quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Interiores de igrejas

Fotos tiradas no Chile e Itália com uma Kodak Easy Share Cx 7530, utilizei a luz natural do ambiente, sem uso de tripé. Sempre que você clicar nas fotos elas Serão ampliadas para melhor visualização.




Acima, a única foto em que foi utilizado flash








Forro da Igreja é de madeira de Cactos - Atacama - Chile

Fotos: UNIVERSO

Verona - Itália

Nâo coloquei legendas com os nomes dos logradouros, para atiçar a curiosidade dos que sonham com uma viagem a Verona, assim quando forem, descobrirão por si novos locais, novas vistas, novos ângulos e perspectivas, os nomes, a história e causos, tornando a viagem mais saborosa, sem aquela sensação de "déjà vu".













Fotos:UNIVERSO

Metade - Oswaldo Montenegro


Clique no link abaixo e ouça Metade na interpretação de Oswaldo Montenegro. Poeta mais beleza do que maluco.

https://mail.google.com/mail/?ui=2&ik=44eddab320&view=att&th=1262a19267bf74d0&attid=0.4&disp=indzip&zw

Clique no link abaixo e veja o vídeo com Oswaldo Montenegro declamando ao vivo Metade.

http://www.youtube.com/watch?v=GLkQMFVg8V8 - Oswaldo Montenegro - Metade

METADE

Que a força do medo que tenho,
não me impeça de ver
o que anseio.

Que a morte de tudo em que acredito
não me tape os ouvidos
e a boca

Porque metade de mim é o que eu grito,
mas a outra metade
é silêncio

Que a musica que eu ouço ao longe,
seja linda,
ainda que tristeza

Que a mulher que eu amo
seja pra sempre amada
mesmo que distante

Porque metade de mim é partida
mas a outra metade
é saudade

Que as palavras que eu falo
não sejam ouvidas como prece,
e nem repetidas com fervor,
apenas respeitadas,
como a única coisa que resta
a um homem inundado
de sentimentos

Porque metade de mim
é o que ouço,
mas a outra metade
é o que calo

Que essa minha vontade de ir embora
se transforme
na calma e na paz
que eu mereço

E que essa tensão que
me corrói por dentro
seja um dia recompensada

Porque metade de mim
é o que penso
mas a outra metade
é um vulcão

Que o medo da solidão
se afaste, e que o convívio
comigo mesmo,
se torne ao menos
suportável

Que o espelho reflita em meu rosto,
um doce sorriso,
que me lembro ter dado
na infância

Porque metade de mim é a
lembrança do que fui,
a outra metade eu não sei

Que não seja preciso mais
do que uma simples alegria
para me fazer aquietar
o espírito

E que o teu silêncio me fale
cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo,
mas a outra metade
é cansaço

Que a arte nos aponte uma resposta,
mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
porque é preciso
simplicidade para
fazê - la florescer

Porque metade de mim é platéia,
e a outra metade
é canção

E que a minha loucura
seja perdoada,

Porque metade de mim
é amor, e a outra metade...
também

(Oswaldo Montenegro)

Enviado pela Luciane de Curitiba

Foto Oswaldo Montenegro: Internet - Vídeo: YouTube

Se pudéssemos escolher

Pôr-do-Sol em Pucon - Chile Foto: UNIVERSO
Se eu pudesse escolher seria feliz, pelo menos, oito horas por dia. Todos os dias. Reservaria o tempo restante para viver as pequenas agruras naturais. Mas seriam leves. Porque haveria a certeza de que a cada dia eu teria a minha cota de felicidade.

Se eu pudesse escolher reservaria algumas horas, todos os dias, para fazer só o que pudesse
fazer os outros felizes. Dedicação total.

Se eu pudesse escolher, pararia qualquer coisa que estivesse fazendo às cinco horas da tarde e me sentaria para assistir ao pôr do sol.

Escolheria lugares especiais. Procuraria não me repetir muito.

O horário do pôr do sol seria algo assim, sagrado. O meu horário para observar a Deus....a vida...a natureza....as pessoas....enfim

Se eu pudesse escolher, viveria entre o mar e as montanhas. No meio do caminho. Nem muito longe de um, nem muito longe do outro. Plantaria flores, teria vasos na janela, muitos livros na cabeceira da cama e à noite, depois do trabalho - sim, porque se eu pudesse escolher trabalharia sempre, produziria sempre - eu me sentaria para contemplar o céu, as estrelas, a noite.

Se eu pudesse escolher, sorriria sempre. Mas choraria também, às vezes, para não esquecer o que a lágrima significa. Viver só de sorrisos não é uma boa opção.

Se eu pudesse escolher, faria uma declaração de amor todos os dias. Só para sentir aquele sabor de ridículo que nos enche alma e que é imprescindível à felicidade.

Se eu pudesse escolher, plantaria sementes e "perderia" horas vendo-as germinar e lamentaria por aquelas que não conseguissem se transformar em flor.

Se eu pudesse escolher, viveria a vida de uma forma mais leve, menos dolorosa, mais intensa, menos angustiante.

Nem sempre temos como opções as escolhas que faríamos se pudéssemos escolher. Mas há escolhas que nos são oferecidas sempre.

A de provocarmos sorrisos, de abraçarmos, de dizermos que amamos para quem amamos mesmo que eles não entendam o que é amor. A possibilidade de transformarmos dentro de nós o cenário e aprendermos que, como não temos muitas escolhas, precisamos viver quinze minutos de felicidade com tanta intensidade que eles possam ser transformados em horas, dias, meses, no tempo que escolhermos.

Se pudéssemos escolher...

Colaboração recebida de dois novos amigos - João Rodrigues do Rio de Janeiro e da Luciane Conceição e Silva de Curitiba.

Não sabemos o nome do autor, se você conhece favor enviar para darmos os creditos. Obrigado.

Hoje o dia começou bem para os aposentados ou porque as mulheres não devem levar os maridos aposentados para as compras...

Comecei o dia de hoje dando ótimas gargalhadas com o texto abaixo. Depois de mostrá-lo para a minha mulher, fui liberado, de hoje em diante, de ir aos supermercados com ela.

Depois que me aposentei, minha mulher insiste que eu a acompanhe quando vai fazer compras no supermercado.

Infelizmente, como a maioria dos homens, eu acho que fazer compras é chato e tenho que ficar inventando formas de passar o tempo. E a minha mulher é igual à maioria das mulheres, fica horas fazendo compras.

Resultado: ontem, minha querida esposa recebeu a seguinte carta do carrefour:

Cara Sra. Souza,
Durante os últimos seis meses, seu marido tem causado grandes transtornos em nossa loja.

Não podemos mais tolerar seu comportamento e portanto somos obrigados a proibir sua entrada. Nossas queixas contra seu marido estão listadas abaixo e documentadas através de nossas câmeras do circuito interno.

1. 15/Junho: Pegou 24 caixas de preservativos e colocou-as nos carrinhos de compra de outros consumidores enquanto não prestavam atenção.

2.. 02/Julho: Acertou TODOS os alarmes da seção de relógios para tocarem a intervalos de 5 minutos.

3. 07/Julho: Fez uma trilha de molho de tomate pelo chão da loja indo até o banheiro feminino.

4. 19/Julho: Dirigiu-se a uma funcionária e disse em tom oficial: “Código 3 na seção de Utilidades Domésticas. Dirija-se imediatamente para lá”. Isto fez com que a funcionaria abandonasse seu posto e fosse repreendida pelo gerente, o que resultou em um grave incidente com o sindicato dos empregados.

5. 14/Agosto: Moveu o aviso de “Cuidado – Piso Molhado” para a seção de carpetes.

6. 15/Agosto: Disse para as crianças que acompanhavam os clientes que elas poderiam brincar nas barracas da seção de camping se trouxessem travesseiros e cobertores da seção de cama, mesa e banho.

7. 23/Agosto: Quando um funcionário perguntou se ele precisava de alguma ajuda, ele começou a chorar e gritar: “Porque vocês não me deixam em paz?” O resgate foi chamado.

8. 04/Setembro: Usou uma de nossas câmeras de segurança como espelho para tirar tatu do nariz.

9. 10/Setembro: Enquanto examinava armas no departamento de caça, perguntava insistentemente à atendente onde ficavam os anti-depressivos.

10. 03/Outubro: Movia-se pela loja de forma suspeita, enquanto cantarolava alto o tema do filme “Missão Impossível”.

11. 06/Outubro: No departamento automotivo, ficou imitando o gestual da Madonna usando diferentes tamanhos de funis

12. 18/Outubro: Escondeu-se atrás de um rack de roupas e quando as pessoas procuravam algum artigo, gritava: “Você me achou, você me achou!”

13. 21/Outubro: Cada vez que era dado algum aviso no sistema de som da loja, colocou-se em posição fetal e gritava: “Ah não, aquelas vozes de novo!”

E por fim:

14. 23/Outubro: Foi a um dos provadores, fechou a porta, esperou um momento e então gritou: “Ei, não tem papel higiênico aqui.” Uma de nossas atendentes desmaiou.

Colaboração da querida amiga Teresa Curátola de Lagoa Santa - Minas Gerais

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Ninguém quer brincar comigo

Argo - Itália

Tudo está bem no meu mundo - Luciane

Na infinidade da vida onde estou, tudo é perfeito, pleno e completo, e no entanto a vida está sempre mudando.
Não existe começo nem fim, somente um constante ciclar e reciclar de substância e experiências.
A vida nunca está emperrada, estática ou rançosa, pois cada momento é sempre novo e fresco.
Abro-me à sabedoria interior, sabendo que existe apenas Uma Inteligência neste Universo.
Desta Inteligência vêm todas as respostas, todas as soluções, todas as curas, todas as novas criações.
Confio neste Poder e Inteligência, sabendo que seja o que for que eu precise saber é revelado a mim e que seja o que for que eu precise vem a mim na hora, no espaço e na seqüência certos.
Tudo está bem no meu mundo.

Esse texto é de Lu de Luciane de Curitiba, amiga do amigo João, nova amiga e colaboradora do blog. O título tive a ousadia de dar, usando a última frase do texto. Espero que a Luciane goste.

Imagem: pt.dreamstime.com - Internet

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Rolando Boldrin - Sinto vergonha de mim de Cleide Canton

Rolando Boldrin

Recebi essa sugestão do amigo Gilson Guimarães, de Lagoa Santa, da mesma família que gerou entre boas cabeças, Guimarães Rosa.

Há quem não goste dos versos de Cleide Canton. Eu gosto e acho apropriado para o momento que vive o Brasil, principalmente por ser um ano de eleições e que merece uma forte reflexão de todos nós. Nós somos os responsáveis por tudo o que acontece conosco, não podemos deixar de assumir as nossas responsabilidades e culpar os outros pelas nossa omissões ou má escolhas.

Clique no link abaixo e veja Rolando Boldrin, a quem admiro pela sua arte e luta pela preservação de nossa cultura, declamando Sinto vergonha de mim de Cleide Canton

http://www.youtube.com/watch?v=ERTmvOll87s - Rolando Boldrin declama Cleide Canton

SINTO VERGONHA DE MIM
Cleide Canton

Sinto vergonha de mim
por ter sido educadora de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o “eu” feliz a qualquer custo,
buscando a tal “felicidade”
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos “floreios” para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre “contestar”,
voltar atrás
e mudar o futuro.

Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer…

Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro!

“De tanto ver triunfar as nulidades,
de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem- se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto” .

Trecho de discurso de Ruy Barbosa

Definitivo, como tudo o que é simples - Carlos Drummond de Andrade

Balcão do quarto de Julieta e à esquerda ,abaixo, sua estátua, na casa onde possívelmente viveu Giulietta Capuletti, na via Cappello 23 em Verona, Itália.

A história de Romeu e Julieta foi escrita por William Shakspeare em 1595, aproximadamente

William Shakespeare
William Shakespeare
O Retrato de Chandos; pintura atribuída a John Taylor e com autenticidade desconhecida. National Portrait Gallery, London.

Nossa dor não advêm das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e
não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma
pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que os fez
companhia por um tempo razoável, um
tempo feliz.

Sofremos por quê?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer
pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de
ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos
que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.

Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por
todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar
com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado
de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com
as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.

Como aliviar a dor do que não foi vivido?

A resposta é simples como um verso:

Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no
amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada
arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade.

A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.

(Carlos Drummond de Andrade)

Enviado pelo grande João Rodrigues, FLAMENGUISTA desde criancinha, do Rio de Janeiro, fevereiro e março...

Onde se escondeu a letra "A" ?

Recomendo uma visita ao Blog do José Mesquita, acesse:
mesquita.blog.br/fotografia-alfabeto-de-corpo...

Observação: Este texto não contém a letra "A", é possível sim.

Sem nenhum tropeço posso escrever o que quiser sem ele, pois rico é o português e fértil em recursos diversos, tudo isso permitindo mesmo o que de início, e somente de início, se pode ter como impossível. Pode-se dizer tudo, com sentido completo, mesmo sendo como se isto fosse mero ovo de Colombo.

Desde que se tente sem se pôr inibido pode muito bem o leitor empreender este belo exercício, dentro do nosso fecundo e peregrino dizer português, puríssimo instrumento dos nossos melhores escritores e mestres do verso, instrumento que nos legou monumentos dignos de eterno e honroso reconhecimento

Trechos difíceis se resolvem com sinônimos. Observe-se bem: é certo que, em se querendo esgrime-se sem limites com este divertimento instrutivo. Brinque-se mesmo com tudo. É um belíssimo esporte do intelecto, pois escrevemos o que quisermos sem o "E" ou sem o "I" ou sem o "O" e, conforme meu exclusivo desejo, escolherei outro, discorrendo livremente, por exemplo, sem o "P", "R" ou "F", o que quiser escolher, podemos, em corrente estilo, repetir um som sempre ou mesmo escrever sem verbos.

Com o concurso de termos escolhidos, isso pode ir longe, escrevendo-se todo um discurso, um conto ou um livro inteiro sobre o que o leitor melhor preferir. Porém mesmo sem o uso pernóstico dos termos difíceis, muito e muito se prossegue do mesmo modo, discorrendo sobre o objeto escolhido, sem impedimentos. Deploro sempre ver moços deste século inconscientemente esquecerem e oprimirem nosso português, hoje culto e belo, querendo substituí-lo pelo inglês. Por quê?

Cultivemos nosso polifônico e fecundo verbo, doce e melodioso, porém incisivo e forte, messe de luminosos estilos, voz de muitos povos, escrínio de belos versos e de imenso porte, ninho de cisnes e de condores.

Honremos o que é nosso, ó moços estudiosos, escritores e professores. Honremos o digníssimo modo de dizer que nos legou um povo humilde, porém viril e cheio de sentimentos estéticos, pugilo de heróis e de nobres descobridores de mundos novos.

Quem escreveu? Mistério...

Enviado pelo amigo Adenir Balmant - Flumineiro das "Laranjas e Laranjeiras"