segunda-feira, 25 de maio de 2009

Trem Bala Mineiro

Lançado o TREM BALA MINEIRO, alta tecnologia aliada a tradição mineira.
Começou a operar dia 1º de abril, fazendo sua viagem inaugural para convidados, entre as estações do Carlos Prates e Calafate, percorreu o trecho no tempo de 10 minutos por motivos de segurança, pois o trajeto está dentro de densa área suburbana.

Segundo declarações do Prefeito, esse é um projeto que coloca Minas na vanguarda dos transportes coletivos na América Latina.

Para o Governador, "Esse é mais um sonho do meu que se realiza, o outro é meu pai me como ver Presidente do Atlético".

O Superintendente da empresa que administra os "Trem", Sr. Mané Maquinista, disse que a empresa começa grande, "Temos 5 trem e 10.000 funcionáro".

Na opinião do Diretor de Operações, Sr. Jocylenio Foguista, as cidades que estão fazendo parte da primeira parte do projeto "Minas nos Trilhos do Futuro", serão atendidas com viagens durante todo o dia, com uma tabela de horário que terá como base a pontualidade "BRITÂNICA". "Teremo saída a cada hora, iniciando as viagen aí por volta de 7:00h, 7:30h, no máximo até 7:45h , terminanu na hora que o último passagêro bebum tiver voltanu pra casa depois que terminá suas visita aos bar do Comida de Buteco".

Quebrando o protocolo o Presidente pediu aos "Cumpanherô permição para dar um golinho na garrafa de CIDRA, antes de quebrá ela na cara do trem, pois eu acho que esse momentu importanti na vida dos brazilêro, não podi dêxar de cê comemorado, porque, nunca nesse país se investiu tanto em transporte ferroviáro e naszobra do PAT - Pograma de Aleição da Tilma, nunca se desperdiçô tanta garrafa de Xampamha nas inaugurassão. Como tenho conciênssia de que não podemos mais continuar disperdissandu dinhêro do pôvo e bebida do pôvo nesse nosso país enquanto o trabaiádô fica a ver navio e sem para dá uma beiçada , tomá a Cidra e depois quebrá ela no trein, Mariskinha mi paça o sacarôia aí"

E assim a Vamo que Vamo Railway foi inaugurada e está atendendo, nessa primeira etapa, as cidades de Sabará, Nova Lima, Rio Acima, Contagem, Betim, Santa Luzia, Vespasiano. Na segunda etapa irá atender a Pedro Leopoldo, Confins, Lagoa Santa e Juiz de Fora no estado do Rio de Janeiro.
Foto: Internet - Asneiras: Minhas mesmo

Pirolitos e Maçãs do Amor

Foto: UNIVERSO - Pomaire - Chile
Belos pirolitos, tempos de criança, maçãs do amor carameladas, vermelhas, imagem do pecado, tempo de gulas e dores de barriga. Como resistir ao colorido a ao tamanho?
Ser chamado de "esganado", "Olho maior do que a barriga", "Num pode ver nada que quer tudo", essa era a melhor delas, ver nada e comer tudo.
Vai ter que tomar um lumbrigueiro...
Mas que era bão dimais da conta, isso era.
Hoje, os pirolitos são vendidos protegidos por um filme de pvc, aparência de limpeza, coisa de saúde pública, antes vinham espetados numa bandeja de madeira e cobertos com um pano de prato, impecavelmente brancos e engomados.
Eram com certeza, mais saborosos. Você se lembra? Ainda guarda na retina as cores e na memória o sabor da infância?
Eu me lembro!

Dom Helder Câmara

Viva dom Helder, o bispo das putas!

A beleza da exceção ou saudades de dom Helder
Por Anna Maria Ribeiro

Não consigo fugir da duplicidade do título. Atribuí um, depois outro, e percebi que o certo seria valer-me dos dois.

Nestes últimos dias em que vi excomungada uma equipe médica que cumpriu com seu dever e, com a Lei, me dei conta de que para a religião católica não existe a possibilidade de exceção.

E ai vocês devem estar se perguntando: onde entra D. Helder nesta história?

Além da coincidência de ter sido, também ele, Arcebispo de Olinda e Recife, foi uma das pessoas mais humanas que conheci. Muito amigo de meu pai tive o privilégio de conversar com ele muitas vezes. Fui educada na religião católica, mas não me tornei uma. Não cabe aqui comentar por que deixei de sê-lo. Mas me encantava ouvir D. Helder falar.

A religião católica, a dele, era verdadeiramente a do perdão, a da compreensão, a da aceitação, a da compaixão, a da caridade, nas acepções mais bonitas que possam ter estas palavras. Humano ele era e porque tão humano tinha algo de divino.

Lembro-me da última vez que o visitei em Recife, como sempre o fazia quando lá ia a trabalho. O cafezinho, naquela casinha nos fundos da Igreja das Fronteiras, era de lei. Pouco tempo depois ele morreu e me fez falta. Faz muita falta a este País, como vejo agora.

Desta última vez que o vi contou-me uma história deliciosa que com ele havia ocorrido nos anos de chumbo. Lembro-me de que ri muito e só depois percebi que o riso fácil era uma conseqüência menor do ocorrido. A história é tão linda que nem sei! Não faz rir, não. Faz pensar o quanto havia de grande e humano naquele homem frágil, de voz tão mansa.

Mas vamos ao relato e vocês julgam: naquela época tão sofrida dos anos que se seguiram a 1969, D. Helder era uma figura preocupante.

Como enfrentá-lo?

Confinando-o à sua Arquidiocese a “gloriosa” tinha a maior dificuldade em fazê-lo calar-se. Os olhos do mundo estavam sobre ele e uma repressão maior que o confinamento teria conseqüências funestas para o Governo.

Havia um pavor de que qualquer agressão a ele dirigida pudesse ser atribuída à truculência da revolução. E esta delirava temendo que um atentado “terrorista” fosse engendrado para incriminá-la.

Da mesma forma, os admiradores D. Helder temiam por alguma agressão desta mesma revolução. Isto fazia com que qualquer deslocamento do Arcebispo fosse acompanhado por carros das duas facções visando garantir e proteger sua integridade física.

Isto incomodava D. Helder que adorava andar a pé pelas ruas do Recife e gostava de fazê-lo com liberdade. Naquela mesma época o Prefeito de Recife resolveu, a bem da ordem e dos bons costumes, banir da cidade as prostitutas, transferindo-as para uma periferia longínqua.

Apavoradas com a possível redução da clientela que lhes garantia o sustento, foram procurar D. Helder para que intercedesse a seu favor. O que ele prontamente fez conseguindo que fosse sustada a medida convencido de que “esconder o sofá” não resolveria o problema social.

Pois bem, num de seus passeios a pé, D. Helder desesperado com a perseguição dos dois carros, deu uma de esperto. Enveredou-se por uma ruela à qual os carros não poderiam ter acesso. Só depois de andar alguns metros é que se deu conta de que estava em pleno baixo meretrício.

Prostitutas em portas, janelas e sacadas, quase nuas, ajoelhavam-se à sua passagem pedindo a benção que ele foi ministrando à direita e à esquerda, apertando o passo para dali sair o mais rápido possível antes que algum repórter surgindo do nada registrasse o inusitado episódio que faria a festa de jornais do mundo inteiro.

Já quase no fim da rua, de uma das sacadas veio o grito entusiasmado e comovido: Viva D. Helder, o bispo das Putas! E a rua explode em palmas e vivas. Sorrindo ele se foi. E sorrindo me contou a história.

Bonito, não?

É o que faria Cristo, acho, na mesma situação.

Mas certamente não é o que faria o atual Arcebispo.

Mas certamente isto se deve ao fato dele não conhecer o Filho de Deus tão intimamente quanto D. Helder conhecia.

E, porque não conhece não aprendeu que considerar que as exceções, e tratá-las como tal, é um ato humano, bonito, inteligente e, sobretudo, cristão.

Texto enviado pela Lucia P. de Brasilia