segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Desorganizado futebol brasileiro, ressaca do povo brasileiro


A seleção brasileira de futebol, especializou-se em "valorizar a posse de bola", como insistem os locutores e comentaristas esportivos (cuspidores nas latinhas - microfones), segundo meu pai, com 94 anos de idade, ex-locutor esportivo.
Esse sistema de jogo criado pelo retranqueiro Parreira, consiste que o time tem que ter a maior posse de bola. Com isso, a seleção passou a jogar no sistema "CARANGUEJO":  BOLA PRUM LADO, BOLA PRO OUTRO. BOLA PRA TRÁS, BOLA PRO UM LADO, BOLA PRO OUTRO, BOLA PRA TRÁS.

Futebol é bola pra frente e dentro do gol do adversário, na maior velocidade possível e com o mínimo de toques na bola.

Hoje, o maior adversário da seleção brasileira é ela mesma. Principalente quando entra em campo de salto alto, gel no cabelo, de mãos dadas e orando a cada lance.

Com os técnicos que temos, são bons no blá, blá, blá, nas coletivas de imprensa, principalmente nas justificativas de mais uma péssima partida e derrota ( também, é cada nível de pergunta, cada uma mais idiota do que a a outra). E com a estrutura viciada que está aí, não dá para ter uma seleção que jogue de maneira agressiva, competitiva e consistente, com as características do nosso futebol. Parem de querer imitar  e adaptar o futebol europeu. Temos que criar o nosso sistema de jogar, que sempre foi o nosso diferencial.

Jogadores, são tratados como "Pop Star", não são tratados como atletas, homens e funcionários de uma empresa. São adulados pelos dirigentes. Se preocupam mais com a aparência estética, cabelos, brincos, chuteiras coloridas e reza, muita reza. Como se isso, fosse a garantia de bons resultados. esquecem que tem que fazer a parte deles, que é jogar futebol dentro das quatro linhas.

Também, os clubes não são empresas, são verdadeiras caixas de Pandora, onde quem se dá sempre bem, ganhando ou perdendo, são os dirigentes e os técnicos.
Há uma enxurrada de empresários que possuem a vida dos jogadores em suas mãos, compram e vendem, para quem tiver disponibilidade. Se o jogador deseja jogar em um clube ou país, estão pouco se lixando. Sabem que se não der certo, vão vender o jogador para outro clube. Um clube não mantém a mesma equipe por duas temporadas, sempre há o desmanche, visando o ganho de dinheiro e que depois é sempre aplicado errado.

Aí, os clubes que levam os jovens jogadores, muitos sem ter um corpo musculoso, mas, com grande agilidade, que os levam a serem ágeis no trato com a bola, passam a receber um tratamento físico que os transformam em pesados e com menos agilidade.

Quando terminam, aqueles que ficam e se destacam, as temporadas lá fora, retornam ao país para um final de carreira sem o mesmo brilho, malemolência, agilidade e com um futebol de menos brilho.

Muitos jogadores terminam suas carreiras de maneira lamentavel, pois não foram preparados pelos seus clubes de origem a viverem com a glória e o dinheiro, que alguns poucos conseguem ganhar e manter.

Poucos são os que conseguem manter a cabeça no lugar, se realizam, e retornam para uma aposentadoria dourada.

Só se fala em 2014, tudo gira em torno da Copa do Mundo no Brasil, como se isso fosse ser a redenção e solução de todas as nossas miseraveis mazelas.

Não desdenho, não desejo maus agouros. Apenas, não me iludo com esse circo. Procuro manter a minha lucidez, pois isso não passa de jogo de futebol, um esporte.

Isso, em nada mudará minha forma de ser e viver. Eu não me deixo levar por essa tola fantasia, esse circo midiático.

Prefiro manter minha visão e mente alertas, e ser feliz sem o uso do Ópio do Povo, o manipulado e surrado futebol brasileiro.

Rico e maltratado futebol brasileiro que tem o seu principal dirigente como medalhista de ouro, com uma medalha surripiada.

Assista ao vídeo com a cena do "recebimento" da medalha.

Vídeo: YouTube - ESPN

Solvência dos Jogos, insolvência do legado - De Londres, Aylê-Salassié

 O Brasil não pode se atolar em dívidas com a organização das Olímpiadas de 2014

(London Bridge UCB News)

O prefeito de Londres, Boris Johnson pretende transformar o Parque Olímpico na maior área de lazer da cidade de Londres. Isso não vai acontecer de imediato, porque ele precisa de mais 300 milhões de libras, e a maior parte desse dinheiro será aplicada a fundo perdido para desconstruir o que foi levantado para ter vida temporária. Incluem-se aí pontes, jardins, edifícios para apoio às delegações, a redução do número de lugares nos estádios e até o destino da Vila Olímpica.

O local vai passar a ter o nome de Queen Elizabeth Olympic Park e abrigará algumas das importantes instituições de arte e lazer como grandes galerias,companhias de teatro, festivais, shows e uma parte do espaço será repassado a empresas imobiliárias para construção de residências, explica Daniel Moylan presidente da Corporação do Desenvolvimento do Legado das Olimpíadas.

Enfim, encerrado os Jogos , os ingleses que chegaram a 65 medalhas, 29 de ouro, vão fazer as contas para estabelecer o valor real de cada medalha. Vão enfrentar a realidade da economia que, no trimestre anterior, ainda em pleno desenvolvimento das obras olímpicas, cresceu apenas 0,7%. A partir de agora já não terão as Olimpíadas para gerar emprego, e estão com uma fatura de mais de 9 bilhões de libras para pagar. Alguns desses gastos vão ser cobertos pela bilheteria dos Jogos, a venda de algumas estruturas. Fala-se que o velódromo de Londres iria para o Rio de Janeiro.

Essa questão de herança dos Jogos é muito séria para ser ignorada. É hoje uma das exigências do Comitê Olímpico Internacional o anfitrião demonstrar capacidade de solvência das dívidas. Os custos dos Jogos de Montreal foram pagos indiretamente, durante dez anos, pela população. Contudo, o contrário aconteceu nos Jogos de Los Angeles e Atlanta, onde custos foram cobertos por um consórcio de grandes empresas, chegando a registrar lucro de US 230 milhões. A fórmula não vingou em Londres. A iniciativa privada financiou apenas parte dos gastos.

O modelo de Los Angeles poderia até ser experimentado no Brasil, mas dificilmente vingaria, porque o governo brasileiro não abre mão de intervir na administração dos Jogos. O knesianismo brasileiro, supera o próprio Keynes. No final de 2016, a conta do Brasil deve ser bem mais alta que a da Inglaterra, porque os investimentos sistemáticos começarão desde 2013 com a Copa das Confederaç ões, Copa do Mundo de Futebol (2014), Olímpiadas de 2016. Dificilmente o PAC resistirá ao volume de investimentos que deverão ser feitos. O governo e as autoridades esportivas estão confiantes no caixa do BNDES, mas ele não é um fundo inesgotável.

No Brasil os governos empurram com a barriga gastos como esses, deixando a conta para o governante seguinte, que culpa o que saiu, e assim as dívidas rolam pelos tribunais até o dinheiro e os responsáveis desaparecerem. Em Londres, não. A avaliação contábil dos jogos começa agora. Os britânicos querem saber se os benefícios foram tangíveis. Depois de debut nos Jogos, os esportes entram agora na avenida dos políticos, economistas e contadores para quantificar os impactos sobre o PIB inglês, que deverá ser conhecido já no final do outono. Não parece ser o caso da Inglaterra, mas, para o Brasil, os Jogos de Atenas são exemplo para não ser esquecido.

Brasil precisa de mais ouro. - De Londres, Aylê-Salassié


Quer uma medalha? Toma!!!

(London Bridge UCB News)
O Brasil começou atropelando nos Jogos Olímpicos de Londres, depois deu uma apagada que só sendo torcedor para sentir. Mas a arrancada final, à parte a frustração com o futebol, foi alentadora. O Brasil vai sair das Olimpíadas de Londres 2012 com 16 medalhas, o que pode significar até 32 medalhas nos Jogos do Rio de Janeiro em 2016. A projeção é do banco Goldman Sachs, num estudo sobre os resultados das dez últimas Olimpíadas. Conclui o documento que o país anfitrião tende a dobrar o número de medalhas conquistadas nos Jogos anteriores.

A Inglaterra vinha de 47 em Pequim, e chegou a 59 medalhas em Londres, aumentando de 19 para 29 o número de medalhas de ouro. A Grécia é outro exemplo : conquistara apenas 8 medalhas em Atlanta, mas nos Jogos de Atenas pulou para 16 medalhas, seis de ouro, alcançando o 15º lugar. Em Londres os gregos estão em 70º lugar com 4 medalhas, nenhum ouro. Não era de se esperar mais, com o país atravessando uma crise econômica sem comparação .

Mas, tomado com verdade, a projeção do Goldman Sachs, que evidentemente faz esses estudos para orientar os pretensos investidores em Jogos Olímpicos, o Brasil poderá, de fato, dobrar para 32 o número de medalhas no Rio de Janeiro. O esporte brasileiro vai sair de Londres com 16 medalhas, três de ouro.

De qualquer maneira. não só é o melhor resultado do Brasil em Olimpíadas, como também revela, sim, uma evolução do esporte olímpico no País. Essas 16 medalhas reposicionam o Brasil no ranking: de 28%. Para melhorar sua performance o Brasil precisa ganhar mais medalhas de ouro. No ranking a ordem é por medalha de ouro.

A edição mais dourada dos brasileiros em Jogos Olímpicos foi a de Atenas com cinco ouros: seleção de vôlei masculino, vôlei de praia masculino, com Ricardo e Emanuel; duas na vela: Robert Scheidt, Torben Grael e Emanuel Macedo; e Rodrigo Pessoa , no hipismo.

OBS: Adaptei esse artigo, pois encerrou-se as Olimpíadas de Londres e o último parágrafo falava de novas possíveis medalhas de ouro, o que não aconteceu. Tivemos, prata e bronze.


Atrás dos portões da Vila - De Londres, Aylê-Salassié

A seleção brasileira de futebol estava com a cabeça em outro lugar...
 Alexander Dubovsky - Blog Mou Talem cartunes e bonecos - Internet


(London Bridge UCB News)

O que acontece atrás dos portões da Vila Olímpica “is not our business” (não é problema nosso). Assim o porta-voz do Comitê Olímpico Britânico, Darryl Seibel, declarou liberadas, na Vila Olímpica, as festas, os jogos eletrônicos e até o sexo, legitimado pelo Comitê ao mandar distribuir 150 mil camisinhas para uso dos 10.500 atletas ali instalados. Contudo, só a marca “Durex” está credenciada. Por causa disso, entretanto, o início da semana foi complicado na Vila. Uma empresa australiana, do grupo Ansell, conseguiu introduzir no campus um balde cheio de camisinhas de sua fabricação. Como a Vila é fechada, e tudo que entra é fiscalizado, restou ao Comitê abrir uma sindicância.

Concomitantemente, um atleta anônimo, que se diz membro da delegaçao da Grã-Bretanha que competiu em Atenas, lançou esta semana por aqui um livro intitulado a História Secreta da Excelência Olímpica, descrevendo as “tentaçoes e fraquezas dos atletas dentro da Vila”, e salientando o fato de serem “todos muito jovens”, de ambos os sexos, e convivendo num espaço comum, que vem se reduzindo desde Atenas. A menor Vila Olímpica é a Londres. Cita explicitamente a prática do sexo As facilidades são muitas e os equipamentos compartilhados múltiplos. Restaurantes, cafés, boates, lan houses, academias e até um McDonalds.

Para o atirador australiano Russell Mark , “ A Vila Olímpica é o lugar mais abastecido de testosterona da terra ", sobretudo quando vai se aproximando o final do evento. Os perdedores começam liberar suas frustrações . Considerando o número de camisinhas distribuídas a cada evento, as relações sexuais entre atletas na Vila tornaram-se sistematicamente mais frequentes. Funcionários Olímpicos que trabalham dentro da Vila parecem concordar, mas náo têm autorização para falar o que ocorre no seu interior.

Os preservativos foram primeiramente distribuído em quantidades significativas nos Jogos de Seul, em 1988. Dois anos depois, em Barcelona, foram disponibilizados entre 50 mil a 80 mil para os 9.500 atletas. Em Atlanta a quesção foi subdimensionada, e distribuídas apenas 15 mil camisinhas para 10.500 atletas. Preocupado com a expansão do vírus HIV naquele momento, o COI autorizou 70 mil preservativos para Sidney, sendo surpreendido com a necessidade de um reforço de mais 20 mil para a última semana. Em Salt Lake City, em 2002, a questao estava tão explícita que foi anunciado um plano de distribuição de 250 mil camisinhas, mais tarde reduzido para 100 mil. Atenas ficou em 130 mil, Pequim 100 mil, e outros 100 mil em Vancouver.

A maioria desses relacionamentos olímpicos sao efêmeros, mas por trás dos portões da Vila Olímpica também já nasceram alguns casamentos sérios com o do tenista Róger Federer, que conheceu sua esposa dentro da Vila. Sobre as camisinhas ainda o atleta anônimo que escreveu sobre os segredos da Vila, faz uma observação, no mínimo, curiosa. Se for medir as relações sexuais dentro da Vila pelo número de camisinhas distribuídas, é possível que o erro seja grande. Conta que um de seus entrevistados, um jogador de hóquei, relatou ter visto a equipe indiana despejar centenas de camisinhas em seus sacos do kit olímpico para, confessaram, distribuí-las ou vendê-las aos amigos na volta para casa. Usain Bolt considera as camisinhas distribuídas na Vila ” próprias para fazer bombas de água, e atirar nos colegas”.

Quebrando regras, fazendo história , As mulheres nas Olimpíadas - De Londres, Aylê-Salassié

UUUUIIIII!!!!!!!! - Internet


( London Bridge UCB News)

Mesmo acrescido do boxe feminino e do aumento da participação de atletas femininas árabes, não foi ainda desta vez que o número de mulheres atletas foi maior que o de homens em Olimpíadas. Em Londres, elas somam 4.725 mulheres (45%) contra 5.775 atletas masculinos (55%) . A superação da presença masculina pelas mulheres estava prevista, em quase todas as projeções especializadas, para as Olimpíadas de 2012, em Londres. Isso não aconteceu.

Contudo, considerando que apenas 23 por cento dos atletas olímpicos nos Jogos de Los Angeles (1984) eram mulheres, e que esse número saltou para 42 por cento em Pequim (2008), o avanço da participação feminina em competições olímpica tende superar o dos homens . Londres teria esta marca, justamente por causa da inclusáo de boxe feminino e da gradativa flexibilizaçao dos preceitos religiosos islâmicos contra a presença feminina no esporte no mundo árabe.Mas, o registro dessas duas incorporações as modalidades olímpicas entrarão, sem dúvida, definitivamente para o esporte olímpico a partir de Londres 2012.

“Last in the race but pioneer for history” (“Ficou em último lugar, mas em primeiro na história”), foi o título de um dos jornais de Londres, hoje homenageando a atleta Sara Attar que, contrariando as leis islâmicas, pela primeira vez, uma mulher da Arábia Saudita participa das Olimpíadas. Ela foi advertida, inclusive, de que seria banida do esporte em seu país se o Comitê Olímpico Internacional não a permitisse correr. “Eu quero fazer a diferença, e subir este primeiro degrau dá um sentimento incrível do cumprimento do dever histórico”, desafiou.

O Brasil também deixou a sua marca pioneira em Londres ,no boxe feminino, por meio de Adriana Araújo, ao conquistar o bronze na categoria até 60kg no boxe. Para chegar a ele, igual à Attar e mais uma de suas colegas - a judoca Seraj Abdulrahim Shaherkani - Adriana sofreu muitas críticas e humilhações, conforme confessou em entrevista coletiva. Attar e Shaherkani quebraram regras inclusive olímpicas, ao serem autorizadas a competir com a cabeça coberta por um lenço.

A mídia critica as ordenações religiosas, mas tem também seus preceitos ou preconceitos. Pelo que vê aqui, ela dá mais atenção aos atletas homens, ressaltando suas qualidades físicas; as torcidas, sim, estas simpatizam-se mais com as atletas mulheres. Talvez por considerá-las também vencedoras, embora mais frágeis, mais delicadas e lindas. Tem atleta aqui suando debaixo de um sol terrível, que vence qualquer concurso de beleza.

O ponto crucial dessas diferenças parece ser o dinheiro. Os patrocinadores investem mais nos homens, comentava hoje um analista de marketing. Já em 2010, a revista Forbes publicara uma reportagem, em que mostrava os atletas mais bem pagos do mundo, e incluía entre eles jogadores de tênis, como Maria Sharapova. No Brasil o esporte feminino sofre, que o diga a Marta, melhor jogadora de futebol do mundo, em quatro ocasiões, que sempre teve de atuar fora no País, para poder financiar suas atividades esportivas. Estão aí, portanto, alguns desafios que, quebrados no Rio de Janeiro em 2016, poderao ser uma das marcas do Brasil nas Olimpíadas.

A arrancada de Pistorius - De Londres, Aylê-Salassié

Dorando Pietri - italiano ganhou a maratona de 1908 - foi desclassificado por ter caído antes da chegada e foi ajudado pelos juízes, o que é proibido. Foto: Internet


(LondonBridge UCB News)

Ficar em último lugar na linha de chegada de uma prova Olímpica deixa qualquer atleta constrangido diante da festa do público para o vencedor. Este não é o caso de Oscar Pistorius, apelidado de “Blade Runner” ( filme : “O caçador de Andróides”) , atleta da África do Sul , amputado das duas pernas , e que , pela primeira vez na história das Olimpíadas, disputou provas classificatórias de 200 e 400 m com os maiores velocistas do planeta, ficando apenas dois segundos atrás.

Pistorius usa uma prótese de fibra de carbono para substituir as pernas, e tornou-se uma figura emblemática para a platéia, ao vê-lo correndo nas Olimpíadas em condições iguais aos atletas fisicamente normais. Derrotado nas provas classificatórias, ele volta, entretanto, para as Paraolimpíadas, em que tem recordes batidos por ele mesmo. A decisão de Pistorius de disputar as Olimpíadas parece ter sido uma opção pessoal mas, na realidade, sua performance pode ser também vista como uma espécie de demonstração das possibilidades que o desenvolvimento tecnológico está oferecendo para os esportes e para o próprio ser humano, timidamente absorvida nas Olimpíadas.

O credenciamento do “Blade Runner” para XXX Jogos , em Londres, mereceu uma calorosa discussão dentro do Comitê Olímpico Internacional, aprovando-o, entretanto, três ou quatro dias antes do início das provas. A decisão envolvia os avanços tecnológicos nos Jogos, que a cada edição fazem os recordes avançarem. Em Londres cerca de vinte deles foram batidos até agora, seja por um segundo de diferença ou até décimos de segundo, refletindo performances melhores, técnicas mais apuradas , sistema de condicionamento físico sofisticados e equipamentos tecnologicamente avançadíssimos.

Em cima desses recordes surgem as lendas, os ídolos, os deuses do Olimpo e, com eles, novos investidores no esporte, refletindo a cada olimpíada avanços no desenvolvimento dos produtos e do próprio controle do homem sobre a sua natureza. Pistorius está sendo chamado de “o homem , sem pernas, mais rápido do mundo”, que nas Paraolimpíadas tem até uma classificação especial, a classe T44 – amputados do joelho para baixo -, na qual estão inscritos atletas de outros países, usando tecnologias diferenciadas. Com os resultados de Pistorius, até agora somente ele. De tal forma que não se sabe se sua presença nos Jogos de Londres foi uma opção pessoal ou dos seus patrocinadores . Está em questão o desafio do corpo humano perfeito ( corpore sano) , que emocionou o renascentista Leonardo da Vinci ao ver concluída sua estátua de Davi, hoje em Florença.

Ontem um milionário russo , Dmitry Itskov (31), tornou púbico o apoio a uma iniciativa na área da ciência que, segundo ele, vai “fazer da imortalidade um conceito” e , por isso, anunciou estar financiando um projeto no qual acredita que os seres humanos , se quiserem, poderão viver para sempre a partir de 2045. Sua proposta inclui a substituição das habilidades humanas por robôs - meio humanos meio tecnologia –, por avatares – cópia do sujeito - ; e pelo o avatar holográfico – reprodução homem por um espectro de luz. Fábricas funcionarão com robôs, e exércitos serão estruturados com milhares de avatares. Os organizadores das Olimpíadas sempre acreditaram e transmitiram a idéia de que os Jogos Olímpicos contribuem sistematicamente de maneira expressiva para evolução das tecnologias e do próprio homem. Nas Olimpíadas Londres, Oscar Pistorius está dando a arrancada que falta.