sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Concurso para escolher o Melhor Pão de Queijo de Belo Horizonte

Abaixo trecho de matéria postada pelo Rusty Marcellini em seu blog, sobre o concurso de Melhor Pastel de Feira de São Paulo, em que sugeri a realização de um concurso similar em Belo Horizonte para se eleger o melhor Pão de Queijo artesanal.

No dia seguinte ao concurso de melhor pastel de feira de SP, recebi um e-mail de José Universo Soares, amigo e ouvinte do CBN Sabores BH, que sugeriu fazermos o mesmo em BH, só que ao invés do pastel de feira, elegeríamos o melhor pão de queijo artesanal da cidade.
Veja o que ele escreveu em seu e-mail: “Rusty, você que está entrosado no segmento gastronômico poderia abraçar a idéia de se fazer um festival para se eleger o melhor Pão de Queijo de BH, a exemplo do concurso que houve em Sampa para se eleger o melhor pastel de feira. Não vale concorrer pão de queijo industrializado, só receitas caseiras. O local? Embaixo das árvores da Av. Bernardo Monteiro, onde se realizam as feiras das flores e de antiguidades”.

Excelente a idéia do Universo Soares. Quem sabe no futuro o CBN Sabores BH não acate esta louvada idéia, se associe a órgãos públicos, privados, e associações, e organize tal concurso?

Foto: Via Blog do Rusty

Nossa Truculência - Clarice Lispector

Quando penso na alegria voraz
com que comemos galinha ao molho pardo,
dou-me conta de nossa truculência.
Eu, que seria incapaz de matar uma galinha,
tanto gosto delas vivas
mexendo o pescoço feio
e procurando minhocas.
Deveríamos não comê-las e ao seu sangue?
Nunca.
Nós somos canibais,
é preciso não esquecer.
E respeitar a violência que temos.
E, quem sabe, não comêssemos a galinha ao molho pardo,
comeríamos gente com seu sangue.

Minha falta de coragem de matar uma galinha
e no entanto comê-la morta
me confunde, espanta-me,
mas aceito.
A nossa vida é truculenta:
nasce-se com sangue
e com sangue corta-se a união
que é o cordão umbilical.
E quantos morrem com sangue.
É preciso acreditar no sangue
como parte de nossa vida.
A truculência.
É amor também.
Postado por Luiz Edmundo Germano Alvarenga no Blog do Alvarenga em 10/30/2009 10:21:00 AM
Foto: Internet