quarta-feira, 9 de setembro de 2009

80 anos do Mercado Central de Belo Horizonte



Dia 7 de Setembro o Mercado Central completou 80 anos.

Lugar aprazível frequentado por nativos e turistas. Quem conhece o mercado sempre volta. É como disse o poeta - "Óh! Minas Gerais! Quem te conhece, não esquece jamais..."
Virou um centro de compras e gastronomia, o espaço mais democrático de convivência e de descontração.
Certa vez estava lá com minha mulher tomando uma cervejinha gelada e comendo o famoso e saboroso fígado acebolado com giló, quando um frequentador abriu um espaço mínimo na beirada do balcão do bar, que estava como sempre, "vazando gente pelo ladrão", para que pudessemos apoiar a garrafa de cerveja e o pratinho como tira gosto. Daí a pouco ele me serve um pouco de cerveja, quando vem a cerveja que pedi, ele me passa a garrafa entregue pelo garçon e eu retribuo a gentileza.

Papo vai e vem, ele me entrega o seu cartão de visitas, era relojoeiro. Me lembro bem do nome da sua relojoaria "TIC-TAC". Tinha o cartão guardado até bem pouco tempo, infelizmente o perdi em uma de minhas mudanças de residência.
O cartão de visitas continha todos os dados de identificação e a frase genial, que nenhum marqueteiro de plantão criaria, que era a síntese de seus excelentes serviços: " Se seu relógio não faz TIC-TAC, não foi o TICO-TICO que consertou" . Guardava esse cartão com o maior carinho.
Esse é um dos muitos causos que acontecem no mercado, onde todos estão felizes, se falam, trocam receitas, falam de e de sua família, contam piadas e causos, mesmo que estejam se vendo e falando pela primeira vez. Ali todo mundo é amigo. Ninguém quer saber quem é quem, se é de griffe, se tem pedigree ou não. Todos estão descontraídos. É um estado de espírito. É uma grande festa democrática.
Abaixo algumas fotos que fiz no Mercado Central, há ainda centenas a se fazer, cada canto, cada cor, cada detalhe, cada olhar me desperta para um novo registro.









Farei várias postagens com fotos do Mercado Central de Belo Horizonte, aguarde.
Conheça mais sobre o nosso Mercado Central de Belo Horizonte, Bh, Belô ou Belzonti.
Fotos: UNIVERSO

Barão de Itararé (Apparício Torelly)

Foto: Studiorra Ag. Editora
Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly (Barão de Itararé), nasceu em Rio Grande, Rio Grande do Sul em 29/01/1895, faleceu em 27/11/1971 no Rio de Janeiro. Jornalista, escritor, pioneiro do humorismo político brasileiro.

Máximas do Barão de Itararé
De onde menos se espera, daí é que não sai nada.

Mais vale um galo no terreiro do que dois na testa.

Quem empresta, adeus...

Dizes-me com quem andas e eu te direi se vou contigo.

Pobre, quando mete a mão no bolso, só tira os cinco dedos.

Quando pobre come frango, um dos dois está doente.

Genro é um homem casado com uma mulher cuja mãe se mete em tudo.

Cleptomaníaco: ladrão rico. Gatuno: cleptomaníaco pobre.

Quem só fala dos grandes, pequeno fica.

Viúva rica, com um olho chora e com o outro se explica.

Depois do governo ge-gê, o Brasil terá um governo ga-gá. ( Ge-gê: apelido de Getulio Vargas. Ga-gá: referia-se às duas primeiras letras no sobrenome do novo presidente, Eurico Gaspar Dutra).

Um bom jornalista é um sujeito que esvazia totalmente a cabeça para o dono do jornal encher nababescamente a barriga.

Neurastenia é doença de gente rica. Pobre neurastênico é malcriado.

O voto deve ser rigorosamente secreto. Só assim , afinal, o eleitor não terá vergonha de votar no seu candidato.

Os juros são o perfume do capital.

Urçamento é uma conta que se faz para saveire como debemos aplicaire o dinheiro que já gastamos.

Negociata é todo bom negócio para o qual não fomos convidados.

O banco é uma instituição que empresta dinheiro à gente se a gente apresentar provas suficientes de que não precisa de dinheiro.

A gramática é o inspetor de veículos dos pronomes.

Cobra é um animal careca com ondulação permanente.

Tudo seria fácil se não fossem as dificuldades.

Sábio é o homem que chega a ter consciência da sua ignorância.

Há seguramente um prazer em ser louco que só os loucos conhecem.

É mais fácil sustentar dez filhos que um vício.

A esperança é o pão sem manteiga dos desgraçados.

Adolescência é a idade em que o garoto se recusa a acreditar que um dia ficará chato como o pai.

O advogado, segundo Brougham, é um cavalheiro que põe os nossos bens a salvo dos nossos inimigos e os guarda para si.

Senso de humor é o sentimento que faz você rir daquilo que o deixaria louco de raiva se acontecesse com você.

Mulher moderna calça as botas e bota as calças.

A televisão é a maior maravilha da ciência a serviço da imbecilidade humana.

Este mundo é redondo, mas está ficando muito chato.

Pão, quanto mais quente, mais fresco.

A promissória é uma questão "de...vida". O pagamento é de morte.

A forca é o mais desagradável dos instrumentos de corda.

Trabalho realizado pelo site: http://www.releituras.com.br/ editado pelo Arnaldo Nogueira Jr. - Recomendo a leitura é excelente.

Extraído de "Máximas e Mínimas do Barão de Itararé", Distribuidora Record de Serviços de Imprensa - Rio de Janeiro, 1985, págs. 27 e 28, coletânea organizada por Afonso Félix de Souza.

Novas fotos do UNIVERSO

Novas fotos do UNIVERSO tiradas pelo telescópio HUBBLE, divulgadas pela NASA








Foto de impacto de corpo celeste sobre Júpiter, equivalente ao tamanho da Terra.
Fotos: Internet