Agradecimento e comemoração - Foto: Internet
(London Bridge UCB News)
“Tem gente que vem para plantar e preparar o palco, para que os próximos possam brilhar” , diz Ana Moser, ex-jogadora de voley da seleção brasileira, ao analisar o fracasso da equipe de ginástica nas XXX Olimpíadas de Londres. Diego Hipólito, Dayane Santos, que, em tom de brincadeira, já se diz desempregada, dificilmente estarão na Olímpiadas de 2.016, no Rio de Janeiro, por causa da idade, e não por suas qualidades , já que foram ganhadores seguidos de várias medalhas. Mas ninguém pode contestar o fato de que esses atletas semearam a geração de 2016.
Nossos principais representantes da equipe olímpica de Londres assim como Guga, Emerson Fittipaldi e Ademar Ferreira da Silva, Éder Jôfre, Hélio Grace, Joaquim Cruz foram atletas que despertaram o Brasil do sonho imobilizador do carnaval, do futebol e das mulatas. Muito antes de promover a imagem do brasileiro, essa metaforização dava um caráter folclórico e irresponsável à nossa identidade, só quebrado recentemente quando o Pib do Brasil (U$ 2,5 trilhões) pulou para a sexta posição no mundo derrubando o de alguns países considerados “molas mestres” da economia mundial como a Inglaterra, Itália, Rússia e Espanha . O Brasil também ajuda a mover o mundo.
É assim mesmo, tem gente que vem para semear, outros nascem para ser vitoriosos como indivíduos, como Lula, Sena, Piquet, Aurélio Miguel, César Cielo, Scheidt, Maureen. Os citados no primeiro grupo tornaram-se ícones da gerações que os sucederam, inspirando a implantação de milhares de academias de ginásticas, piscinas olímpicas, pistas de atletismo – mesmo improvisadas – escolas de educação física por todo o País; e o segundo passou a idéia de que não existe sonho impossível.
O Brasil não deixou de ser o país do futebol – ainda está entre os dez melhores -, nem do carnaval ou das belas mulatas, atrás das quais desembarcavam no Rio de Janeiro príncipes e condes, estimulados pela idéia de, trezentos anos atrás, dos “viajantes”estrangeiros à América de que abaixo do Equador tudo era possível. Mas esses dois grupos, esses atletas no seu conjunto foram os grandes alavancadores da visibilidade do esporte e da economia brasileira no mundo. Os investimentos vieram atrás deles. A balança de serviços registra ser o Brasil o País maior exportador de jogador de futebol. Temos mais de 600 jogadores no exterior, de tal forma que alguns chegam a disputar a Copa do Mundo por outros países, como Liédson, do Corinthias. O negócio carreia para o País cerca de R$ 1 bilhão de reais por mês.
Portanto, não tem fiasco, só sacrifício. Esses atletas vão entrar , de fato, no mercado de trabalho, na idade em que a maioria dos não atletas já se realizaram profissionalmente. É preciso recebê-los com carinho. Eles serão responsáveis pela preparação da geração de 2016. Além disso, as Olimpíadas estão começando, os brasileiros são uma delegação, uma comunidade, e terão ainda muitas chances pela frente. No próprio atletismo pode-se sonhar ainda com medalha nas argolas masculinas, com Arthur Zanetti, que terminou a fase classificatória com a quarta melhor nota, e Sérgio Sassaki que se classificou para a final na prova individual geral.
Cordialmente
Aylê-Salassié
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