Visitando o Mercado Central de Belo Horizonte, entrei na Casa Uirapuru dos irmãos Hermínio e Heraldo, tadicionais comerciantes locais e me deparei com um recorte de jornal, colado no balcão, contando a história de como surgiu o COPO LAGOINHA, muito usado até hoje, nos bares e restaurantes mais simples de BH. Falei com um dos donos do Uirapuru sobre o recorte do jornal e pedi uma caneta e papel para anotar o e-mail do Flávio, que havia escrito o artigo. Me animou a manter contato e disse ser o Flávio seu primo. Isso dito, assim fiz. Enviei um e-mail para o Flávio e recebi imediatamente o texto que postei abaixo. Leiam como o COPO AMERICANO, tão impregnado na nossa cultura, passou a ser chamado de COPO LAGOINHA.
Existem 3 tamanhos de copos , o grande , para servir sucos e vitaminas. O médio(normal), para tomar a nossa cervejinha gelada de cada santo dia e o pequeno, para desgustar uma "marvada" e deliciosa branquinha ou "Mé de cana".
COPO LAGOINHA
" Gostaria de prestar um esclarecimento sobre as origens do famoso “COPO LAGOINHA”.
Primeiramente gostaria de destacar que tenho 60 anos e minha mãe Yolanda (94 anos), sendo que ela morou com sua irmã Carmelita Silveira Vaz de Mello, casada com Joaquim Séptimo Vaz de Mello, por muitos anos na Av. do Contorno esquina com a Praça da Lagoinha, na casa ao lado do conceituadíssimo Armazém Vaz de Mello, que foi de propriedade de Guilherme Ricardo Vaz de Mello (e seus filhos), mais conhecido como “BEDECO”. Consultando alguns parentes, e por conhecimento pessoal, nunca tivemos noticia de fábrica de copos de vidro neste bairro, daí estes esclarecimentos.
No ano de 1935, O Prefeito Octacílio Negrão de Lima, através de decreto deu a praça o nome de Coronel Guilherme Ricardo Vaz de Mello, em sua homenagem.
Precisamente neste armazém, meu Tio Quimquim, filho de Guilherme Ricardo, referido acima, vendia os copos da Nadir Figueiredo, que nunca foram fabricados em Belo Horizonte, mas de excelente qualidade, e conhecidos como copos Americanos.
Meu tio era muito brincalhão e batia com os copos sobre a bancada do armazém, às vezes até na beirada de bancos e meio-fios, e demonstrava que os mesmos não se quebravam.
Após o fechamento do armazém, nos anos 1950, ali se instalou um Bar em que muitos freqüentavam, tendo recebido por um primo, Fernando Vicente Vaz de Mello, o nome de Bar Maracanã. Neste bar, os copos americanos eram largamente usados para se beber a cerveja, pois eram de fácil limpeza e nunca se quebravam.
Ficam aqui alguns esclarecimentos. - BH, 07/07/2009
Flavio Edenlar P. Silva – BH – MG (flaviomelao@hotmail.com)
Primeiramente gostaria de destacar que tenho 60 anos e minha mãe Yolanda (94 anos), sendo que ela morou com sua irmã Carmelita Silveira Vaz de Mello, casada com Joaquim Séptimo Vaz de Mello, por muitos anos na Av. do Contorno esquina com a Praça da Lagoinha, na casa ao lado do conceituadíssimo Armazém Vaz de Mello, que foi de propriedade de Guilherme Ricardo Vaz de Mello (e seus filhos), mais conhecido como “BEDECO”. Consultando alguns parentes, e por conhecimento pessoal, nunca tivemos noticia de fábrica de copos de vidro neste bairro, daí estes esclarecimentos.
A ponte sobre o Ribeirão dos Arrudas, que aparece na foto de família mostrando a praça com a linha de bonde, a linha do trem Central do Brasil, uma carroça de leite na porta do armazém (à direita), era conhecida no inicio do século XX, como ponte do “Seu Bedeco”, pois ele era um grande comerciante naquele local, e tornou-se conhecido por sua bondade e benemerência, além de ser um comerciante exemplar.
No ano de 1935, O Prefeito Octacílio Negrão de Lima, através de decreto deu a praça o nome de Coronel Guilherme Ricardo Vaz de Mello, em sua homenagem.
Precisamente neste armazém, meu Tio Quimquim, filho de Guilherme Ricardo, referido acima, vendia os copos da Nadir Figueiredo, que nunca foram fabricados em Belo Horizonte, mas de excelente qualidade, e conhecidos como copos Americanos.
Meu tio era muito brincalhão e batia com os copos sobre a bancada do armazém, às vezes até na beirada de bancos e meio-fios, e demonstrava que os mesmos não se quebravam.
Após o fechamento do armazém, nos anos 1950, ali se instalou um Bar em que muitos freqüentavam, tendo recebido por um primo, Fernando Vicente Vaz de Mello, o nome de Bar Maracanã. Neste bar, os copos americanos eram largamente usados para se beber a cerveja, pois eram de fácil limpeza e nunca se quebravam.
Dizem os antigos freqüentadores que nesta época é que muitos começaram a usar o nome de COPO LAGOINHA, homenagem merecida ao bairro e a praça, de tantas glórias e paixões.
Nesta época a boemia era grande e a praça era toda comercio e centro irradiador para a zona Norte de Belo Horizonte, onde passavam os bondes que levavam os trabalhadores para as suas casas. Na praça haviam muitas casas comerciais e podemos citar a Casa das Chaves, Padaria Japonesa, Sapataria Sucuri, Farmácia Irmãos Diniz, Farmácia Vaz de Mello, entre outras. Na Av. Contorno tinha o Cinema São Geraldo, na Rua N. Sra. Fátima, o Cine Mauá, entre Av. Contorno e a N. Sra. De Fátima, tínhamos a Feira dos Produtores disputadíssima por todos. O bairro fervia de dia e à noite. Eram os bons tempos."
Ficam aqui alguns esclarecimentos. - BH, 07/07/2009
Flavio Edenlar P. Silva – BH – MG (flaviomelao@hotmail.com)
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