser mineiro é fazer cara feia e rir com o coração; andar com guarda-chuva para disfarçar a bengala; fumar cigarro de palha para espantar os mosquitos; mascar fumo para amaciar a dentadura.

Mineiro sabe quantas pernas tem a cobra; escova os dentes do alho; teme rasteira de pé de mesa; toma café ralo para enxergar o fundo da caneca e por via das dúvidas, põe água e alpiste para o cuco.

Ser mineiro é fingir que não sabe o que bem se conhece. Mineiro que não reza não se preza. Religioso, na crendice do mineiro há lugar para todos: o Cujo e a mula sem cabeça; assombrações e fantasmas; duendes e extra-terrestres. Pacífico, mineiro dá um boi para não entrar na briga e a boiada para continuar de fora. mas, se pisam no calo do mineiro, ele conjura, te esconjura, jurado e juramentado no sangue de Tiradentes.

"Minas Gerais é muitas", como disse Guimarães Rosa. É fogão de lenha e comida preparada na panela de pedra sabão; é turmalina e esmeralda; e tropa de burro e rios indolentes chorando a caminho do mar; é sino de igreja e tropeiros mourejando gado sob a tarde incendiada pelo hálito da noite. Minas é mantiqueira e serrado, é aleijadinho e Amílcar de Castro, é Drumond e Milton Nascimento, é pão de queijo e broa de fubá. Minas é uma mulher de ancas firmes e seios fartos, sensual nas curvas, dócil no trato, barroca no estilo e envolta em brocados, ostentando camafeus. Minas é saborosamente mágica.

Mineiro sai de Minas, mas Minas não sai da gente. Fica uma dor forte, funda, farta e fértil, tão imponderável como o amor místico, onde o coração lateja embevecido por inefável paixão.

Ave, Minas! Batizada Gerais, és uma terra muito singular.

Texto extraído do discurso proferido por FREI BETO na solenidade de entrega do Prêmio Sucesso Mineiro, no Palácio das Artes em 20/12/95.

A hora íntima - Vinicius de Morais

Foto: UNIVERSO
A hora íntima
Quem pagará o enterro e as flores
Se eu me morrer de amores?
Quem, dentre amigos, tão amigo
Para estar no caixão comigo?
Quem, em meio ao funeral
Dirá de mim: – Nunca fez mal...
Quem, bêbedo, chorará em voz alta
De não me ter trazido nada?
Quem virá despetalar pétalas
No meu túmulo de poeta?
Quem jogará timidamente
Na terra um grão de semente?
Quem elevará o olhar covarde
Até a estrela da tarde?
Quem me dirá palavras mágicas
Capazes de empalidecer o mármore?
Quem, oculta em véus escuros
Se crucificará nos muros?
Quem, macerada de desgosto
Sorrirá: – Rei morto, rei posto...
Quantas, debruçadas sobre o báratro
Sentirão as dores do parto?
Qual a que, branca de receio
Tocará o botão do seio?
Quem, louca, se jogará de bruços
A soluçar tantos soluços
Que há de despertar receios?
Quantos, os maxilares contraídos
O sangue a pulsar nas cicatrizes
Dirão: – Foi um doido amigo...
Quem, criança, olhando a terra
Ao ver movimentar-se um verme
Observará um ar de critério?
Quem, em circunstância oficial
Há de propor meu pedestal?
Quais os que, vindos da montanha
Terão circunspecção tamanha
Que eu hei de rir branco de cal?
Qual a que, o rosto sulcado de vento
Lançará um punhado de sal
Na minha cova de cimento?
Quem cantará canções de amigo
No dia do meu funeral?
Qual a que não estará presente
Por motivo circunstancial?
Quem cravará no seio duro
Uma lâmina enferrujada?
Quem, em seu verbo inconsútil
Há de orar: – Deus o tenha em sua guarda.
Qual o amigo que a sós consigo
Pensará: – Não há de ser nada...
Quem será a estranha figura
A um tronco de árvore encostada
Com um olhar frio e um ar de dúvida?
Quem se abraçará comigo
Que terá de ser arrancada?
Quem vai pagar o enterro e as flores
Se eu me morrer de amores?

in Novos Poemas (II)
in Poesia completa e prosa: "Poesia varia"
SITE: www.viniciusdemorais.com.br

A porta - Vinicius de Morais

Foto: UNIVERSO
Diamantina - Minas Gerais
A porta
Eu sou feita de madeira
Madeira, matéria morta
Mas não há coisa no mundo
Mais viva do que uma porta.
Eu abro devagarinho
Pra passar o menininho
Eu abro bem com cuidado
Pra passar o namorado
Eu abro bem prazenteira
Pra passar a cozinheira
Eu abro de supetão
Pra passar o capitão.
Só não abro pra essa gente
Que diz (a mim bem me importa...)
Que se uma pessoa é burra
É burra como uma porta.
Eu sou muito inteligente!
Eu fecho a frente da casa
Fecho a frente do quartel
Fecho tudo nesse mundo
Só vivo aberta no céu!

in Poesia completa e prosa: "Poemas infantis"
in Poesia completa e prosa: "Cancioneiro"
SITE: www.viniciusdemorais.com.br

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Aqui Jazz para quem é vivo - Histórias do Jazz

Inicío nessa semana a postar algumas histórias de grandes nomes do Jazz, alguns vídeos com suas músicas de sucesso e pequenos detalhes de suas vidas.
A primeira artista é Billie Holiday.
As pesquisas, fotos e informações são feitas na coleção Os Grandes do Jazz, das Ediciones del Prado , Espanha - Madri.
Os vídeos são do You Tube.
Espero que apreciem.

Aqui Jazz, para quem é vivo - Billie Holiday - The Man I Love - Clique aqui para ouvir


Billie Holiday, nascida Eleanora Holiday no gueto negro de Baltmimore em 7 de abril de 1915, segundo seu próprio testemunho pois sua certidão de nascimento nunca foi achada.
A mãe Sadie Fagan, tinha 13 anos quando ficou grávida de Billie, sempre lhe chamava de Flora. O pai Clarence Holiday, que tornou-se pai aos 15 anos,músico guitarrista, a chamou de "Bill", pois parecia mais um menino do que uma menina em seu modo de ser.
Ela decidiu pelo nome de Billie em homenagem a sua atriz favorita Billi Dove.
Ouçam a linda interpretação de The Man I Love, vale ouvir com uma dose de uisque on the rocks.

Billie Holiday - Strange Fruit - Clique aqui para ouvir

Nesse vídeo vocês ouvirão o estremecedor manifesto racista, gravado em 20 de abril de 1939 com a orquestra do lendário trompetista Frankie Newton.
Entre as gravações dá para perceber claramente as diferenças vocais de Billie Holiday.
Stranger Fruit é uma interpretação que ficou para sempre ligada a Billie. Sua voz rascante, seu físico já debilitado, tornam esse vídeo um ícone, pungente e comovente com a interpretação da eterna Billie Holliday.
Essa recomendo ouvir depois da terceira Caipivodka preparada com Lima da Pérsia.

Billie Holiday, My Man - Clique aqui para ouvir


Billie teve uma infância mais do que traumática, foi violada por um vizinho com 10 anos de idade, é castigada e encerrada numa institução para jovens delinquentes.
Aos 12 anos quando volta da escola, vai lavar assoalhos em casa de brancos e faz recados para a madame de um prostíbulo. Lá ela ouve pela primeira vez, Louis Armstrong e Bessie Smith em um gramafone. Os dois tronam-se seus ídolos para sempre.
Aos 14 anos muda com a mãe para Nova York, se prostitui para conseguir dinheiro para matar a fome e pagar aluguel. Foi presa por quatro meses em uma cadeia de mulheres por se recusar a satisfazer um "capo" da mafia negra do Harlem.
Na depressão de 30 ela sai a procura de dinheiro para não ser despejada, entra no"Pod's and Jerry's". faz um teste como dançarina que é um desastre.
Sugiro preparar uma caipirinha dupla, da legítima brasileira, e sentar para ouvir My Man.

Billie Holiday Summertime - Clique aqui para ouvir

Depois do fracassado teste como bailarina, Billie insiste e o pianista com pena dela pergunta-lhe se ela canta, e ela responde sim e pede que ele toque "Trav'lin' All Alone".
Em poucos minutos a conversa no bar para e no fim de noite ela divide com o pianista a gorda gorjeta, volta para casa com 57 dólares e um contrato de 18 fixos por semana.
Billie passa a a tuar em outros locais do bairro. Em 1933 o produtor John Hammond ouve ela cantar no "Log Cabin" e comenta com Benny Goodman. Em novembro daquele ano, no dia 27 , ela entra em um estúdio, para gravar com Benny.
Com a carreira lançada canta em clubes mais requintados e é contratada pelo agente de Louis Armstrong.
Em 1935 canta com a orquestra de Duke Ellington, no filme "Symphony in Black".
Para acompanhar Summertime, recomendo um tinto seco e um cubano de qualidade, tudo a media luz de um abajur lilás.

Billie Holiday - You Go To My Head - Clique aqui para ouvir


Billie inicia com o pianista Teddy Wilson uma relação musical marcante. Gravaram mais de 80 músicas em seis anos.
Billie cantou como vocalista de big bands, mas não ficou feliz. No Grande Terrace de Chicago discutiu com o gerente que exigia que ela mudasse seu modo de cantar. Depois com Count Bassie, o número de turnês e pelos vexames que a submetem, como pintar a cara com pomada de calçado porque um empresário achava a sua pele demasiado clara.
Billie teve uma forte relação musical com Lester Young era "a poesia amorosa entre a voz humana e o instrumento".
Outros músicos tiveram forte parcerias com Billie, o trompetista Buck Clayton, Freddie Green, Walter Page, Jo Jones, Buster Bailey, Johnny Hodges, Benny Morton, James Sherman, Claude Thomhill, Eddie Heywood, Eddie Barefield, John Collins, Kenny Clarke que com seus pianos, saxofones, clarinetas, trombones, pistons, guitarras e baterias, deixaram registrado muitas e belas músicas inesquecíveis.
Billie, tinha o apelido de "Lady Day", dado pelas moças que atuavam no primeiro bar onde ela começou a cantar.
Para encerrar essa nostálgica sessão com a "Lady Day", Billie Holiday, fica a seu critério qual o acompanhamento de sua preferência.
Eu não abro mão de umas taças de Champanhe com morango ou cereja dentro.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Purê grego

Purê Grego - Foto: Universo
Ingredientes:
1 Kg de batatas cozidas
6 dentes de alho com casca
Azeite a gosto
sal a gosto

Preparo:
Cozinhe as batatas e retire as cascas, não precisa espremer, reserve
Frite no azeite os dentes de alho com as cascas até que fiquem dourados e macios
Descasque os dentes de alho (basta espremo-los com um garfo)
Numa panela coloque as batatas cozidas e os dentes de alho
Adicione uma porção generosa de azeite
Vá amassando as batatas juntamente com os alhos, adicione mais azeite se necessário, até que as batatas e os alhos estejam bem amassados.
Apure o sal , retire do fogo e sirva em seguida.

DICA:
Este purê deve ser feito somente amassando as batas e os alhos.
Se desejar pode colocar mais alho e azeite, faça a seu gosto
Vá adicionando mais azeite e sal aos poucos, vá provando para ver se está de acordo com o seu paladar

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Paleta ou pernil de cordeiro de Aragon ao forno

Foto CAPA DA REVISTA GULA DE AGOSTO DE 2002

Foto Universo
Cordero de Aragon al Horno
Ingredientes:
1 paleta de cordeiro de leite limpa (opção Pernil de cordeiro)
1 maço de salsinha picado, misturado com 8 dentes de alho bem triturados
2 ramos de tomilho
1 garrafa de vinho branco seco
Sal a gosto
Pimenta-do-reino moída na hora a gosto
Acompanhamento:
Pode-se fazer um purê grego, veja a receita postada anteriormente.
Decoração:
Ramos de tomilho
Modo de preparar:
Tempere a paleta de cordeiro com sal, pimenta, 1 copo do vinho, a mistura de salsinha com alho e os ramos de tomilho.
Coloque a paleta em uma grade. Disponha essa grade sobre uma assadeira com 1 dedo de água no fundo e leve ao forno preaquecido a 230 graus por cerca de 30 minutos. Renove a água da assadeira à medida que evaporar, colocando pouca água por vez.
Derrame o vinho que sobrou na assadeira, diminua a temperatura do forno para 185 graus e continue o cozimento por mais 1 hora, aproximadamente, regando de vez em quando a carne com o molho da própria assadeira.
Sirva com as batatas e os pimentões. Decore com o tomilho.

Rendimento: 4 porções.
Dica:
Coloque uns dois ramos de tomilho na travessa, durante o assar haverá uma evaporação da água que se misturará com a gordura que gotejará, com o tempero e o vinho. Um aroma irá incorporando-se ao cordeiro e também deixará os vizinhos malucos para "fortalecer" a amizade com você.

Ne me quitte pas - Jacques Brel - Clique aqui para ouvir


Jacques Romain Georges Brel, nasceu dia 8 de abril de 1929, em Schaerbeek, Bélgica e faleceu dia 9 de outubro de 1978, aos 48 anos, em Bobigny, França.
Jacques Brel compos e interpretou compos inúmeras belíssimas canções e dentre elas Ne me quitte pas, em 1959, durante sua separação de Suzanne Gabrielle. Essa canção foi gravada por muitos outros artistas em francês e em outras versões.
A interpretação de Jacques Brel é considerada definitiva.
Assistam Jacques Brel e logo abaixo vejam as interpretações de Maysa e Mireille Mathieu.
Ouçam e escolham a melhor interpretação.

http://www.youtube.com/watch?v=cBMDX2sR27U

Maysa - Ne me quitte pas traduzida - Clique para ouvir


Maysa interpretou Ne me quitte pas no Olympia de Paris e foi aplaudida de pé pelo público que lotou o espetáculo. Essa linda interpretação que vocês vão ver foi gravada para o programa Ensaios da TV cultura em 1975. Nesse programa o Antonio Abujamra entrevistava os artistas com a imagem em OFF. Para mim, essa série de programas foi um dos maiores momentos da TV brasileira e deixou registros importantes da nossa cultura para a informação das novas gerações.
Vejam Maysa após Jacques Brel e depois assistam o vídeo com a Mireille Mathieu.
Qual interpretação de Ne me quitte pas vocês acharão a melhor?

Ne me quitte pas - Mireille Mathieu - Clique aqui para ouvir


Com essa belíssima interpretação de Mireille Mathieu vocês podem ficar com a apresentação que mais gostaram ou então ficarem com as três, com eu fiz.

http://www.youtube.com/watch?v=4L25osnl1Bc

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Barbas de molho

Em primeira mão o nosso Blog mostra como surgiu a expressão "Colocar as barbas de molho". Vejam o cara com a bacia na mão.
"Anatomy Lesson of Dr. Willem Van Der Meer"
Óleo sobre canvas de Michel Jansz Van Mierevelt
Foto publicada no dia 13 de fevereiro de 2009 no Blog: http://portocroft.cultarte.com.index.php
Recomendo, mais uma vez, acessarem o BLOG acima, é só clicar no link em azul.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Ferrari dos toca - discos

Uma pequena empresa italiana da Sicilia lançou um toca-discos de alta precisão e qualidade de som com 4 braços, cada um com um tipo de agulha para tocar até os discos de 78 rotações, o preço é de apenas U$ 64.000. Para quem não está com o caixa em alta, há um modelo de apenas 1 braço que sai bem mais em conta, apenas U$ 27.000.

A empresa Angelis Labor ( Trabalho dos Anjos) não venderá os seus toca-discos analógicos pela internet, só estarão disponíveis no mercado quando tiverem uma rede confiável de distribuidores internacionais.

Como estamos em fevereiro, espero que a rede esteja formada e vendendo os produtos até o natal. Assim, quem quiser me presentear com um dos dois modelos, terá tempo tempo suficiente de forrar a algibeira com dólares até dezembro. Não se preocupem em comprar para 1 de junho, dia do meu aniversário. Eu espero...

Voces acharam barato? Ótimo, há uma opção de um fabricante da alemão a Clearaudio que já lançou um toca-discos com 4 braços pela bagatela de U$ 125.000.

Podem ficar à vontade para escolher. Se não quiserem dar a Ferrari dos toca-discos, pode ser uma FERRARI daquelas "vermeinha".

Quem mando essa dica foi o meu "afiado" Márcio, casado com a Doutora Lu e pai do Pedro e do Gabriel

Perfume de Mulher

"Em um momento se vive uma vida"

Em uma das mais belas cenas do cinema, Al Pacino representando o papel de um cego, tira uma linda jovem para dançar.

Ela responde: "Não posso, porque meu noivo vai chegar em poucos minutos..."

Al Pacino responde: "Mas em um momento se vive uma vida" e ao som de "Por una Cabeza", letra de Alfredo Le Pera e música de Carlos Gardel, que a imortalizou em uma belíssima interpretação, ele num passo de tango a conduz pelo salão.

Então já dançou o seu tango hoje? Já viveu o seu momento?

Enviado pelo meu grande amigo Simão Pedro (que tem como um dos maiores charmes da vida ser o Vô da Laurinha), mesmo que por momentos fiquemos à distância, temos uma excelente quimica e nos queremos bem.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Deu no NEW YORK TIMES

O NYT publicou que na nova série de aventuras da BATWOMAN, a heroína seria uma lésbica.
Já correram boatos de um caso entre o BATMAN E ROBIN.
Nada contra, cada um na sua.
Os inimigos da familia BAT é que estão espalhando esses boatos por pura inveja.
Vida de super-herói é fogo. Já falaram do Fantasma com o Guran. Do Mandrake com o Lothar ou é Lhotar?
Pô, sacanearam até o Tarzan. Correu forte boato de que ele largou a Jane e montou casa na árvore com a Chita, com cipó novo e tudo o mais.

Explosão de cores e sabores - Restaurante Inhotim

Primeiro come-se com os olhos, depois...

No prato acima que foi deliciosamente "destroçado" na minha primeira visita a Inhotim,
pedi um carrê de cordeiro, super macio, com molho de hortelã com uma textura e suavidade no sabor sem igual, como acompanhamento cuscuz marroquino, e legumes super tenros, no ponto.


Na segunda visita, semana passada, fui de buffet e fiquei mais uma vez surpreendido com a qualidade dos ingredientes usados na elaboração dos pratos, extrema qualidade e sabor de tudo que provei e repeti.
.





Tentem adivinhar.

Ou então façam melhor. "Vão lá, vão lá, vão!"



E se não bastassem os pratos deliciosos acima, há ainda as sobremesas.
Todas preparadas no estilo bem mineirin, devagarin e deliciosamente provocantes, não há como resistir.
É docin de leite, ambrosia, abóbora, tortas, goiabada com queijin de minas (Romeu e Julieta ou Jumeu e Rolieta).
"Tão sofrendo? Tão com gastura?"
Vão pra Inhotim, levem a máquina fotográfica, cartão de memória vazio e outro de reserva.
O duro é ter de ir embora.
Esse pessoal de Inhotim poderia fazer uma bela pousada no local, passar uns dias lá seria como estar no paraíso. A Eva? Pode deixar que eu levo a minha.
Fotos: UNIVERSO