terça-feira, 11 de novembro de 2014

Walmor Chagas - Última cena, último ato de uma vida


Walmor de Souza Chagas, nasceu em Porto Alegre, dia 28 de agosto de 1930, faleceu em Guaratinguetá, no dia 18 de janeiro de 2013.
Foi um ator, diretor, autor e produtor teatral brasileiro. Era viúvo da atriz Cacilda Becker e deixou uma filha, cantora, Maria Clara Becker Chagas.

Na década de 50 muda-se para São Paulo, cursa as Faculdades de Filosofia, Letras e Ciências Humanas e de Filosofia ambas da Universidade de São Paulo.

No teatro e cinema teve expressivas participações, foi um artista que criou grandes e marcantes personagens.

Criou juntamente com Ítalo Rossio Teatro das Segundas - Feiras e em 1954 estreou no TBC - Teatro Brasileiro de Comédia.

Recebeu vários prêmios por suas atuações no teatro e no cinema.

Na TV atuou em várias novelas e minisséries. Destaques para Locomotivas, vereda Tropical, Eu Prometo, Salsa e Merengue, Coração Alado, A Favorita,, Avenida Paulista, O Pagador de Promessas, os Maias, Mad Maria.

Foi casado por 13 anos com a atriz Cacilda Becker, que faleceu em 1969, aos 48 anos de aneurisma cerebral..

Walmor estava diabético e com degeneração macular, isso o deixava muito triste por não poder mais ler, o que mais gostava de fazer. Aos 82 anos, começou a ficar dependente da filha o que o deixava triste e preocupado, por estar dando trabalho.

Vivia em sua fazenda, onde morreu, num último ato de vida, tal qual o personagem de sua última peça, de 2004, "Um Homem Indignado". No cinema seu último trabalho foi em "A Coleção Invisível", de Bernard Attal.



Cena com Walmor Chagas e Leonardo Vieira (Pedro da Maia), minissérie "Os Mais" - Rede Globo, 2001, de Maria Adelaide Amaral, baseada no romance homônimo de Eça de Queiroz


Cena com Walmor Chagas (Don Afonso) e Fábio Assunção, a morte de Don Afonso, da minissérie "Os Maias".



                  Walmor na cena do filme Valsa para Brun Stein de 2007, de Paulo Nascimento


Walmor Chagas e Cacilda Becker

         O ator Walmor Chagas em cena de seu último espetáculo teatral, "Um Homem Indignado"


Vídeos - fotos e pesquisa: YouTube e Internet - Wikipédia

MPQ - Música Popular de Qualidade - Lua Branca - Chiquinha Gonzaga

Foto: UNIVERSO - Lua cheia vista de minha janela

Minha mulher recebeu de uma amiga e me enviou o vídeo abaixo com a música de Chiquinha Gonzaga - LUA BRANCA.
Publiquei mais dois vídeos com a mesma música nas interpretações de Maria Bethânia e Verônica Sabino e em seguida a letra da música.
Essa é uma música eterna na cultura brasileira. Melodia e letra de rara beleza, simples, onde mais uma vez fica claramente demonstrado que o menos é mais. E que o amor é tema eterno.

Boa audição.

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Interpretação de Marcus Viana e Maria Tereza madeira






LUA BRANCA

Oh, lua branca de fulgores e de encanto, 
Se é verdade que ao amor tu dás abrigo, 
Vem tirar dos olhos meus, o pranto, 
Ai, vem matar essa paixão que anda comigo. 

Ai, por quem és, desce do céu, ó lua branca, 
Essa amargura do meu peito, ó vem e arranca, 
Dá-me o luar da tua compaixão, 
Oh, vem, por Deus, iluminar meu coração. 

E quantas vezes, lá no céu, me aparecias, 
A brilhar em noite calma e constelada. 
A sua luz então me surpreendia 
Ajoelhado junto aos pés da minha amada. 

Ela a chorar, a soluçar, cheia de pejo, 
Vinha em seus lábios me ofertar um doce beijo. 
Ela partiu, me abandonou assim, 
Oh, lua branca, por quem és, tem dó de mim! 


LUA BRANCA

MODINHA, da burleta de costumes cariocas FORROBODÓ

Uma das mais célebres canções brasileiras e das mais conhecidas composições de Chiquinha Gonzaga, a modinha Lua branca tem história cercada de mistério. Foi escrita para a burletaForrodobó, representada no Teatro São José em junho de 1912, como modinha das personagens Sá Zeferina e Escandanhas, cujos versos originais mantêm o espírito de caricatura da peça. Em 1929, apareceu essa versão romântica com o título Lua branca gravada pelo cantor Gastão Formenti, sem que se conheça até hoje a autoria dos versos e do novo título. Entre as duas versões, houve um “arranjo” em disco com o título de Lua de fulgores, pelo cantor R. Ricciardi, pseudônimo do paulista Paraguassu, mas foi a versão gravada por Gastão Formenti, acompanhado ao piano pelo professor J. Otaviano, e a edição das Irmãos Vitale com harmonização feita pelo pianista que se consagrou. Chiquinha Gonzaga teve que reclamar a autoria da modinha, denunciando o plágio e obtendo a vitória através da Sbat, entidade fundada por ela. A versão original foi gravada como cena cômica por Pinto Filho e Maria Vidal, em 1930, com o título de Sá Zeferina. Também a melodia original com versos de Paulo César Pinheiro, tendo como título Serenata de uma mulher, foi gravada por Olívia Hime, em 1998. Já a versão canonizada como Lua branca tem numerosos registros fonográficos por cantores e instrumentistas como Paulo Tapajós, Paulo Fortes, Rosemary, Vânia Carvalho, Maria Bethânia, Verônica Sabino, Leila Pinheiro, Joana, Alessandra Maestrini, Antonio Adolfo, Eudóxia de Barros, Rosária Gatti, Marcus Vianna, Maria Teresa Madeira, Leandro Braga.

Vídeos: YouTube
Letra e pesquisa: Acervo Musical
Chiquinha Gonzaga
Foto: UNIVERSO