segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Ainda há tempo, depende cada um - Texto da filósofa e escritora Ayn Rand

De que país você lembrará ao ler o texto abaixo? A carapuça encaixa?

Frase da filósofa russo-americana Ayn Rand (judia, fugitiva da revolução russa, que chegou aos Estados Unidos na metade da década de 1920), mostrando uma visão com conhecimento de causa:

“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”.


Clique no link abaixo e assista a entrevista , na íntegra, de Ayn Rand ao jornalista Mike Wallace em 1951.

http://blip.tv/file/get/Mcrost01-MikeWallaceEntrevistaAynRand655.flv

"Minha filosofia, em essência, é o conceito do homem como um ser heróico,

com a sua felicidade como o propósito moral de sua vida,

com a realização produtiva como sua mais nobre atividade,

e a razão como seu único absoluto."

Ayn Rand


No próximo link, abaixo, assista ao discurso A Nascente, retirado do filme A Vontade Indômita de 1949 baseado no livro de Ayn Rand. Howard Roark (Gary Cooper) faz uma defesa do individualismo e do egoísmo no seu julgamento. Os scripts do filme foram escritos pela própria autora do livro, Ayn Rand.
Atuaram no filme: Gary Copper, Patrícia Neal e Raymond Massey

Dica do Amilcar Ziller, grande e especial amigo de Brasília

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Jonathan - 4 anos - Regendo Strauss

Com 4 anos Jonathan rege "Thunder and Lightning" de Johan Strauss com a Orquestra Sinfônica Chandler.



Vídeo: YouTube
Dica do Walder Faria de Belo Horizonte

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Wabi Sabi - A arte da beleza na imperfeição

Recebi, faz algum tempo, essa mensagem da amiga SILVANA Barbara, ex-paulistana, hoje no Vale do Taquaraçu, no Tocantins. Participando de um belíssimo projeto cultural e de cidadânia, juntamente com o Irineu de Palmira, seu compositor, cantor preferido e companheiro de jornadas e vida.

"Já te falei sobre o Antonio Rezende, um fotógrafo lá de Tocantins ? Fiquei tão encantada com as fotos dele que não me canso de comentar com os amigos. "

"Qual o Lôco que botô o cotoco no toco?"
Fui no blog do Antonio Rezende e descobri coisas em comum, como por exemplo, ver pequenos e belos detalhes da natureza, da vida, através da lente de uma câmera fotográfica. Claro, que não possuo a criatividade e o senso de observação dele mas, tenho algumas fotos que podem fazer uma vaga e breve ligação com o trabalho que o Antonio rezende realiza.

"Putz! É mais alto do que pensei"


Não é que o Lesmão caiu?
Gostei muito do trabalho dele e do seu blog, o Seara Lúdica. O endereço é: http://searaludica.blogspot.com/ 



"Gosto de bater um papinho"

Aguardava um gancho que me inspirasse a publicar sobre o Seara Lúdica (dica da amiga Silvana) e o trabalho do Antonio Rezende. E ele veio numa apresentação enviada pela amiga Luciana, uma das colaboradoras expontâneas do BLOG DO UNIVERSO.

O assunto está abaixo, trata-se do Wabi Sabi. Você já ouviu falar ou leu a respeito? Se sim, pode rever, se não, taí embaixo para sua apreciação.

Wabi Sabi

Perceber a beleza que se esconde nas frestas do mundo imperfeito é uma Arte. Você conhece aquela história de que os tapetes persas sempre tem um pequeno erro, um minúsculo defeito, apenas para lembrar a quem olha de que só Deus é perfeito? Pois é, a Arte da Imperfeição começa quando a gente reconhece e aceita nossa tola condição humana.


Precisamos aprender a aceitar nossas falhas com a mesma graça e humildade com que aceitamos nossas qualidades, a perdoar a nós mesmos. O desejo de acertar sempre impede a evolução e a necessidade de estar no controle aumenta a desordem e o caos.

Wabi sabi é a expressão que os japoneses inventaram para definir a beleza que mora nas coisas imperfeitas e incompletas. O termo é quase que intraduzível: wabi sabi é um jeito de "ver" as coisas através de uma ótica de simplicidade,naturalidade e aceitação da realidade.

  
  Contam que o conceito surgiu no século 15. Um jovem, Rikyu, queria aprender os complicados rituais da Cerimônia do Chá e procurou o grande mestre Takeno Joo. Para testar o rapaz, o mestre mandou que ele varresse o jardim. Rikyu limpou o jardim até que não restasse nem uma folhinha fora do lugar.

Ao terminar, examinou cuidadosamente o jardim impecável, cada centímetro de areia imaculadamente varrido, cada pedra no lugar, todas as plantas ajeitadas. E então, antes de apresentar o resultado ao mestre, Rikyu chacoalhou o tronco de uma cerejeira e fez caírem algumas flores que se espalharam displicentes pelo chão.
Os mestres japoneses, com a cultura inspirada nos ensinamentos do taoísmo e do zen budismo perceberam que a ação humana sobre o mundo deve ser tão delicada que não impeça a verdadeira natureza das coisas de se revelar. E a natureza das coisas é percorrer seu ciclo de nascimento, deslumbramento e morte; efêmeras e frágeis.
Mestre Joo, impressionado, admitiu o jovem no seu mosteiro. Rikyu tornou-se um grande Mestre do Chá e desde então é reverenciado como aquele que entendeu a essência do conceito de wabi-sabi: a arte da imperfeição.
Apaixonadas!
Eles perceberam a beleza e elegância que existe em tudo que é tocado pelo carinho do tempo. Uma velha tigela de chá, musgo cobrindo as pedras do caminho, a toalha amarelada, uma única rosa solta no vaso, a maçaneta da porta nublada das mãos que a tocaram...


Olho de jacaré?
 Wabi sabi é inseparável dos ensinamentos do taoísmo e do zen-budismo:

Na natureza:

 Todas as coisas são impermanentes

 Todas as coisas são imperfeitas

 Todas as coisas são incompletas
Caminhando sempre com calma e fazendo o meu cocozinho

A beleza pode estar escondida na feiúra

A grandeza existe nos detalhes despercebidos

Aceitação do inevitável

Apreciação da ordem cósmica

A Arte da Imperfeição é focar no intrínseco, no irregular, no despretensioso, no turvo, no envelhecido, na simplicidade...
Pegando um bronzeado

Que tal abrir os olhos para o estilo wabi sabi?

Dicas da Luciane de Curitiba  e Sivana Barbara do Tocantins- Textos da Net: Salisbury University & outros
Fotos: UNIVERSO E INTERNET (TapetePersa)

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Momentos de história e cultura de dois povos - Brasil (Hino Nacional) e Itália (Ópera Nabuco)

Um Hino Nacional de arrepiar!


Sem cobertura, da grande e interesseira comercial imprensa, um show de piano de arrepiar, no encerramento dos Jogos Militares.

Só passou na TV Brasil, retransmitida pelas TV Cultura dos Estados, tudo com audiência zero.
No YouTube não passa de 12.000 visitas.

Depois de ouvirmos em diferentes ocasiões, ultimamente, o Hino Nacional interpretado modernamente e de forma pífia – em abertura de Pans e com cantoras e cantores - vimos ontem, no encerramento dos Jogos Mundiais Militares, no Engenhão, um abertura maravilhosa, uma interpretação emocionante.

Wagner Tiso, Arthur Moreira Lima, João Carlos de Assis Brasil, Nelson Ayres, Amilton Godoy e Antonio Adolfo tocando juntos ao piano . Apesar de não se ter podido ouvir o arranjo inédito de Wagner Tiso – devido à legislação em vigor – foi nível AAAAAAA...

...e de arrepiar!!!Enquanto isso, a grande midia que ignorou a mini Olimpíada que a cidade viveu, não mostrou ao grande público o momento. A grande audiência, naquele momento era contemplada com um momento cultural e enriquecedor como, por exemplo... a dança dos famosos !!??

Triste midia brasileira!

Vale ver, rever.
BRAVO!!!


Berlusconi desafiado por Giuseppe Verdi


Leiam os comentários antes de assistir ao vídeo abaixo,que nos brinda com um estupendo, quiçá histórico, momento de performance musical e revolta cultural, diante dos desgovernos, prevaricações e falta de lideranças, não só no nosso país mas no mundo, como um todo. Um momento intenso e emoção para os apaixonados pela liberdade.

No último dia 12 de março a Itália festejava os 150 anos de sua criação, ocasião em que a Ópera de Roma apresentou a ópera Nabuco de Verdi, símbolo da unificação do país, que invocava a escravidão dos Judeus na Babilônia, uma obra não só musical mas, também, política à época em que a Itália estava sujeita ao império dos Habsburgos (1840).

Sylvio Berlusconi assistia, pessoalmente, à apresentação, que era dirigida pelo maestro Ricardo Mutti. Antes da apresentação o prefeito de Roma, Gianni Alemanno – ex-ministro do governo Berlusconi, discursou, protestando contra os cortes nas verbas da cultura, o que contribuiu para politizar o evento.

Como Mutti declararia ao TIME, houve, já de início, uma incomum ovação, clima que se transformou numa verdadeira «noite de revolução » quando sentiu uma atmosfera de tensão ao se iniciar os acordes do coral « Va pensiero » o famoso hino contra a dominação.

Há situações que não se pode descrever, mas apenas sentir ; o silêncio absoluto do público, na expectativa do hino ; clima que se transforma em fervor aos primeiros acordes do mesmo. A reação visceral do público quando o coro entoa – ‘Ó minha pátria, tão bela e perdida’ - .

Ao terminar o hino os aplausos da platéia interrompem a ópera e o público se manifesta com gritos de « bis », « viva Itália », « viva Verdi ». Das galerias são lançados papéis com mensagens políticas.
Não sendo usual dar bis durante uma ópera, e embora Mutti já o tenha feito uma vez em 1986, no teatro À La Scala de Milão, o maestro hesitou pois, como ele depois disse : « não cabia um simples bis; havia de ter um propósito particular ». Dado que o público já havia revelado seu sentimento patriótico fez com que o maestro se voltasse no púlpito e encarasse o público, e com ele o próprio Berlusconi.

Fazendo-se silêncio, pronunciou-se da seguinte forma, e reagindo a um grito de « longa vida à
Itália » disse:

RICCARDO MUTTI :

« Sim, longa vida à Itália [aplausos] mas ... não tenho mais 30 anos e já vivi a minha vida, mas como um italiano que percorreu o mundo, tenho vergonha do que se passa no meu país. Portanto aquieço a vosso pedido de bis para o Va Pensiero. Isto não se deve apenas à alegria patriótica que senti em todos, mas porque nesta noite, enquanto eu dirigia o coro que cantava ‘ Ó meu pais, belo e perdido’, eu pensava que a continuarmos assim mataremos a cultura sobre a qual se assenta a história da Itália. Neste caso, nós, nossa pátria, será verdadeiramente bela e perdida [aplausos retumbantes, incluindo os artistas da peça].
Reina aqui um ‘clima italiano’ ; eu, Mutti me calei por longos anos. Gostaria agora...nós deveriamos dar sentido à este canto ; como estamos em nossa casa, o teatro da capital, e com um coro que cantou
magnificamente, e que é magnificamente acompanhado, se for de vosso agrado, proponho que todos se juntem a nós para cantarmos juntos.»

Foi assim que Mutti convidou o público a cantar o Coro dos Escravos. Pessoas se levantaram. Toda a ópera de Roma se levantou... O coral também se levantou. Foi um momento magnífico na ópera ! Vê-se, também, o pranto dos artistas.

Aquela noite não foi apenas uma apresentação do Nabuco mas, sobretudo, uma declaração da plateia do Teatro da capital dirigida aos políticos.



Dicas enviadas pelas amigas de coração: Lucia Pellegrino de Brasília (Hino Nacional) e Helena Mayer do Rio de Janeiro (Ópera Nabuco)

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Mozart no escritório

Taí uma grande ideia para receber o poderoso chefão internacional (CEO) em sua próxima visita a empresa. Em vez de apresentações chatérrimas, com mil slides araras (coloridos e não dizem nada), estatísticas xaropes e todo mundo vestido de roupa de executivo (terno preto com risca de giz ou todo preto) e as executivas de "tirninhos" ou "taiêrzinhos", ídem na mesma cor. Para um desavisado que chegar ao local da reunião, vai pensar que entrou numa convenção de "Agentes Funerários".
Todo mundo igual, de uniforme, pasteurizadinhos.

Assista ao vídeo e veja se não tenho razão. Será uma reunião muito mais criativa.


Essa dica foi do amigo gauchesco, Marco Pedri, futuro prefeito da grande metrópole Saint Sebastian of Caí

Albrecht Dürer - O quadrado perfeito de 1541 no quadro Melancolia I

Albrecht Dürer, autorretrato

Albrecht Dürer, nasceu em Nuremberga, dia 21 de maio de 1471 e faleceu em 6 de abril de 1528. Alemão, pintor, gravador e ilustrador alemão. Seus interesses iam da matemática, arquitetura, geografia, geometria e fortificação.

 Morou por duas vezes na Itália e nos Países Baixos. Foi o primeiro pintor, fora da Itália, a ser reconhecido como um famoso pintor renacentista.

Melancolia I - Albrecht Dürer

Sua obra mais conhecida o quadro "MELANCOLIA I", apresenta símbolos e o quadrado de números considerado perfeito. Veja no quadro acima, logo abaixo do sino, no alto, à direita, o famoso quadrado.
Hoje, com os computadores se consegue realizar outros quadrados numéricos. O detalhe está na data em que Albrecht Dürer criou o seu quadrado - 1514. Por isso foi considerado o Pan-Perfeito.

Clique no link abaixo e conheça em detalhes o quadrado perfeito de Dürer, isso é incrível.

https://mail.google.com/mail/?ui=2&ik=44eddab320&view=att&th=1312326dbdefa3e9&attid=0.1&disp=safe&zw

 Albrecht Dürer - Lebre jovem, 1502 - aquarela e guache em papel - Galeria Albertina, Viena - Áustria

 Albrecht Dürer -  Mãos em oração - desenho - Galeria Albertina - Viena - Áustria

Dica do grande amigo mineiro candango - Amilcar Ziller

E se a gente quiser? Cultura, educação, meio ambiente - Irineu de Palmira

É com muito prazer que compartilho com vocês essa experiência tão maravilhosa.
Tudo isso tornou-se possível porque o ponto de cultura "Canto das Artes", que há 7 anos transforma o seu sonho em realidade, acreditou no meu.
Grande abraço,
Irineu de Palmira

Jovi Moura - Tato Soares - André Ricardo - Anderson - Irineu de Palmira - Lara Garcia - Lucas
Coisa boa de se saber, está na boca do forno o CD do projeto E Se a Gente Quiser? Esse projeto está sendo realizado pelo Irineu de Palmira, cantor, compositor, músico e agitador cultural, junto ao projeto Ponto de Cultura "Canto das Artes", comunidade e jovens do Vale do Taquaraçu, distrito de Palmas, no Tocantins.

Abaixo, trecho das novidades contadas pela amiga Silvana, esposa, mulher, companheira de fé e fato, cumplice cultural do Irineu.

"Por aqui, muitas novidades. Passei cerca de 20 dias de abril acompanhando o projeto lá no Tocantins. Muito lindo, muito emocionante e, com tudo isso, muita reviravolta. Pra resumir a ópera, estamos nos preparando pra mudar pra lá. Para uma segunda etapa do mesmo projeto, para um novo que desenvolveremos junto a Secretaria de Educação de lá e, pessoalmente, como diz o Irineu, pra ter uma qualidade de vida com mais paz e natureza. Depois que inventaram internet, para o tipo de trabalho que desenvolvemos, qualquer lugar é lugar...se é assim, pra que poluição, transito e contas astronômicas ? em princípio, vamos passar uns anos no campo, vai que a gente gosta e vai ficando, ficando e fica de vez ?
O estado tem por volta de 1.300.000 habitantes, a capital por volta de 240.000 e, Taquaruçu, o vale onde vamos morar, cercado de mais de 50 cachoeiras, porta de entrada para o Jalapão, não tem 3.000 habitantes entre população urbana e rural...que tal ? desafio para uma urbanóide como eu, hein ?  Em qualquer parte do distrito, sim é um distrito de Palmas, você é abraçado por um verde tão verde que espanta. Mas, o maior dos maiores desafios vem agora: enfrentar o medo de borboleta, aquelas bruxas, sabe ? vou procurar conviver com elas na paz...mas confesso, é complicado isso.

O projeto está encantador, resultados pra lá de surpreendentes, mudança na vida de crianças tão especiais e talentosas...você vai sentir um pouco disso nos relatos do blog. Além das crianças, muitas figuras bem interessantes, bem gente de verdade, desse tipo que a gente se encanta.

Já temos um cachorrinho que é uma coisa de apaixonante: Lampião é seu nome. Por iniciativa própria participou de todo o projeto, frequentou as atividades, enfim...só não gravou no estúdio móvel que mandamos pra lá porque no dia estava afônico.

Já temos um endereço e um quarto de hóspedes esperando por vocês a partir de agosto. Mas, daquele jeito, pra ir sem pressa de voltar, o que pra vocês não será complicado."

Aguardem o lançamento do CD!!!  Me aguardem aí breve!!!

Acesse o link abaixo e conheça esse belíssimo projeto cultural - musical. Coisa maravilhosa de brasileiros sonhadores e realizadores.

http://www.eseagentequiser.blogspot.com/

No meio do caminho - Carlos Drummond de Andrade

Crédito: Cajun Mama
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra."
          Carlos Drummond de Andrade
Dica da amiga friorenta de Curitiba: Luciane.
O poema de Drummond estava em arquivo esperando o momento para ser publicado no blog. Com a foto do trabalho colorido com as pedras, achei que era a hora de tirar do baú juntamente com uma foto (abaixo) que fiz em BIRIBIRI - DIAMANTINA - MINAS GERAIS e iria ilustrar o poema.
O poema e a foto das pedras coloridas pesquei no BLOG EMPÓRIO CASA DA CHIQUINHA. Recomendo conhecer - Link para acesso: http://emporiocasadachiquinha.blogspot.com/

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Uma análise socrática dos tempos atuais - Frei Beto

Vida à Venda - Lucia Pellegrino - Artista plástica de Brasília -
Acesse o site e conheça outras obras:  www.luciapellegrino.com.br

Encontrei Daniela, 10 anos, no elevador, às nove da manhã, e perguntei: 'Não foi à aula?' Ela respondeu: 'Não, tenho aula à tarde'. Comemorei: 'Que bom então de manhã você pode brincar dormir até mais tarde'. 'Não', retrucou ela, 'tenho tanta coisa de manhã....' 'Que tanta coisa?', perguntei. 'Aulas de inglês, de balé, de pintura, piscina', e começou a elencar seu programa de garota robotizada.

Fiquei pensando: 'Que pena, a Daniela não disse: 'Tenho aula de meditação!'

Estamos construindo super-homens e super-mulheres, totalmente equipados, mas emocionalmente infantilizados.

Uma progressista cidade do interior de São Paulo tinha, em 1960, seis livrarias e uma academia de ginástica; hoje, tem sessenta academias de ginástica e três livrarias! Não tenho nada contra malhar o corpo, mas me preocupo com a desproporção em relação à malhação do espírito.

Acho ótimo, vamos todos morrer esbeltos: 'Como estava o defunto?'. 'Olha uma maravilha, não tinha uma celulite!' Mas como fica a questão da subjetividade? Da espiritualidade? Da ociosidade amorosa?

A palavra hoje é 'entretenimento' ; domingo, então, é o dia nacional da imbecilização coletiva. Imbecil o apresentador, imbecil quem vai lá e se apresenta no palco, imbecil quem perde a tarde diante da tela.

Como a publicidade não consegue vender felicidade, passa a ilusão de que felicidade é o resultado da soma de prazeres: 'Se tomar este refrigerante, vestir este tênis, usar esta camisa, comprar este carro, você chega lá!' O problema é que, em geral, não se chega! Quem cede desenvolve de tal maneira o desejo, que acaba precisando de um analista. Ou de remédios. Quem resiste, aumenta a neurose.

O grande desafio é começar a ver o quanto é bom ser livre de todo esse condicionamento globalizante, neoliberal, consumista. Assim, pode-se viver melhor. Aliás, para uma boa saúde mental três requisitos são indispensáveis: amizades, auto-estima, ausência de estresse..

Há uma lógica religiosa no consumismo pós-moderno. Na Idade Média, as cidades adquiriam status construindo uma catedral; hoje, no Brasil, constrói-se um shopping Center. É curioso: a maioria dos shoppings centers tem linhas arquitetônicas de catedrais estilizadas; neles não se pode ir de qualquer maneira, é preciso vestir roupa de missa de domingo. E ali dentro sente-se uma sensação paradisíaca: não há mendigos, crianças de rua, sujeira pelas calçadas...

Entra-se naqueles claustros ao som do gregoriano pós-moderno, aquela musiquinha de esperar dentista. Observam-se os vários nichos, todas aquelas capelas com os veneráveis objetos de consumo, acolitados por belas sacerdotisas.

Quem pode comprar à vista, sente-se no reino dos céus. Se deve passar cheque pré-datado, pagar a crédito, entrar no cheque especial, sente-se no purgatório. Mas se não pode comprar, certamente vai se sentir no inferno... Felizmente, terminam todos na eucaristia pós-moderna, irmanados na mesma mesa, com o mesmo suco e o mesmo hambúrguer do Mc Donald...

Costumo advertir os balconistas que me cercam à porta das lojas: 'Estou apenas fazendo um passeio socrático.' Diante de seus olhares espantados, explico: 'Sócrates, filósofo grego, também gostava de descansar a cabeça percorrendo o centro comercial de Atenas. Quando vendedores como vocês o assediavam, ele respondia:

- "Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz !"

José Saramago

José Saramgo na infância - Foto: Blog Conversavinagrada

"Filho exige que mudemos nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos"
(José Saramago)

Dica: Luciane (Curitiba) - Mercedes (Cabo Frio), João Rodrigues (Rio de Janeiro)

Indo contra a "curtura" corporativa do "Mate um Leão por dia"

Sabe aquelas frases e "curturas" corporativas, algumas bem idiotas, que são trazidas pelo "Presidente" de empresa multinacional que participou da última reunião de "STAFF" em Nova York e, na primeira reunião com a sua equipe, cita todas, que imediatamente passam a ser "incorporadas" pelos seus VPs, diretores, gerentes e aí vai escada abaixo da pirâmide hierárquica.?
Passam a ser implementadas e citadas a todo momento, mesmo quando o momento não exige, ficando a coisa toda fora de um contexto, sem ninguém parar para avaliar, se o que está sendo dito e propagado faz algum sentido, com a cultura do país, das pessoas, se será entendido e assimilado por todos de maneira correta. Ninguém contesta, apenas dá uma de "papagaio" e se acha o cara. 
Cansei de ouvir essas bobagens, que são logo esquecidas e tornam-se sem sentido.
Exemplos: "Mate um Leão por dia", "Formamos um mesmo time", "Estamos todos no mesmo barco", "Tem que vestir a camisa", "Tem que suar a camisa", "Tem que ter estômago de aço", "Qualidade Total", "Politicamente correto", "O emissor é responsável pela mensagem", "Tem que correr atrás", "Não adianta dar o peixe, tem que ensinar a pescar", e por aí vai.
Frases feitas e ditas por gente vazia que se acham donos do poder corporativo, seguidas por pessoas acomodadas, que não pensam e não discutem seus pontos de vista e não defendem seus valores pessoais.
Pessoas pasteurizadas, fáceis de manobrar, obedientes, só dizem sim.

Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado e,
Povo feliz
Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado e,
Povo feliz

(Zé Ramalho)
Foto: UNIVERSO - Santiago do Chile

Outro dia, tive o privilégio de fazer
algo que adoro: fui almoçar com um
amigo, hoje chegando perto dos seus
70 anos.

Gosto disso. São raras as chances que
temos de escutar suas histórias e absorver
um pouco de sabedoria das pessoas que
já passaram por grandes experiências
nesta vida.

Depois de um almoço longo, no qual
falamos bem pouco de negócios mas
muito sobre meus negócios.

Contei um pouco do que estava fazendo
e, meio sem querer, disse a ele: - Pois é.
Empresário, hoje, tem que matar seu leão.
Você deveria mesmo era cuidar dele.

Fiquei surpreso com a resposta e ele
provavelmente deve ter notado minha
surpresa, pois me disse:
- Deixe-me contar uma história que
quero compartilhar com você.

- Existe um ditado popular antigo que diz
que temos que "matar um leão por dia".
Por muitos anos eu acreditei nisso, e
acordava todos os dias querendo encontrar
o tal leão.

A vida foi passando e muitas vezes me vi
repetindo essa frase.
Quando cheguei aos 50 anos, meus negócios
já tinham crescido e precisava trabalhar um
pouco menos, mas sempre me lembrava do
tal leão. Afinal, quem não se preocupa quando,
tem que matar um deles por dia?

Pois bem. Cheguei aos meus 60 anos e decidi
que era hora de meus filhos começarem a
tocar a firma. Mas qual não foi minha surpresa
ao ver que nenhum dos três estava preparado!

A cada desafio que enfrentavam, parecia que
iam desmoronar emocionalmente. Para minha
tristeza tive de voltar à frente dos negócios, até
conseguir encontrar alguém, que hoje é nosso
diretor-geral.

Este "fracasso" me fez pensar muito.
O que fiz de errado no meu plano de sucessão?
Hoje, do alto dos meus quase 70 anos, eu tenho
uma suspeita: a culpa foi do leão.

Novamente, eu fiz cara de surpreso.
O que o leão tinha a ver com a história?

Ele, olhando para o horizonte, como que
tentando buscar um passado distante,
me disse: - É. Pode ser que a culpa não
seja cem por cento do leão, mas fica mais
fácil justificar dessa forma. Porque, desde
quando meus filhos eram pequenos, dei
tudo para eles.

Uma educação excelente, oportunidades
de morar no exterior, estágio em empresas
de amigos.

Mas, ao dar tudo a eles, esqueci de dar um
leão para cada, que era o mais importante.

Meu jovem, aprendi que somos o resultado
de nossos desafios.
Com grandes desafios, nos tornamos grandes.
Com pequenos desafios, nos tornamos pequenos.

Aprendi que, quanto mais bravo o leão, mais
gratos temos que ser.
Por isso, aprendi a não só respeitar o leão, mas
a admirá-lo e a gostar dele.

A metáfora é importante, mas errônea: não
devemos matar um leão por dia, mas sim
cuidar do nosso.
Porque o dia em que o leão, em nossas vidas
morre, começamos a morrer junto com ele.

Depois daquele dia, decidi aprender a amar
o meu leão.
E o que eram desafios se tornaram oportunidades
para crescer, ser mais forte, e "me virar" nesta
selva em que vivemos.

Portanto, não matem um leão por dia,
mas sim aprenda a amar o seu.
A capacidade de luta que há em você, precisa
de adversidades para revelar-se.

(Pierre Schermann)
DICA:LUCIANE, amiga e colaboradora de Curitiba

Um grande amor não termina, apenas não foi vivido em sua plenitude

"Nunca disseram adeus, nem até mais, nem qualquer outra coisa que desse possibilidade de um fim ou de um próximo encontro; terminaram as conversas com beijos, quando mais frios com abraços. Talvez ele a ame. Talvez ela quisesse saber disso. Por causa da mudez das emoções que sentiam, eles não sabiam que destino davam a sí. O bonito deles é a coisa mais simples em suas histórias: de alguma forma silenciosa e cheia de esperança, eles esperavam um pelo outro, embora nenhum pedido tenta sido feito"
Cah Morandi

"Há amores que não tem mesmo fim, ficam pela metade"
Carpentier

Dica da amiga Luciane de Curitiba . Foto:Internet, desconheço o autor, caso alguém saiba, favor enviar-me o nome para o devido crédito.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A beleza das cores no que vejo, compensam as sujeiras do mundo

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Van Gogh na feira





Fotos: UNIVERSO - 2011

Uma mirada nas miúdezas da vida, nas minhas andanças por aí...

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Pé de Mochila (MOCHILEIRA)

Legitima carne de porco
Tudo a mesma coisa
Coração pisoteado

Quem avisa, amigo é...

Barbie foi despejada

Quando será nosso encontro? Cá te espero!
Compre uma cabeça nova, preços de promoção pra mocinhas
Não se meta a besta comigo, te dou um tapa
Facilitou comigo, comi o gato!

Gente porca e preguiçosa há em todo lugar
Fotos: UNIVERSO - Miami e Santiago do Chile - 2011