Hoje, falarei um pouco sobre as mãos, da maneira que eu as vejo. Se refletirmos a cada parte do nosso corpo, com certeza além do biológico, que eu não sei nada, tem tantas coisas boas, ruim, ou tristes, enfim depende do nosso entendimento, um mundo em cada Órgãos de nosso maravilhoso vaso onde foi plantado nosso espírito, que Deus nos presenteou aos reencarnarmos. Vejamos: para mim, muitas vezes as mão não tem rosto, não tem corpo, mas tem som. O som que sai da boca de alguem em forma de palavras, podem nos machucar, nos por para baixo, mas também pode nos dar animo, alegria, gratidão. Sabem porque? digo isso, pois pela minha dificuldade de enxergar, sempre preciso estar atenta, principalmente para atravessar as ruas. E sempre tem um mãos amiga, uma mão solidária, que me pergunta se quero ajuda, para atravessar, aceito sempre! pois é reconfortante o auxílio e carinho. Diante disso, o que consigo ver é uma mão estendida, para eu segurar, nos braços, outras vezes, colocam a mão no meu braço, e outras até seguram mesmo na minha mão. A maioria das vezes essa mão, não vejo a porque se quiser ver, tenho que fazer algo que no mínimo fica deselegante, ou pode dar a impressão de ingratidão. É que para eu conseguir enxergar o rosto da pessoa que está me auxiliando preciso parar, me soltar dela e me afastar, para poder focaliza la, isso se deve ao fato que minha visão ser tubular, precisaria de quase um metro de afastamento. Isso ficaria esquisito para a pessoas que me ajuda. Diante disso, não vejo o rosto, sei se é homem ou mulher pelo tom da voz, e tenho absoluta certeza que são pessoas maravilhosas, digna de confiança, sensíveis pois estão alí de passagem e se propõem em auxiliar o próximo, no caso uma próxima heheh. As vezes brinco, perguntando se podemos ir, e lembro que se eu for atropelada, ele ou ela também será, brincadeira a parte não tenho que me queixar, dificilmente preciso pedir ajuda, sempre tem um alma boa para me ajudar.
Engraçado que não fico curiosa para ver o rosto, simplesmente aceito, agradeço, cada um seguindo seu caminho, eu com a alegria de saber que tem pessoas que se importam. Agradeço a todas as mãos, sem rostos que nos ajudam.
Ex: de mãos, que juntas em prece, que salvam em cirurgia, que acariciam, que cobrem um irmãos, nossa são muitas coisas boas com as mãos, tem as ruim tb, mas essas eu deixo pra lá.
E tem as mãos estendidas para ajudar a levantar, seu próximo, seu irmão que está no chão, pela magoa, pelo sofrimento, muitas vezes sem força. Como estender as mãos ao próximo é um ato de amor,, de caridade, e tão importante que com este gesto vidas podem ser salvas.
Obrigada.
Bel Talarico
Postado por Izabel Talarico no BLOG BENGALA MÁGIC@ -http://bengalamagica.blogspot.com "Bengala Magic@" - Diário de uma deficiênte visual
Aproveitei para postar o vídeo abaixo com Bibi Ferreira apresentando o "Monólogo das Mãos"
Monólogo das Mãos
De Ghiaroni
Para que servem as mãos?
As mãos servem para pedir, prometer, chamar, conceder,
ameaçar, suplicar, exigir, acariciar, recusar, interrogar, admirar,
confessar, calcular, comandar, injuriar, incitar, teimar, encorajar,
acusar, condenar, absolver, perdoar, desprezar, desafiar, aplaudir,
reger, benzer, humilhar, reconciliar, exaltar, construir, trabalhar, escrever...
As mãos de Maria Antonieta, ao receber o beijo de Mirabeau,
salvou o trono da França e apagou a auréola do famoso revolucionário;
Múcio Cévola queimou a mão que, por engano não matou Porcena;
foi com as mãos que Jesus amparou Madalena;
com as mãos David agitou a funda que matou Golias;
as mãos dos Césares romanos decidiam a sorte dos gladiadores vencidos na arena;
Pilatos lavou as mãos para limpar a consciência;
os anti-semitas marcavam a porta dos judeus com as mãos vermelhas como signo de morte!
Foi com as mãos que Judas pôs ao pescoço o laço que os outros Judas não encontram.
A mão serve para o herói empunhar a espada e o carrasco, a corda;
o operário construir e o burguês destruir;
o bom amparar e o justo punir;
o amante acariciar e o ladrão roubar;
o honesto trabalhar e o viciado jogar.
Com as mãos atira-se um beijo ou uma pedra, uma flor ou uma granada, uma esmola ou uma bomba!
Com as mãos o agricultor semeia e o anarquista incendeia!
As mãos fazem os salva-vidas e os canhões; os remédios e os venenos; os bálsamos e os instrumentos de tortura, a arma que fere e o bisturi que salva.
Com as mãos tapamos os olhos para não ver, e com elas protegemos a vista para ver melhor.
Os olhos dos cegos são as mãos.
As mãos na agulheta do submarino levam o homem para o fundo como os peixes;
no volante da aeronave atiram-nos para as alturas como os pássaros.
O autor do "Homo Rebus" lembra que a mão foi o primeiro prato para o alimento e o primeiro copo para a bebida;
a primeira almofada para repousar a cabeça, a primeira arma e a primeira linguagem. Esfregando dois ramos, conseguiram-se as chamas.
A mão aberta, acariciando, mostra a bondade;
fechada e levantada mostra a força e o poder;
empunha a espada a pena e a cruz!
Modela os mármores e os bronzes;
da cor às telas e concretiza os sonhos do pensamento e da fantasia nas formas eternas da beleza. Humilde e poderosa no trabalho, cria a riqueza; doce e piedosa nos afetos medica as chagas, conforta os aflitos e protege os fracos.
O aperto de duas mãos pode ser a mais sincera confissão de amor, o melhor pacto de amizade ou um juramento de felicidade.
O noivo para casar-se pede a mão de sua amada;
Jesus abençoava com a s mãos;
as mães protegem os filhos cobrindo-lhes com as mãos as cabeças inocentes.
Nas despedidas, a gente parte, mas a mão fica, ainda por muito tempo agitando o lenço no ar. Com as mãos limpamos as nossas lágrimas e as lágrimas alheias.
E nos dois extremos da vida, quando abrimos os olhos para o mundo e quando os fechamos para sempre ainda as mãos prevalecem.
Quando nascemos, para nos levar a carícia do primeiro beijo, são as mãos maternas que nos seguram o corpo pequenino.
E no fim da vida, quando os olhos fecham e o coração pára, o corpo gela e os sentidos desaparecem, são as mãos, ainda brancas de cera que continuam na morte as funções da vida.
E as mãos dos amigos nos conduzem...
E as mãos dos coveiros nos enterram!
Para que servem as mãos?
As mãos servem para pedir, prometer, chamar, conceder,
ameaçar, suplicar, exigir, acariciar, recusar, interrogar, admirar,
confessar, calcular, comandar, injuriar, incitar, teimar, encorajar,
acusar, condenar, absolver, perdoar, desprezar, desafiar, aplaudir,
reger, benzer, humilhar, reconciliar, exaltar, construir, trabalhar, escrever...
As mãos de Maria Antonieta, ao receber o beijo de Mirabeau,
salvou o trono da França e apagou a auréola do famoso revolucionário;
Múcio Cévola queimou a mão que, por engano não matou Porcena;
foi com as mãos que Jesus amparou Madalena;
com as mãos David agitou a funda que matou Golias;
as mãos dos Césares romanos decidiam a sorte dos gladiadores vencidos na arena;
Pilatos lavou as mãos para limpar a consciência;
os anti-semitas marcavam a porta dos judeus com as mãos vermelhas como signo de morte!
Foi com as mãos que Judas pôs ao pescoço o laço que os outros Judas não encontram.
A mão serve para o herói empunhar a espada e o carrasco, a corda;
o operário construir e o burguês destruir;
o bom amparar e o justo punir;
o amante acariciar e o ladrão roubar;
o honesto trabalhar e o viciado jogar.
Com as mãos atira-se um beijo ou uma pedra, uma flor ou uma granada, uma esmola ou uma bomba!
Com as mãos o agricultor semeia e o anarquista incendeia!
As mãos fazem os salva-vidas e os canhões; os remédios e os venenos; os bálsamos e os instrumentos de tortura, a arma que fere e o bisturi que salva.
Com as mãos tapamos os olhos para não ver, e com elas protegemos a vista para ver melhor.
Os olhos dos cegos são as mãos.
As mãos na agulheta do submarino levam o homem para o fundo como os peixes;
no volante da aeronave atiram-nos para as alturas como os pássaros.
O autor do "Homo Rebus" lembra que a mão foi o primeiro prato para o alimento e o primeiro copo para a bebida;
a primeira almofada para repousar a cabeça, a primeira arma e a primeira linguagem. Esfregando dois ramos, conseguiram-se as chamas.
A mão aberta, acariciando, mostra a bondade;
fechada e levantada mostra a força e o poder;
empunha a espada a pena e a cruz!
Modela os mármores e os bronzes;
da cor às telas e concretiza os sonhos do pensamento e da fantasia nas formas eternas da beleza. Humilde e poderosa no trabalho, cria a riqueza; doce e piedosa nos afetos medica as chagas, conforta os aflitos e protege os fracos.
O aperto de duas mãos pode ser a mais sincera confissão de amor, o melhor pacto de amizade ou um juramento de felicidade.
O noivo para casar-se pede a mão de sua amada;
Jesus abençoava com a s mãos;
as mães protegem os filhos cobrindo-lhes com as mãos as cabeças inocentes.
Nas despedidas, a gente parte, mas a mão fica, ainda por muito tempo agitando o lenço no ar. Com as mãos limpamos as nossas lágrimas e as lágrimas alheias.
E nos dois extremos da vida, quando abrimos os olhos para o mundo e quando os fechamos para sempre ainda as mãos prevalecem.
Quando nascemos, para nos levar a carícia do primeiro beijo, são as mãos maternas que nos seguram o corpo pequenino.
E no fim da vida, quando os olhos fecham e o coração pára, o corpo gela e os sentidos desaparecem, são as mãos, ainda brancas de cera que continuam na morte as funções da vida.
E as mãos dos amigos nos conduzem...
E as mãos dos coveiros nos enterram!
Vídeo: YouTube - Foto e Texto do Monólogo das Mãos: Internet
Menino! que lindo esse monólogo com a Bibi, ficou ótima esta tua postagem, Mais o vídeo é D+, acho que agora sou eu que vou pedir licença da sua idéia e postar esse vídeo, em outro Blog. Pois o bengala é só escrito para meus amigos invisuais poderem ler. Obrigada J,Universo. Gosto muito desse nome Universo.Um abraço fraterno pra ti, vovô universo. hehe
ResponderExcluirHá esqueci de dizer que mão mais linda essa da foto. Me emocionei! e pensei! será que chegarei aos anos para ter uma mão tão linda assim. Quanta coisas essa mão vivenciou.Bjs
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