sexta-feira, 9 de março de 2012

Abaporu - Tarsila do Amaral

Tarsila do Amaral - Pintora brasileira, modernista, participou da semana de 1925. Seu quadro mais famoso, ABAPORU, encontra-se no Museu de Arte Latino americano de Buenos Aires - MALBA. Foi adquirido por US$ 1,5 milhoes de dólares, em 1995, pelo colecionador argentino Eduardo Costantini. Entrevistado, Costantini disse que o ABAPORU retornará ao Brasil, quando for criado um MALBA no Rio de Janeiro ou Sao Paulo.

Infelizmente, até a data, não ouvi ou li que alguma grande empresa, mecenas da arte ou governo brasileiro tenham se manifestado à respeito


ABAPOPRU 1928 - TARSILA DO AMARAL - Pincel e óleo sobre tela 
Tarsila deu ênfase ao trabalho braçal, pintando os pés e mãos grandes, valorizando o trabalho braçal e com a cabeça pequena desvalorizou o trabalho mental, que tinha na época menor importância
 Tarsila, presenteou a Oswald de Andrade, seu marido, pelo seu aniversário com o Abaporu.
Abaporu significa, "homem que come gente" em língua indígena Tupi. O quadro inspirou a Oswald de Andrade a escrever e criar o Manifesto Antropofágico, e a Semana de Arte Moderna, que reuniu vários escritores, pintores, escultores, jornalistas, intelectuais e pessoas ligadas arte e a cultura que queriam uma nova visão da arte brasileira, até então influenciada pelo que vinha do exterior, em especial da Europa e se agitava com o que na nova ordem cultural que também chegava até aqui, vindo do velho continente europeu..

Criou-se a Semana de Arte Moderna para "comer" a arte até então prenha das influências externas, deglutir e fazer nascer uma arte voltada para os simbolismos culturais brasileiros adotando o que de moderno estava surgindo na música, pintura, arquitetura, poesia, literatura na Europa, adaptando-a à realidade brasileira.

Participaram do evento realizado no Teatro Municipal de São Paulo, nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922 e fizeram parte do movimento : Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Victor Becheret, Anita Malfatti, Guilherme de Almeida, Plínio Salgado, Menotti Del Pichia, Heitor Villa-Lobos, Sérgio Milliet, Tácito de Almeida, Di Cavalcanti, Milton da Costa, Lasar Segal, Ismael Nery, Rubens Borba de Moraes  que foi um dos organizadores da Semana, mas não participou do evento por se achar enfermo.

Pesquisa e imagem: Internet e Wikipédia

Mineirismos

Dona Juaninha dos Anzóis Pereira - Foto: UNIVERSO
Oh! Minas Gerais, que foi criada pelo compositor mineiro de Santa Maria de Itabira, José Duduca de Moraes, faleceu em Juiz de Fora. De Moraes, fez uma adaptação na letra da canção italiana Viene Sul Mare e criou valsa Oh! Minas Gerais, o "Hino do Povo Mineiro", não oficial. Cantado e conhecido em todo o Brasil. Pelo menos, o estribilho.


O compositor José Duduca de Moraes, autor da valsa Minas Gerais ("Oh, Minas Gerais/ Quem te conhece não esquece jamais/Oh, Minas Gerais"), morreu em 25 de novembro de 2002, aos 90 anos, em Juiz de Fora. De Moraes, como era conhecido, Considerada o hino não oficial do Estado, Minas Gerais foi escrita há 60 anos e é uma versão de uma valsa italiana, Viene Sul Mare.

BLOG DA CLÁUDIA FIGUEIREDO de Juiz de Fora

De Moraes nasceu em Santa Maria de Itabira, em 1912, e fez carreira no rádio, em parceria com nomes como Manezinho Araújo, Zé Praxedis e Antenógenes Silva. Foi autor de centenas de músicas, entre valsas, marchinhas, quadrilhas, modas e rasqueados. Em 1997, ganhou uma coletânea com 14 faixas lançadas pela Odeon nos anos 40.

"O falecimento, em Juiz de Fora, do compositor itabirano De Moraes comove a gente mineira. Devemos a ele a criação de Oh! Minas Gerais, hino do Estado pela vontade popular. Desde que foi gravada pela primeira vez, há sessenta anos, a canção passou a ser entoada em louvor a Minas, a fim de expressar o júbilo da terra natal e os valores da nossa cultura. Tentativas de se escolher e oficializar outro hino contribuíram para fixar, definitivamente, no sentimento geral, os versos de De Moraes, agregados à valsa Viene Sul Mare ".
(Itamar Franco - Governador de Minas Gerais)

Oh! Minas Gerais 
   
Oh! Minas Gerais
Oh! Minas Gerais
Quem te conhece
Não esquece jamais
Oh! Minas Gerais

Tuas terras que são altaneiras
O seu céu é do puro anil
És bonita oh terra mineira
Esperança do nosso Brasil
Tua lua é a mais prateada
Que ilumina o nosso torrão
És formosa oh terra encantada
És orgulho da nossa nação

Oh! Minas Gerais
Oh! Minas Gerais
Quem te conhece
Não esquece jamais
Oh! Minas Gerais

Teus regatos a enfeitam de ouro
Os teus rios carreiam diamantes
Que faíscam estrelas de aurora
Entre matas e penhas gigantes
Tuas montanhas são preitos de ferro
Que se erguem da pátria ao cantil
Nos teus ares suspiram serestas
És altar deste imenso Brasil

Oh! Minas Gerais
Oh! Minas Gerais
Quem te conhece
Não esqueces jamais
Oh! Minas Gerais.

Valsa Viene Sul Mare - Canção italiana com letra adaptada de De Moraes 
para a canção, Oh! Minas Gerais
Dica: Sylvio Bazote - Historiador de Juiz de Fora
Foto de De Moraes: Funalfa  
Conheça mais sobre a FUNALFA:  mhttp://www.pjf.mg.gov.br/funalfa/index.php

Prato do dia - Rabada com mandioca e cebolinha

Rabada com mandioca e cebolinha - Clique nas fotos para ampliar

Ingredientes:
Dependendo do número de comilões mais de uma rabada com pedaços médios e pequenos (rabo de boi ou vaca, afinal, não sei qual dos dois entrou na fria e foi premiado), peça ao seu açougueiro para reservar com antecedência.
A quantidade de mandioca vai variar também, deve ser uma mandioca de qualidade, daquelas que desmancham ao cozinhar, pode ser do tipo cacau ou manteiga Foi usada a cacau.
Cebolinha picada a gosto - o ideal é colocar a cebolinha quando a rabada e mandioca já estiverem prontas para servir. Deixe ficar "no bafo" por uns minutos.
Fica melhor fazer com um molhe de Agrião, deixando-o no bafo como foi feito com a cebolinha.
Só não foi usado Agrião, por total preguiça de sair de casa para ir comprar.
Alho, cebola, sal, 1 folha de louro e pimenta para refogar a rabada e apurar o tempero a gosto do "Breguês".
Suco de 1 limão

Modo de preparar:
Deixe a rabada de molho, por cerca de 1/2 hora, em água com o suco de limão. A carne fica mais clara e sem o ranço da morte. Você acha que o animal morre feliz?
Escorra a água, passe mais uma água na rabada e ponha para refogar na panela de pressão, com óleo, e tempero de sal, alho e cebola.
Quando estiver refogada, tampe a panela de pressão e deixe cozinhar, em fogo médio, por cerca de 20 a 25 minutos, após a panela começar a soltar o vapor (chiar).
Fica bem macia e começando a desmanchar. Retire a rabada e reserve.
Coloque a mandioca, em pedaços, para cozinhar na mesma água em que cozinhou a rabada. Deixe cozinhar em fogo médio, por cerca de 3 minutos, depois da panela começar a soltar o vapor (chiar).
Numa panela grande, coloque a rabada e a mandioca com o caldo do cozimento obrido na panela de pressão. deixe em fogo lento, tomar gosto, apure o tempero a gosto, junte uma folha de louro e quando estiver no ponto, apague o fogo e adicione a cebolinha ou o agrião, ou os dois, tampe a panela e deixe no bafo para o agrião amolecer.
Sirva em seguida com arroz branco.
A porção que está na foto, dá para 4 pessoas comerem muito bem.
Uma pinguinha mineira - dose pequena, familiar, somente para tirar o zinabre da serpentina e abrir os caminhos - e uma cervejinha no ponto, são bem vindos como acompanhantes e para lubrificar o "papo", se é que alguém vai querer perder tempo conversando nessa hora tão importante.

DICA: 1 - Adenir, não vale cerveja sem álcool e nem fazer regime nessa hora.
              2 - Reserve os ossos para a cachorrada, eles também são filhos de Deus


Preparo do prato: WALCIRA - Fotos, lavar as vasilhas e sesta depois do almoço: UNIVERSO