FOTO : INTERNET - Enviada por Eric Cohen ?
Colha o dia, confia o mínimo no amanhã.
Não perguntes, saber é proibido, o fim que os deuses darão a mim ou a você,
Leuconoe, com os adivinhos da Babilônia não brinque.
É melhor apenas lidar com o que cruza o seu caminho.
Se muitos invernos Júpiter te dará ou se este é o último, que agora bate nas rochas da praia com as ondas do mar.
Tirreno: seja sábio, beba seu vinho e para o curto prazo reescale suas esperanças.
Mesmo enquanto falamos, o tempo ciumento está fugindo de nós.
Colha o dia, confia o mínimo no amanhã.
Podemos sempre ser melhores. Basta pensarmos melhor.
LATIM
Tu ne quaesieris, scire nefas, quem mihi, quem tibifinem di dederint, Leuconoe, nec Babyloniostemptaris numeros. ut melius, quidquid erit, pati.seu pluris hiemes seu tribuit Iuppiter ultimam,quae nunc oppositis debilitat pumicibus mareTyrrhenum: sapias, vina liques et spatio brevispem longam reseces. dum loquimur, fugerit invidaaetas: carpe diem quam minimum credula postero.
TRADUÇÃO
Tu não indagues (é ímpio saber) qual o fim que a mim e a ti os deusestenham dado, Leuconoé, nem recorras aos números babilônicos. Tãomelhor é suportar o que será! Quer Júpiter te haja concedido muitosinvernos, quer seja o último o que agora debilita o mar Tirreno nasrochas contrapostas, que sejas sábia, coes os vinhos e, no espaçobreve, cortes a longa esperança. Enquanto estamos falando, teráfugido o tempo invejoso; colhe o dia, quanto menos confia no deamanhã.
(Trad: ACHCAR, Francisco. Lírica e lugar-comum: alguns temas de Horácio e sua presença em português. São Paulo: Edusp, 1994. p. 88)
Odes (I, 11.8) do poeta romano Horácio (65 - 8 AC)
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