Foto: UNIVERSO - Lua cheia vista de minha janela
Minha mulher recebeu de uma amiga e me enviou o vídeo abaixo com a música de Chiquinha Gonzaga - LUA BRANCA.
Publiquei mais dois vídeos com a mesma música nas interpretações de Maria Bethânia e Verônica Sabino e em seguida a letra da música.
Essa é uma música eterna na cultura brasileira. Melodia e letra de rara beleza, simples, onde mais uma vez fica claramente demonstrado que o menos é mais. E que o amor é tema eterno.
Boa audição.
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Interpretação de Marcus Viana e Maria Tereza madeira
LUA BRANCA
Oh, lua branca de fulgores e de encanto,
Se é verdade que ao amor tu dás abrigo,
Vem tirar dos olhos meus, o pranto,
Ai, vem matar essa paixão que anda comigo.
Ai, por quem és, desce do céu, ó lua branca,
Essa amargura do meu peito, ó vem e arranca,
Dá-me o luar da tua compaixão,
Oh, vem, por Deus, iluminar meu coração.
E quantas vezes, lá no céu, me aparecias,
A brilhar em noite calma e constelada.
A sua luz então me surpreendia
Ajoelhado junto aos pés da minha amada.
Ela a chorar, a soluçar, cheia de pejo,
Vinha em seus lábios me ofertar um doce beijo.
Ela partiu, me abandonou assim,
Oh, lua branca, por quem és, tem dó de mim!
Se é verdade que ao amor tu dás abrigo,
Vem tirar dos olhos meus, o pranto,
Ai, vem matar essa paixão que anda comigo.
Ai, por quem és, desce do céu, ó lua branca,
Essa amargura do meu peito, ó vem e arranca,
Dá-me o luar da tua compaixão,
Oh, vem, por Deus, iluminar meu coração.
E quantas vezes, lá no céu, me aparecias,
A brilhar em noite calma e constelada.
A sua luz então me surpreendia
Ajoelhado junto aos pés da minha amada.
Ela a chorar, a soluçar, cheia de pejo,
Vinha em seus lábios me ofertar um doce beijo.
Ela partiu, me abandonou assim,
Oh, lua branca, por quem és, tem dó de mim!
LUA BRANCA |
MODINHA, da burleta de costumes cariocas FORROBODÓ |
Uma das mais célebres canções brasileiras e das mais conhecidas composições de Chiquinha Gonzaga, a modinha Lua branca tem história cercada de mistério. Foi escrita para a burletaForrodobó, representada no Teatro São José em junho de 1912, como modinha das personagens Sá Zeferina e Escandanhas, cujos versos originais mantêm o espírito de caricatura da peça. Em 1929, apareceu essa versão romântica com o título Lua branca gravada pelo cantor Gastão Formenti, sem que se conheça até hoje a autoria dos versos e do novo título. Entre as duas versões, houve um “arranjo” em disco com o título de Lua de fulgores, pelo cantor R. Ricciardi, pseudônimo do paulista Paraguassu, mas foi a versão gravada por Gastão Formenti, acompanhado ao piano pelo professor J. Otaviano, e a edição das Irmãos Vitale com harmonização feita pelo pianista que se consagrou. Chiquinha Gonzaga teve que reclamar a autoria da modinha, denunciando o plágio e obtendo a vitória através da Sbat, entidade fundada por ela. A versão original foi gravada como cena cômica por Pinto Filho e Maria Vidal, em 1930, com o título de Sá Zeferina. Também a melodia original com versos de Paulo César Pinheiro, tendo como título Serenata de uma mulher, foi gravada por Olívia Hime, em 1998. Já a versão canonizada como Lua branca tem numerosos registros fonográficos por cantores e instrumentistas como Paulo Tapajós, Paulo Fortes, Rosemary, Vânia Carvalho, Maria Bethânia, Verônica Sabino, Leila Pinheiro, Joana, Alessandra Maestrini, Antonio Adolfo, Eudóxia de Barros, Rosária Gatti, Marcus Vianna, Maria Teresa Madeira, Leandro Braga.
Vídeos: YouTube
Letra e pesquisa: Acervo Musical
Chiquinha Gonzaga
Foto: UNIVERSO
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