quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

AOS MEUS AMIGOS PROFESSORES...

O ano é 2059 D.C. - ou seja, daqui a cinquenta anos - e uma conversa entre avô e neto tem início a partir da seguinte interpelação:

– Vovô, por que o mundo está acabando?

A calma da pergunta revela a inocência da alma infante. E no mesmo tom vem a resposta:

– Porque não existem mais PROFESSORES, meu anjo.

– Professores? Mas o que é isso? O que fazia um professor?

O velho responde, então, que professores eram homens e mulheres elegantes e dedicados, que se expressavam sempre de maneira muito culta e que, muitos anos atrás, transmitiam conhecimentos e ensinavam as pessoas a ler, falar, escrever, se comportar, localizar-se no mundo e na história, entre muitas outras coisas. Principalmente, ensinavam as pessoas a pensar.

– Eles ensinavam tudo isso? Mas eles eram sábios?

– Sim, ensinavam, mas não eram todos sábios. Apenas alguns, os grandes professores, que ensinavam outros professores, e eram amados pelos alunos.

– E como foi que eles desapareceram, vovô?

– Ah, foi tudo parte de um plano secreto e genial, que foi executado aos poucos por alguns vilões da sociedade. O vovô não se lembra direito do que veio primeiro, mas sem dúvida, os políticos ajudaram muito. Eles acabaram com todas as formas de avaliação dos alunos, apenas para mostrar estatísticas de aprovação. Assim, sabendo ou não sabendo alguma coisa, os alunos eram aprovados. Isso liquidou o estímulo para o estudo e apenas os alunos mais interessados conseguiam aprender alguma coisa.

Depois, muitas famílias estimularam a falta de respeito pelos professores, que passaram a ser vistos como empregados de seus filhos. Estes foram ensinados a dizer “eu estou pagando e você tem que me ensinar”, ou “para que estudar se meu pai não estudou e ganha muito mais do que você” ou ainda “meu pai me dá mais de mesada do que você ganha”. Isso quando não iam os próprios pais gritar com os professores nas escolas. Para isso muito ajudou a multiplicação de escolas particulares, as quais, mais interessadas nas mensalidades que na qualidade do ensino, quando recebiam reclamações dos pais, pressionavam os professores, dizendo que eles não estavam conseguindo “gerenciar a relação com o aluno”. O professores eram vítimas da violência – física, verbal e moral – que lhes era destinada por pobres e ricos. Viraram saco de pancadas de todo mundo.

Além disso, qualquer proposta de ensino sério e inovador sempre esbarrava na obsessão dos pais com a aprovação do filho no vestibular, para qualquer faculdade que fosse. “Ah, eu quero saber se isso que vocês estão ensinando vai fazer meu filho passar no vestibular”, diziam os pais nas reuniões com as escolas. E assim, praticamente todo o ensino foi orientado para os alunos passarem no vestibular. Lá se foi toda a aprendizagem de conceitos, as discussões de idéias, tudo, enfim, virou decoração de fórmulas. Com a Internet, os trabalhos escolares e as fórmulas ficaram acessíveis a todos, e nunca mais ninguém precisou ir à escola para estudar a sério.

Em seguida, os professores foram desmoralizados. Seus salários foram gradativamente sendo esquecidos e ninguém mais queria se dedicar à profissão. Quando alguém criticava a qualidade do ensino, sempre vinha algum tonto dizer que a culpa era do professor. As pessoas também se tornaram descrentes da educação, pois viam que as pessoas “bem sucedidas” eram políticos e empresários que os financiavam, modelos, jogadores de futebol, artistas de novelas da televisão, sindicalistas – enfim, pessoas sem nenhuma formação ou contribuição real para a sociedade.

Ah, mas teve um fator chave nessa história toda. Teve uma época longa chamada ditadura, quando os milicos colocaram os professores na alça de mira e quase acabaram com eles, que foram perseguidos, aposentados, expulsos do país, em nome do combate aos subversivos e à instalação de uma república sindical no país. Eles fracassaram, porque a tal da república sindical se instalou, os tais subversivos tomaram o poder, implantaram uma tal de “educação libertadora” que ninguém nunca soube o que é, fizeram a aprovação automática dos alunos com apoio dos políticos... Foi o tiro de misericórdia nos professores. Não sei o que foi pior – os milicos ou os tais dos subversivos.

– Não conheço essa palavra. O que é um milico, vovô?

– Era, meu filho, era, não é. Também não existem mais...

Autoria Desconhecida

alunos_es

Fotos: Internet - Texto enviado pelo amigo e PROFESSOR ADENIR BALMANT - Flumineiro das Laranjeiras

O ponto C - Roberta Jansen

The Golden Age - Tela de Cornelis Van Haarlem

Esqueça o polêmico G. A principal zona erógena do corpo é o cérebro, afirmam especialistas.

Nenhum especialista é capaz de cravar, com toda segurança, se o polêmico Ponto G existe ou não — um último estudo, divulgado no início do ano por cientistas britânicos, sustenta que a zona erógena responsável por orgasmos intensos não passaria de um mito das mulheres. Mas todos são unânimes em afirmar que o principal ponto de prazer sexual do corpo fica bem distante dos órgãos genitais: é o cérebro.

— Nosso principal órgão sexual é o cérebro — afirma Eloísio Alexsandro da Silva, especialista em sexualidade médica e cirurgia reconstrutora genital da Uerj. — É o que chamamos, entre nós, de brincadeira, de Ponto C.

O termo não foi cunhado oficialmente — é uma referência ao Ponto G —, mas está longe de ser incorreto, como atesta a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, da UFRJ.

— A sensação de prazer que a gente tem parte do cérebro. Conseguimos, inclusive, ter orgasmos sem nenhuma estimulação direta, como ocorre em sonhos, por exemplo — explica Suzana. — É claro que o estímulo sensorial, o toque, é muito potente, mas só funciona porque é capaz de desencadear algo no cérebro.

Num encontro sensual, os estímulos trocados — visuais, olfativos, auditivos e, claro, táteis — são enviados diretamente para o cérebro. De acordo com experiências prévias, memórias, cultura, moral, emoções, ligação com o parceiro, contexto, enfim, de uma infinidade de fatores, esses estímulos são processados individualmente para gerar uma resposta do cérebro. Dependendo da resposta, positiva ou negativa, o corpo se prepara para o sexo ou o rejeita.

— É por isso que, por exemplo, uma pessoa que teve cinco parceiros sexuais, provavelmente terá cinco experiências muito diferentes — explica o ginecologista Alexandre Pupo Nogueira, do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo. — E com o mesmo parceiro as experiências podem ser distintas.

Quando a resposta é positiva, o sistema de recompensa do cérebro, aquele que diz “se é bom, eu quero mais”, é ativado, gerando reações físicas, como a lubrificação, por exemplo. Ao que tudo indica, quem faz a mágica do orgasmo é um pequenino ponto localizado mais ou menos no centro do cérebro, do tamanho de uma amêndoa, e, por isso mesmo, chamado de amígdala — “uma forte candidata ao papel de estrutura que dispara o orgasmo”, nas palavras da neurocientista.

Venus e Cupido - Tela de Alessandro Allori

Mas há um outro ponto, ainda pouco estudado, chamado de claustro, que também estaria relacionado ao prazer sexual. Curiosamente, durante o orgasmo, uma parte importante do cérebro, o córtex préfrontal, que cuida do controle, da supervisão, é momentaneamente suprimido. A biologia confirma o clichê romântico: orgasmo é entrega.


— O prazer é uma combinação de várias coisas, da ativação e desativação de regiões diferentes do cérebro — constata Suzana. — Mas no centro disso tudo, está o sistema de recompensa, se essas estruturas não forem ativadas, não há sensação de prazer.

E qual seria a melhor maneira de ativá-las? — Não tem nada a ver com pontos — adianta Nogueira. — Com uma estimulação direta do clitóris, uma mulher pode ter o melhor orgasmo da sua vida ou achar muito chato, tudo vai depender do contexto.

Eloísio Alexsandro da Silva concorda com o colega.

— Esqueçam os pontos. A sexualidade não é apertar pontos. Se fosse assim, os melhores parceiros seriam as bonecas infláveis — afirma o especialista em sexualidade médica. — Sexo é holístico, e esta não é uma frase romântica, mas sim, biológica.

O estímulo das áreas genitais é apenas uma das maneiras de ativar o sistema de recompensa do cérebro, sobretudo o da mulher, que, segundo os especialistas funciona de uma forma menos direta que o homem.

— O homem é visual por excelência, basta a se sentir atraído pelo que vê que começa a se excitar.

— afirma a coordenadora do Projeto de Estudos em Sexualidade do Hospital das Clínicas da USP, Carmita Abdo. — A mulher tem essa competência, mas a intensifica com estímulo tátil e auditivo. Ela precisa da proximidade física, do contato com o parceiro e todo tipo de toque, na pele, no pescoço, no ventre, nas mamas, nas costas, na língua e na região genital. Essas são as áreas que as mulheres mais relacionam com prazer.

São regiões com muitas terminações nervosas e, por isso, sensíveis.

Orelha, axila, joelho: zonas erógenas

A psicóloga Carla Cecarello, coordenadora do Projeto Ambsex, da Associação Brasileira de Sexualidade, afirma que, antes de tudo, a mulher tem que se sentir bem consigo mesma, livre de concepções errôneas sobre o sexo e num relacionamento em que se sinta bem.

— Dito isso, o corpo da mulher é recheado de zonas erógenas que, quando estimuladas a levam a um grau de excitação maior — diz Carla.

— O corpo feminino é totalmente explorável: atrás da orelha, na axila, no joelho, nas costas, não é um ponto aqui e outro ali.

Por fim, aponta Eloísio, é importante não se preocupar com o tal do Ponto G — a área interna da vagina que seria responsável por um prazer mais intenso.

— O Ponto G é mais problema do que solução. Ninguém sabe se existe ou não. A maior evidência que existe na literatura é que é controverso — afirma o especialista. — Ninguém deve se sentir pressionado para achá-lo, nem mulheres nem homens.

Tela de Cornelis Van Haarlem

Para acender o cérebro

Toda a chave do prazer sexual, garantem os especialistas, está no cérebro. Alguns pontos do corpo, além dos genitais, quando devidamente estimulados, podem mandar a mensagem certa para o órgão, gerando uma resposta positiva.

São as áreas que concentram o maior número de terminações nervosas e respondem intensamente a estímulos:

Região atrás da orelha
Seios
Toda a extensão da coluna vertebral
Pescoço
A parte interna da virilha
Os joelhos
Os pés

Texto enviado pelo João Rodrigues, amigo carica e menguista diretamente da Tijuca na Cidade Maravilha.

Porcini e Shitake





Fotos: UNIVERSO

Prato do dia - Fusili com shitake e lagarto

Lave e seque os cogumelos shitake
Corte os cabos e descarte. Pique em fatias os cogumelos
Pegue um lagarto assado e corte em fatias.
Rale uma cebola média. Numa frigideira coloque duas colheres de manteiga e refogue a cebola até ficar transparente, adicione o shitake, refogue, apure o sal. Quando estiver macio, junte 250ml de creme de leite fresco, mexa e coloque o lagarto fatiado com azeitonas pretas. Misture suavemente. Apure o sal. Desligue o fogo. Reserve

Cozinhe o fusili em água fervente, salgada e abundante. Se usar massa Barilla não precisa colocar fio de azeite na água. Deixe a pasta "al dente". Escorra a pasta e ponha numa travessa, colque por cima a shitake com o lagarto, misture e sirva em seguida

Bom apetite!!!
Preparo do prato e foto: UNIVERSO

Prato do dia - Carré de cordeiro com purê de aspargos

Prato rápido e simples de se preparar. Antes de grelhar o carré, cozinhe o aspargo até ficar macio. Bata em seguida no liquidificador ou processador. Numa panela, refogue o aspargo em um pouco de azeite e apure o sal. Em seguida junte um pouco de manteiga, misture. Adicione o creme de leite fresco aos poucos, para que fique um purê cremoso. e fique no ponto desejado.

O carré é temperado com sal enquanto é grelhado. Sele de um lado por 1 minuto, vire e salpique sal sobre o lado selado. Repete a mesma operação com o outro lado. Salpique alecrim sobre o carré e grelhe por mais 1 minuto de cada lado.

Sirva quente e com arroz branco como acompanhamento. Serve até 4 pessoas que comam moderadamente.

Preparo do prato e foto: UNIVERSO

MPQ - MÚSICA POPULAR DE QUALIDADE - Até Pensei - Chico Buarque

Franscisco Buarque de Hollanda ou genialmente Chico Buarque

Essa música me lembra os muros pulados para pegar frutas nos quintais, correrias dos cachorros, dos donos. Depois era saborear aquelas frutas surrupiadas, eram as melhores, mesmo quando estavam verdes ou "de vez".
Pedir uma fruta não tinha graça nenhuma, o bom mesmo era uma aventura e o sabor da fruta roubada ". Muitas vezes eram campanas esperando a ausência dos donos dos quintais, quando saiam, a molecada fazia a festa. Mangas, goiabas, laranjas, ameixas, pêssegos, amoras, o que tivesse. Tantas aventuras do outro lado dos muros que Chico na sua sensibilidade tão bem retratou em Até pensei.
Piazza San Martino Lucca - Itália - Foto: UNIVERSO
Junto à minha rua havia um bosque
Que um muro alto proibia
Lá todo balão caía
Toda maçã nascia
E o dono do bosque nem via

Do lado de lá tanta ventura
E eu a espreitar na noite escura
A dedilhar uma modinha
A felicidade Morava tão vizinha
Que de tolo até pensei que fosse minha

Junto a mim morava a minha amada
Com olhos claros como o dia
Lá o meu olhar Vivera de fantasia e sonho
E a dona dos olhos nem via

Do lado de lá tanta ventura
E eu a esperar pela ternura
Que a enganar nunca me vinha
Eu andava pobre, tão pobre de carinho
Que de tolo até pensei que fosse minha

Toda a vida da Dor
Me ensinou essa modinha
Que de tolo até pensei que fosse minha

(Chico Buarque)

Selecionei 3 vídeos para você ver, ouvir, fechar os olhos e relembrar. Clique nos links abaixo.
http://www.youtube.com/watch?v=UZJzn-Iip-A - Chico Buarque - Até Pensei
http://www.youtube.com/watch?v=W8WuzRSAfEE - Chico Buarque e Nana Caymmi
http://www.youtube.com/watch?v=QLATgZaj2No - Até pensei - Cristina Motta
Pesquisa: Imagem e Letra Internet - Vídeos: YouTube