Poeta carioca (16/12/1865-28/12/1918). Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac é o principal nome do parnasianismo na poesia brasileira. Inicia o curso de medicina e o de direito, mas abandona-os antes de se formar.
Língua portuguesa
Olavo Bilac
Última flor do Lácio, inculta e bela,Língua portuguesa
Olavo Bilac
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...
Amo-te assim, desconhecida e obscura.
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!
Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,
em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!
"Olavo Bilac, além de poeta parnasiano, cronista, contista, conferencista e autor de livros didáticos, deixou também na imprensa do tempo do Império e dos primeiros anos da República vasta colaboração humorística e satírica, assinada com os mais variados pseudônimos, entre os quais os de Fantásio, Puck, Flamínio, Belial, Tartarin-Le Songeur, Otávio Vilar, etc., assinando, em outras vezes, o seu próprio nome. Nascido no Rio de Janeiro a 16 de dezembro de 1865, foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, em que ocupou a cadeira nº. 15, que tem Gonçalves Dias por patrono. No seu principal livro, "Poesias", incluiu Bilac alguns sonetos satíricos , sob o título de "Os Monstros". Escreveu livros em colaboração com Coelho Neto, Manuel Bonfim e Guimarães Passos, sendo que, com este último, o volume intitulado "Pimentões", de versos humorísticos."
Os versos acima foram extraídos do livro "Poesias", Livraria Francisco Alves - Rio de Janeiro, 1964, pág. 262.
Foto da placa do Ministério do Interior enviada pelo amigo João Rodrigues do Rio de Janeiro.
Pesquisa, foto: Internet - Wikipédia. Texto e poema: http://www.releituras.com/ de Arnaldo Nogueira Jr.
Olha aí, algo que realmente me surpreendeu. Não detenho tantos conhecimentos a respeito do Olavo Bilac, mas sempre o imaginei extremamente sisudo. Confesso que não sei de onde tirei tal imagem, mas jamais o tive como uma figura que se desse a texto satíricos. Estranho, não é? Sempre o associei a textos politicamente corretos, não que através da satira não se construa textos com esse cunho.
ResponderExcluirImpressionante como a nossa mente cria rótulos. Bilac o fundador da Academia Brasileira de letras, jornalista sério e políticamente correto, Gregório de Matos, o Boca do Inferno, rebelde e sem limites...rs
Obrigada por ampliar consideravelmente o meu repertório.
Bjo grande e abraço na alma.
Diva L.
Diva, obrigado pela sua visita ao blog e comentário . Espero publicar outros assuntos que possam ser de seu interesse. Volte mais por aqui.
ResponderExcluirReceba um afetuoso abraço do Universo