Compartilhar casos e causos,assuntos gerais,curiosidades,fotos,músicas, livros, viagens, receitas. Dar palpites e fazer comentários, alguns sérios, outros nem tanto, sobre tudo que leio, ouço e vejo. Só falar do bom,do bem,do belo e do lúdico, mostrar aos meus amigos,aos amigos dos meus amigos, o que me faz feliz e compõe o meu UNIVERSO.
terça-feira, 13 de maio de 2014
Dr. Bebel, defensor da moral e dos bons costumes
Primeiro morador, síndico dedicado, cuidadoso extremado do prédio, há 15 anos.
Dr. Belarmino, solteirão inveterado, funcionário público aposentado. Não se sabe ao certo, se era juiz de que, justiça federal, estadual ou de futebol. Nunca perguntaram, nunca ouviram, nunca se falou sobre.
Trazia o prédio um brinco, jardins impecáveis, limpo, pintado, ambiente familiar. Durão em manter a lei e a ordem, baseado na Convenção de Condomínio e no Regimento Interno. Para ele, valiam mais do que a Constituição do Brasil.
Sua última grande façanha, seu maior orgulho, instalar circuito interno de TV, com acesso no canal 3, visto em todas as tvs dos moradores. Assim, todos podiam acompanhar os ruídos e movimentos de todo o prédio. Quem entrava, quem saía.
Discreto, recebia visita semanal de um sobrinho, chegava, como saía, discreto, como um gato, sem ruídos. Entrava às 7 da noite e saía 4 horas depois. Dedicado ao tio.
Quinta-feira, mês de maio, 22 hs, muita ventania. Gritaria, berros pelo corredor, "SLAM", porta batendo por força do vento, só abria por dentro.
Dr. Belarmino, escorraçava o sobrinho, que saiu como um gato, correndo de cachorro bravo.
Ingrato! Nunca mais volte. Persona non grata! Nunca mais, nunca mais...!!!
Tvs ligadas sofregamente no canal 3.
Cena fatal, Dr. Belarmino, de baby doll pink, meia arrastão vermelha e peruca loura, tentava desesperadamente abrir a porta do apartamento, e em esconder o rosto.
Nada se disse, nada se perguntou, nunca mais foi visitado.
Continuou a ser tratado com o máximo respeito por todos os moradores, adultos e crianças.
Bom dia Dr. Bebel, boa tarde Dr. Bebel, boa noite Dr. Bebel.
Rústica - Florbela Espanca
Foto: Colhida no FB do amigo Eric Cohen
Ser a moça mais linda do povoado,
Pisar, sempre contente, o mesmo trilho,
Ver descer sobre o ninho aconchegado
A benção do Senhor em cada filho.
Um vestido de chita bem lavado,
Cheirando a alfazema e a tomilho...
— Com o luar matar a sede ao gado,
Dar às pombas o sol num grão de milho. .
Ser pura como a água da cisterna,
Ter confiança numa vida eterna
Quando descer à ‘terra da verdade’...
Meu Deus, dai-me esta calma, esta pobreza!
Dou por elas meu trono de Princesa,
E todos os meus Reinos de Ansiedade.
Tênis em domicílio - Continuo a não entender o ser humano
Sempre, que vejo faixas dependuradas em postes, pelas ruas de minha cidade, onde existe uma lei que proíbe o uso de faixas para vender serviços ou produtos, tenho vontade de telefonar e desenvolver diálogos como o que segue abaixo.
Foto: INTERNET
Estou a procura de um esporte para praticar , sendo assim, telefonei para mais uma indicação que li numa faixa dependurada em Belzonte.
Dessa vez foi aula de tênis em domicílio.
Ligo e esclareço a coisas de praxe, aula individual, grupo, criança, adulto, preço e condições, quantas aulas por semana, enfim fui fundo nas pesquisas e perguntas.
Como detalhes finais, perguntei se teriam raquetes e bolas para emprestar, rede, se precisaria de tênis especiais, pois achava o máximo como os jogadores deslizavam para pegar as bolas nas pontas das quadras. Se podia ser qualquer uniforme ou se tinha que ser de grife.
Tudo explicado e resolvido, trariam tudo que fosse necessário, raquetes, rede, bolas e que bastava eu ter um par de tênis e qualquer calção e camiseta de malha.
Insisti em querer saber, se o fato de eu ter jogado ping pong quando criança e tênis de mesa na adolescência, se isso me daria alguma ajuda.
O cara que me atendeu, já começou a se mostrar irritado, mas me respondeu. Claro que não. Uma coisa é diferente da outra.
Perguntei: Como assim?
Resposta : Tênis é uma coisa e o resto é o resto.
Bem, fiz uma última pergunta, e depois de explicar que no meu prédio não tinha quadra.
Informei que meu apartamento tinha uma área exclusiva, e que media 3 x 3 m, e se ele poderia trazer uma rede pequena e um rolo de piso gramado sintético.
Resposta: !@@##%#%¨&*%()*_+^>
Sujeitinho nervoso e indelicado. Tratar um possível cliente dessa maneira.
Eu, hein? Vai entender o ser humano !!!
Lá vai minha filha - Hilda Lucas (Escritora)
Tinha guardado, para publicar no blog, esse texto de Hilda Lucas, escritora e colunista no MdeMulher - Bem - Estar da Abril. Com.
Com a comemoração do dia das mães, encontrei o momento e a motivação para compartilhar esse lindo texto com vocês.
HILDA LUCAS - ESCRITORA (Foto: Site da Editora Riff, do Rio de Janeiro)
Lá vai minha filha quase voando no seu vestido etéreo.
La vai minha filha do olho grande, da pele morena e do cheiro de feijão. A menina que estreou a mãe em mim. A menina que chegou trazendo todo um universo de novidades: emoções, medos, encantamentos, aprendizados. Crescemos juntas: eu aprendendo a ser mãe e ela aprendendo a ser ela mesma. Descobrimos duas palavras mágicas: ela me chamou mãe e eu a chamei filha. Palavras novas e tão viscerais que pacientes esperavam para se cumprir.
Éramos duas sendo uma em muitos sentidos. Carne da minha carne, fruto do meu amor, sonho dos meus sonhos. Ela me expandia e eu a protegia. Ela me dava a mão e eu todos os sumos. Ela me dava a eternidade e eu lhe dava asas. Ela me alargava o coração e eu lhe ensinava a caminhar sozinha. Ela me cobria de beijos e eu a cobria de bênçãos. Ela me pedia colo e eu lhe pedia sorrisos. Ela me traduzia e eu a decifrava. Ela me ensinava e eu lhe descortinava o mundo. Ela me apontava o novo e eu lhe ensinava lições aprendidas no passado. Ela me falava de fadas e princesas e eu lhe falava de avós e gentes. Ela me emprestava seus olhos encantados e eu rezava por um mundo melhor. Ela me tirava o sono e eu cantava para ela dormir. Ela me alegrava a vida e eu vivia para ela.
Quando um filho nasce começamos a nos despedir dele no mesmo instante. Nosso ele só é quando no ventre. Depois somos seus abrigos, seus condutores, seus provedores sem nunca esquecer que eles começam a ir embora no dia que nascem. No começo o tempo parece parar. A plenitude da maternidade e a dependência dos pequenos criam uma ilusão de que será assim para sempre. Mas não, eles crescem inexoravelmente em direção à independência. Cumpre-se o ciclo da vida e é melhor que seja assim, caso contrário, significa que algo de muito triste, inverso ou perverso aconteceu.
Lá vai minha filha. Assim seja.
Olho seus olhos enormes e profundos e vejo os mesmos olhos que ainda na sala de parto me olharam intrigados, solenes, como que me reconhecendo, me convocando. Eu disse sim à minha filha, imediatamente, a segui desde aquele instante, entregue, eleita. O amor que eu senti foi tão avassalador e instantâneo que eu cheguei a ter medo. Sim, na hora que nasce o primeiro filho, a gente compreende a fragilidade da vida, a fugacidade das coisas e a passa a ter medo de morrer. O fato dela precisar de mim me tornava única, imprescindível. Eu não podia falhar, eu não podia morrer, afinal foi ela quem me escolheu. A partir dali, tudo mudou, meu espaço, meu papel, minha relação com o mundo adquiriu outra dimensão: eu era sua mãe!
Crescemos juntas. Somos amigas. Mãe e filha. Ao longo desses anos rimos, choramos, brigamos, resolvemos impasses, estreitamos laços, vencemos batalhas, enfrentamos noites escuras. Contamos uma com a outra, sempre. Às vezes era eu quem a socorria outras vezes era ela quem me amparava. Não foram poucas as vezes em que os papéis se inverteram e ela foi minha mãe. Às vezes me pergunto se eu dei a ela tanto quanto recebi. Sinceramente, acho que não. Desde o momento zero ela transformou minha vida e, num movimento contínuo, faz de mim uma pessoa melhor.
Lá vai minha filha. Apaixonada e confiante. Ensaiando vôos, escolhendo caminhos, encerrando ciclos.
Eu feliz, penso: cumpra-se!
Prato do dia - Gaspacho de Melão, queijo de cabra recheado com presunto cru
Receita do chef Bruno Cabral, do restaurante DONOSTIA, de São Paulo
Fácil preparo, tempo de preparo: até 30 minutos, serve 4 pessoas
INGREDIENTES
1/2 unidade de melão amarelo (Redinha)
1 unidade de queijo de cabra tipo Boursin
1 fatia de presunto cru (Jamón Serrano)
1 unidade de limão
1 colher (café) de açúcar
1 unidade de ovo
1 colher (sopa) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de farinha de rosca
PREPARO
Tire as sementes e a casca do melão
Corte em pedaços grandes e bata no liquidificador com o açúcar, a raspa da casca de limão
Reserve na geladeira
Corte a fatia do presunto cru em tiras finas e misture com o queijo de cabra
Faça bolinhas com essa mistura e empane - farinha trigo - ovo - farinha de rosca
Espete as bolinhas em um palito, simulando um pirulito
Frite o "pirulito" de queijo de cabra e presunto cru
Sirva o gaspacho numa taça ou prato e ponha pirulito frito enfeitando.
DICAS:
Preparei a receita para 2 pessoas com meia metade de melão, 1 queijo e 2 fatias de presunto cru.
Ralei a casca de metade de 1 limão
Acrescentei 5 folhas de hortelã picadinhas
Fiz duas bolas maiores de queijo com o presunto e espetei em um pauzinho para churrasquinho.
Como não tinha farinha de rosca, empanei a bola de queijo na farinha de trigo - ovo - farinha de trigo e fritei no azeite.
O resultado pode ser visto na foto acima
Os ingredientes são encontrados em supermercados.
Assinar:
Postagens (Atom)